Imagens de tradições populares goianas, como as Congadas e a Festa do Divino, que saltam das telas e podem ser tocadas e sentidas pelo público. É esse o conceito da exposição Encantamentos, da artista visual Denise Jácomo, que será aberta nesta terça-feira (8), às 19 horas, no Museu de Arte de Goiânia (MAG). A entrada é gratuita.

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Por meio de fotografias tridimensionais, o público que passar pela mostra poderá sentir as texturas, cores e cheiros de alguns dos festejos populares que formam a tradição de Goiás. Desde o início dos anos 2000 que a artista pesquisa as nuances das manifestações folclóricas do Estado.

“São 34 fotografias-objetos que fazem um resumo em algumas tradições goianas, como as folias de reis e a Festa do Divino, em Trindade. A ideia é mostrar os significados reais intercalando o sagrado e o profano”, explica a artista, mestranda em Arte e Cultura Visual na Universidade Federal de Goiás (UFG).

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É a primeira vez que Denise promove uma exposição individual no MAG, localizado no Bosque dos Buritis. O espaço público, gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia), ficou nove meses fechado para obras de restauro. Reabriu em junho de 2024 com exposições especiais desde então. Menos de um ano depois e o espaço já carece de revitalização.

Encantamentos ocupa a Galeria Frei Confaloni, com obras que brincam com o imaginário coletivo. As fotografias se transformam em veículos de memória e emoção, estabelecendo pontes entre o passado e o presente. A abordagem contemporânea permite uma reflexão sobre a materialidade das imagens, de função documental para identidade visual e afetiva.

“A mostra levanta questões sobre políticas de preservação e gestão de objetos fotográficos no campo da arte contemporânea, valorizando sua complexidade e riqueza simbólica”, reflete Denise Jácomo. As fotos da artista se transformam em obras palpáveis, como se o público pudesse, de algum modo, participar das folias e congadas.

<h2>Acervo</h2>

Além de Encantamentos, outra exposição toma conta das instalações do MAG. Trata-se de uma coletânea que apresenta pela primeira vez ao público o conjunto de obras que integrou a mostra de abertura do espaço público, em outubro de 1970. O acervo inicial é fruto da Exposição Comemorativa do 1º Congresso Nacional de Intelectuais (1954), realizada pela Escola Goiana de Belas Artes, e de doações feitas por artistas locais e instituições.

A exposição reúne pinturas, gravuras, esculturas e desenhos de importantes nomes do modernismo brasileiro, como Carlos Werneck, Glênio Bianchetti, Mário Gruber e Inimá de Paula, e artistas que marcaram a cena goiana entre as décadas de 1950 e 1970, como Ana Maria Pacheco, Cleber Gouvêa, D. J. Oliveira e Gustav Ritter.

O público também pode conhecer ainda obras que participaram da 1ª Bienal de Arte de Goiás e da Pré-Bienal de São Paulo, marcos fundamentais na história da arte goiana. A exposição histórica possibilita a compreensão das diversas fases das artes visuais de Goiás, com as correntes, linguagens e investigações de inúmeros expoentes da cena pictórica do Estado.

<h3>Museu do bosque</h3>

Espaço museológico mais tradicional em continuidade da cidade, o Museu de Arte de Goiânia (MAG) passou por obras de reparos em 2024, quando ficou nove meses fechado. Menos de um ano depois, o local já carece de novos restauros em sua estrutura física.

“O museu está em perfeito funcionamento, com visitação intensa, inclusive. Por lá, algumas questões de infiltração precisam ser sanadas, uma parte da estrutura da cobertura no pátio precisa ser substituída. Essas são as maiores urgências”, explica Uugton Batista, na gestão da Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia).

O secretário reitera que está nos planos da Prefeitura a manutenção e revitalização de todos os prédios administrados pela Secult, entre eles o MAG. “A nossa equipe está fazendo o levantamento do que é preciso nos espaços para solicitarmos orçamento e mão de obra. Já é de conhecimento que as finanças da prefeitura estão escassas e que as prioridades estão concentradas na Saúde, Educação e Infraestrutura da cidade. Logo que a situação financeira estiver mais tranquila, o MAG é uma das prioridades do prefeito Sandro Mabel, que inclusive, já esteve no local”, comenta o gestor.

<h4>Serviço</h4>

Exposições: Encantamentos e &nbsp;A Primeira Coleção Histórica do MAG

Nesta terça-feira (8), às 19 horas

Local:&nbsp;Museu de Arte de Goiânia,&nbsp;Bosque dos Buritis, Setor Oeste

Visitação:&nbsp;De terça a domingo, das 9 horas às 17 horas

Entrada gratuita

Informações:&nbsp;@secultgoiania

Museu de Arte de Goiânia inaugura duas exposições nesta terça-feira (8)

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IMAGENS ENCANTADAS

Papagaios, periquitos, araras, maitacas e outros pássaros da família psittacidae invadem o Museu de Arte de Goiânia (MAG) a partir desta quarta-feira (4) na exposição do artista e pesquisador Tai Hsuan-An. A mostra apresenta mais de 90 trabalhos que o chinês colore desde o anos 1970 em uma ode ao meio ambiente, ecologia e ao desenho científico. A entrada é gratuita e segue na agenda da galeria durante todo o mês de setembro.

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Tai nasceu na China, se mudou para o Brasil aos 15 anos e vive em Goiás desde o final da década de 1970. Dos tempos de garoto no Oriente, quando ainda morava em uma cidadezinha rural do sudeste chinês, o artista lembra de adentrar a mata nas montanhas e observar o movimento dos pássaros. Anos depois e já no Cerrado, o profissional mantém uma relação interpessoal com a natureza. É ela, inclusive, que move desde o início todo o seu trabalho com as artes visuais.

“Existem artistas que se interessam por paisagens e pessoas. Eu particularmente gosto de pintar o meio ambiente, como pássaros, cavalos, peixes”, conta o artista, que também é designer, professor e escritor. Tai divide seu tempo entre o ateliê e a sala de aula dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

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Para as pinturas que integram a exposição, o artista observou pássaros em diversos biomas, como o Cerrado e o Pantanal. Também pesquisou as espécies brasileiras e identificou muitos que ainda são raridade na cadeia ecológica. “Tem desenhos de diversas fases do meu trabalho, mas a maioria foi feita na pandemia. Durante o isolamento, me aprofundei a pintar os pássaros que voavam livres. Foi um refúgio para aqueles tempos”, diz.

O artista apresenta as espécies de maneira altamente realista. Para tanto, foi necessário dedicar muitos anos de pesquisa, estudo e elaboração para concluir o conjunto completo das obras. A exposição não contempla o todo: 12 trabalhos de pássaros especificamente do Cerrado foram enviados ao papa Francisco no ano passado como presente da reitora da PUC Goiás, Olga Izilda Ronchi, durante audiência especial em Roma, capital italiana.

<h2>Processos</h2>

As 94 pinturas da exposição no MAG foram reproduzidas em papel de algodão no formato A3. O que interessa para Tai é apresentar as sutilezas das espécies, o movimento provocado por elas - que parecem se movimentar e voar pela moldura - e a flora ao seu redor, como palmeiras, árvores de caules retorcidos ou grandes folhas em verde cintilante.

“Comecei a pintar aves brasileiras a pedido de um ornitólogo alemão que pesquisava animais do Brasil. Realizei uma extensa pesquisa bibliográfica e consultei ornitólogos em museus para coletar referências. Também fiz observações e registros fotográficos em zoológicos e nos habitats naturais”, conta o chinês, que ganhou destaque e sucesso com a primeira série. Depois da estreia, o profissional se inspirou a desenvolver outros projetos relacionados ao meio ambiente.

A internet e a tecnologia digital ajudaram Tai durante as pesquisas, criação, elaboração, finalização e reprodução das obras em fine art em altíssima qualidade. “A exposição no museu pode atingir vários objetivos que sempre gosto de pontuar, que é apresentar um grande número de obras artísticas para apreciação e didaticamente conscientizar o grande público, principalmente crianças, sobre a valorização da natureza brasileira”, argumenta Tai.

<h3>China revisitada</h3>

Aos 74 anos, Tai Hsuan-An quer mostrar a trajetória chinesa ao longo das décadas no livro O Caminho da China (Editora Trilhas Urbanas), que será lançado na sexta-feira (6), a partir das 17 horas, na Livraria Leitura, localizada no Goiânia Shopping. A entrada é gratuita. A obra destaca os fatores que contribuíram para que o país oriental se tornasse uma das grandes potências mundiais.&nbsp;

“O livro busca afirmar que a escolha do caminho adotado pelos chineses merece respeito. Atualmente, o país desfruta de uma sociedade mais próspera, segura e estável do que qualquer outro período de sua história”, opina Tai, que sempre que pode vai à China não como o olhar de turista, mas como um observador e pesquisador. “Tenho tios, tias e grandes amigos por lá. A última vez que visitei o país foi em 2018, antes da pandemia”, completa o artista.&nbsp;

O livro traça os caminhos históricos e sociais de uma região do mundo em constante transformação. "A China aprimorada tornou-se um país que não só se preocupa com seu próprio povo, mas também com os outros povos do mundo, e ainda é atacada com mais agressividade pelos povos ocidentais. O Ocidente não deseja que a China seja bem-sucedida e, por isso, prefere manter-se em silêncio",&nbsp;reitera o escritor.&nbsp;

<h4>SERVIÇO</h4>

Pinturas de Tai Hsuan-An: Aves Brasileiras (série psittacidae) 
Visitação aberta a partir desta quarta-feira (4), a partir das 8 horas. Mostra segue em cartaz até o dia 29 de setembro&nbsp; 
Endereço: Museu de Arte de Goiânia. Bosque dos Buritis, Setor Oeste&nbsp; 
Horários: terça à sexta-feira, das 8h às 12h e 13h às 17h / sábados, domingos e feriados das 8h às 18h 
Entrada gratuita&nbsp; 
Informações: 35241196

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O artista plástico Tai Hsuan-An e algumas de suas obras que poderão ser vistas a partir desta quarta-feira, no MAG (Diomício Gomes / O Popular)

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O artista plástico Tai Hsuan-An e algumas de suas obras que poderão ser vistas a partir desta quarta-feira, no MAG (Diomício Gomes / O Popular)

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Tai Hsuan-An abre exposição individual no Museu de Arte de Goiânia

Artes plásticas

O traçado original da capital já havia sido desenhado sob o forte sol do Cerrado: os prédios públicos que circundam a Praça Cívica estavam erguidos, o Grande Hotel hospedava políticos e celebridades da época, casas pipocavam nas Ruas 20 e 24 e no antigo Bairro Popular. Era o Batismo Cultural de Goiânia, que completa no dia 5 de julho os seus 82 anos.

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Para comemorar a data, a Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) promove na próxima semana uma maratona de projetos e ações culturais por toda a cidade. A mais importante e aguardada pela classe artística é a reabertura do Museu de Arte de Goiânia (MAG), que ficou fechado durante nove meses para obras de restauro.

As obras do espaço focaram em manutenções hidráulicas e elétricas, adequações em relação à iluminação e climatização, além da questão do teto, que estava comprometido por conta das folhas e troncos das árvores do Bosque dos Buritis. O equipamento público será reaberto na terça-feira (2), com o lançamento da edição especial do projeto ArteDoor, abertura da exposição Mulheres na Gravura Brasileira e apresentação da Orquestra Sinfônica de Goiânia.

“São ajustes que realizamos em todos os equipamentos, seja de espetáculos ou de mostras. É preciso sempre ter esse olhar de atenção e cuidado com o patrimônio goianiense”, defende o secretário de Cultura, Eduardo de Souza. A entrada do museu ganhou novo piso e o pé direito foi aumentado. As salas expositivas também receberam novas pinturas para destacar as obras de arte.

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As festividades do Batismo Cultural também ganham outro projeto de revitalização. Na segunda-feira (1º), a Secult Goiânia dá início a revitalização do Museu Aberto das Esculturas, na Praça Universitária, com a presença de artistas e da comunidade goianiense. Durante todo o dia, a equipe da Prefeitura estará fazendo uma limpeza completa e o restauro das obras. Já na quarta-feira, o Museu Frei Confaloni, na Estação Cultura, recebe a exposição Trilhos da Memória - A História da Antiga Estação Ferroviária de Goiânia.

A Estação Ferroviária também serve de palco para a abertura do 21º Grande Arraial de Goiânia na sexta-feira (5), a partir das 18 horas, e segue com o festejo até o domingo (7). As atividades do Batismo se encerram no dia 8, com uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Goiânia em comemoração ao aniversário de Campinas, na Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

“Na época do batismo, Goiânia ganhava destaque mundial como uma cidade construída de forma planejada, projetada com prédios, bem diferente do comum naquele tempo”, explica Eduardo de Souza. Segundo o secretário, a data foi comemorada em dias de festa, de inaugurações e de eventos. “Recebemos aqui grandes nomes da época, personalidades e políticos convidados de todo Brasil e do exterior. Portanto, vamos celebrar como nossa capital merece”, afirma.

&nbsp;

Programação completa do Batismo Cultural de Goiânia

Segunda-feira (1º)&nbsp; 
8h – Revitalização do Museu Aberto de Esculturas - Presença de artistas e comunidade 
Local: Praça Universitária – Setor Universitário

&nbsp; 
Terça-feira (2)&nbsp; 
19h – Reabertura do Museu de Arte de Goiânia (MAG), lançamento da edição especial do projeto ArteDoor, abertura da Exposição Mulheres na Gravura Brasileira e apresentação da Orquestra Sinfônica de Goiânia 
Local: MAG – Bosque dos Buritis – Setor Oeste

&nbsp; 
Quarta-feira (3) 
14h – Caravana Sara Kali – Cultura Cigana 
Local: Centro Cultural UFG – Praça Universitária

19h - Abertura da Exposição Trilhos da Memória – A História da Antiga Estação Ferroviária de Goiânia 
Local: Museu Frei Confaloni – Praça do Trabalhador

20h – Concerto Alma Latina - Orquestra Sinfônica de Goiânia 
Local: Teatro Goiânia - Centro

20h – Mostra Individual Coletiva (MIC) 
Local: Ibis Hotel – Setor Oeste

Quinta-feira (4) 
19h30 – Solenidade Prêmio Buritis 
Local: Teatro Goiânia Ouro

Sexta-feira (5) 
18h – Abertura do 21º Grande Arraial de Goiânia 
Local: Antiga Estação Ferroviária – Praça do Trabalhador

20h – Concerto Batismo Cultural - Orquestra Sinfônica de Goiânia 
Local: Teatro Goiânia – Centro

Sábado (6) 
14h – Clássicos Goiânia Festival 
Local: Praça Universitária – Setor Universitário

18h – 21º Grande Arraial de Goiânia 
Local: Antiga Estação Ferroviária – Praça do Trabalhador

Domingo (7) 
18h – Encerramento do Grande Arraial de Goiânia 
Local: Antiga Estação Ferroviária – Praça do Trabalhador

&nbsp;

8 de julho – Segunda-feira

21h – Orquestra Sinfônica de Goiânia – Aniversário de Campinas

Local: Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Matriz de Campinas

Depois de nove meses de obras de restauro, Museu de Arte de Goiânia será reaberto

Batismo Cultural

O fechamento de dois dos principais museus de Goiânia, situação que se prolonga há meses, é apenas um recorte do descaso com que a história e a cultura são tratadas na capital. Reportagem na edição de ontem mostra que o Zoroastro Artiaga está interditado ao público desde outubro de 2022 e aguarda licitação para passar por obras de revitalização.

A falta de manutenção permanente acabou levando o prédio a uma situação precária, em ameaça ao acervo.

No caso do Museu de Arte de Goiânia, as portas estão fechadas há sete meses, para reparos que se arrastam lentamente. Com poucas opções do tipo em relação a outras capitais do País, Goiânia enfrenta, além da escassez, a falta de prioridade para projetos de preservação.

A demolição de casas históricas, a desproteção de bens, a degradação do Centro, e as poucas iniciativas de conservação e exposição do patrimônio histórico são peças de um mosaico lamentável, no qual a memória e a identidade se perdem.

O acesso ao acervo cultural e a informações sobre o passado é um direito inalienável da população. Sem tais referências, esvaziam-se as oportunidades de conhecimento e contextualização do presente e do futuro.

Museus fechados

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

Reescrever a história de Goiânia, que comemora seus 90 anos em outubro, é um dos escopos da exposição Não Há Terra sem Saúvas. Com trabalhos de três pesquisadores – Ana Flávia Maru, Henrique Borela e Octávio Scapin –, a mostra ocupa a Galeria da Faculdade de Artes Visuais (FAV), no Câmpus 2 da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Com arquivos fotográficos e textuais, os artistas apresentam revisões, enquadramentos e montagens redirecionadas, que questionam a narrativa histórica e refletem sobre uma nova memória a respeito dos primeiros anos da então nova capital de Goiás. Com curadoria de Carolina Fonseca, a mostra segue em cartaz até o dia 30 de outubro.

“A exposição forja outra sintaxe para uma geografia invisível e incontestavelmente presente, onde as infinitas e nada inocentes combinações entre o viver e o morrer causam assombro”, explica a curadora. Imagens, desenhos, textos, objetos, instalações e materiais audiovisuais formam o conjunto de materialidades de uma espécie de reescrita das imagens da história de Goiânia.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/artistas-de-varios-cantos-do-brasil-abrem-exposic-o-no-museu-de-arte-de-britania-1.3069666">Artistas de vários cantos do Brasil abrem exposição no Museu de Arte de Britânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/festival-gastronomico-de-pirenopolis-esta-de-volta-com-40-casas-participantes-1.3069633">Festival Gastronômico de Pirenópolis está de volta com 40 casas participantes</a></div>

Fotografias de arquivo revelam uma cidade diferente, que ainda se erguia no meio do Cerrado. Em outras, a vista aérea de Goiânia se resume ao desenho de suas principais vias, como as Avenidas Goiás, Tocantins, Araguaia e Paranaíba. Os novos moradores da cidade também ajudam a contar as memórias da cidade em Não Há Terra sem Saúvas, daí o título da exposição.

Cidade moderna

A mostra artística nasce a partir da pesquisa do coletivo História Natural de Goyaz, que nasceu em 2019 e que reitera as transformações na paisagem e na história goiana. Os artistas unem diversos tipos de linguagens visuais: Ana Flávia Marú e Octávio Scapin, por exemplo, são arquitetos e urbanistas; já Henrique Borela é documentarista e produtor audiovisual.

“São seis obras que se desdobram a partir de uma pesquisa de arquivo sobre a construção da cidade moderna. Há instalações fotográficas, audiovisuais, projeções com carimbo e um conjunto de ilustrações”, explica o pesquisador Octávio Scapin, doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os pesquisadores se baseiam na investigação em torno do arquivo fotográfico da construção de Goiânia para se desdobrar em exercícios de contação, fabulação e ficção das histórias no processo de construção da cidade a partir dos anos 1930. “Tanto a pesquisa quanto a exposição fazem uma inversão sobre a história da cidade com materiais de arquivo que recontam as narrativas, além de amarrar outras histórias sobre a capital moderna”, destaca Scapin.

Além da exposição, o coletivo História Natural de Goyaz também tem outros projetos em andamento. Desde 2019 que os pesquisadores desenvolvem um longa-metragem oriundo das investigações de imagens da construção de Goiânia. “O filme está em processo de escrita de roteiro e pesquisa de imagem”, completa o arquiteto.

Serviço

Não Há Terra sem Saúvas

Data: abertura nesta sexta-feira (29), das 18h às 21h

Visitação: de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e 13h30 às 17h

Local: Galeria da Faculdade de Artes Visuais, Edifício da Escola de Música e Artes Cênicas, Campus II da Universidade Federal de Goiás

Informações: @galeriadafav