Arquiteta, urbanista, com doutorado em transportes e pós-doutorado em mobilidade urbana, a professora e pesquisadora Erika Cristine Kneib, da Universidade Federal de Goiás, estabelece, em sua área de estudo, dois cenários para Goiânia até o seu centenário. Um é pessimista e o outro é o desejado. “O pessimista: o que vem sendo feito continue, o cenário tendencial, caso as medidas de priorização do automóvel continuarem sendo adotadas nos próximos anos; se não houver prioridade do pedestre, ciclista ou transporte coletivo; se o território de Goiânia e da Região Metropolitana continuar se espalhando. Nesse caso, a projeção é de maior uso do carro e moto, maiores níveis de congestionamento e maiores índices de sinistros de trânsito”, prevê. Mas há como reverter essa tendência, segundo a professora, que não vê essa alteração de rumo como utópica, mas necessária.