Clenon Ferreira 
clenon.ferreira@opopular.com.br 

Quando o musicista Yan Pedro Santana, 19, começa a tocar, os sons da flauta ecoam por todo Centro Cultural Oscar Niemeyer. Foi lá que o goiano, ainda aos 11 anos, teve o primeiro contato com o instrumento, enquanto assistia à Orquestra Filarmônica de Goiás. No Dia Nacional da Música Clássica, comemorado neste domingo (5), o POPULAR apresenta histórias de pessoas que formam a cena da música erudita em Goiás.

O musicista é um entre vários profissionais que ajudam a criar um público de concertos receptivo ao novo, heterogêneo e interessado. Há quase uma década que Yan tratou de se aprofundar nas aulas de música na Escola do Futuro Basileu França. Ao longo da última década, ele fez parte da Orquestra Jovem Pedro Ludovico, da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás e atualmente integra o corpo da Orquestra Sinfônica de Goiânia.

“Meu desejo é aprender e ter a oportunidade de estudar com grandes flautistas e músicos em geral, para que, num futuro próximo, eu possa me tornar tão excelente no que faço quanto as pessoas que mais admiro”, adianta Yan, que já teve a oportunidade de tocar em espaços como a Sala São Paulo, na capital paulista, no Teatro L’Occitane, em Trancoso (BA), e na Kammermusiksaal de Berlim, na Alemanha.

Em terra do sertanejo, a música clássica finca suas raízes nas grandes orquestras e concertos anuais nos principais palcos do Estado, caso do Teatro Goiânia, e em projetos avulsos realizados em parques. Nos últimos anos, as orquestras também criaram formas de popularizar o gênero para um público maior, caso das apresentações especiais de trilhas sonoras de filmes da cultura pop, como Harry Potter e Star Wars.

“Desde o final dos anos 1990 que a música de concerto em Goiás tem tido uma trajetória de crescimento com a UFG, o IFG e as escolas, como o Basileu França, o Gustav Ritter e o Centro Livre de Artes”, argumenta o maestro Eliseu Ferreira, à frente da Orquestra Sinfônica de Goiânia. De acordo com o profissional, as iniciativas educacionais fizeram com que muitas pessoas se interessassem por música de concerto.

A expansão e internacionalização da Orquestra Sinfônica de Goiânia, gerida pela prefeitura, e a Orquestra Filarmônica de Goiás, do Estado, também contribuem para a formação de público. “Goiás está muito bem representado. Outro impulso que motiva o interesse nesse tipo de música é o nascimento das orquestras jovens, que realizam turnês nacionais e internacionais e motivam os jovens a seguirem atuando na arte”, destaca o maestro.

No caso do musicista Washington Luís de Oliveira Felisberto, 28, o contato com a música se deu por meio de bandas e fanfarras. Atualmente, ele é um dos percussionistas da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás. “Ao longo dos anos eu me apresentei em diversos lugares. Tive uma passagem brilhante pelo conservatório de Tatuí (SP) que lembro com muita ternura. Trabalhei com todos os grupos sinfônicos de Goiânia, alguns de São Paulo, viajei muito”, rememora. 
 
Caminhos 
O público goiano é diversificado em uma cidade que recebe de braços abertos projetos não apenas de sertanejo, como de música erudita, hip-hop, rock, samba e jazz. Ele também cresceu bastante nas últimas décadas, com destaque para a presença de jovens na plateia. Essa é a avaliação de Gyovana Carneiro, professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) e que realiza diversos projetos de concertos em Goiânia ao lado da professora Ana Flávia Frazão.

Só nos próximos meses as profissionais já têm diversas ações engatilhadas, a exemplo das séries Concertos UFG, Concertos Unimed, Concertos de Música de Câmara e Concertos Didáticos para a Juventude. As professoras também querem retomar dois projetos paralisados, como o Simpósio Internacional da Performance e o Concurso Jovens Talentos. “Eu, particularmente, sou otimista. Estamos caminhando muito bem na popularização da música ‘erudita’ no Estado”, diz Gyovana.

Experimentos sonoros 
Os ouvidos da estudante Allana Leticia Maia, de 24 anos, estão sempre atentos aos sons ao seu redor. Aluna de Bacharelado em Composição na Escola de Música de Artes Cênicas (Emac), da UFG, ela presta atenção ao cenário musical contemporâneo. “Quando criança, fui incentivada pelos meus pais a estudar música. Desde então, tornou-se algo inseparável do meu ser, seja ouvindo ou por mera curiosidade de aprender sobre um instrumento ou estilo musical”, reitera a artista, que deseja ampliar o conhecimento dos goianos sobre diversidade musical.

Allana faz parte de um nicho de musicistas, compositores e estudantes que desejam experimentar a música clássica com outros gêneros musicais. Um dos professores universitários dela é o compositor Paulo Guicheney, que teve suas canções executadas em países como Estados Unidos, Irlanda, México e Inglaterra. No disco Mer (Redshift Records), lançado em 2020 nas plataformas digitais, o artista une música clássica com estruturas eletrônicas. O resultado impressiona.

“Nós passamos por um período terrível que foi a pandemia. Com o fim do isolamento e o retorno dos concertos, as coisas voltarão ao eixo. Além do que, houve também um discurso oficial que pregava o obscurantismo cultural”, destaca Guicheney. Para o compositor, a música de concertos é uma música dos detalhes, das sutilezas. “Quanto mais estivermos com a música clássica, mais nos afeiçoamos e a compreendemos. É necessário tempo e uma certa dedicação para isso. Resumindo, precisamos de muitos concertos”, destaca.

Gênios indomáveis&nbsp; 
“Meu sonho é ser professor para, dessa forma, poder ensinar mais e mais pessoas sobre música.” A afirmação vem do pequeno Pedro Jeremias da Silva Mourão, de 13 anos, que estuda na Escola do Futuro Basileu França e toca violino como ninguém. A vontade de aprender se deu por meio do pai, Leonel Mourão, 48, que, além de dar aulas, também é luthier, o profissional que executa o trabalho artesanal de construção e manutenção de instrumentos musicais.

Renovar as orquestras e oferecer educação musical para os mais jovens, como crianças e adolescentes, é uma das apostas das escolas e orquestras goianas para a renovação de público. Pedro Jeremias é membro da Orquestra Sinfônica Pedro Ludovico e diz adorar músicas de orquestra e da cultura popular. “Acho legal o violino, tocar as músicas no instrumento, fazer os exercícios, as escalas. Me faz sentir bem”, adianta.

Há quem seja influenciado pelos pais ou outros familiares músicos. Já no caso do estudante Samuel Bernardes Serria, de 14 anos, o desejo de seguir na carreira da música clássica surgiu por meio dos cultos e louvores na igreja. “Ninguém na minha casa é músico. Eu ganhei uma viola de brinquedo quando era mais novo e não quis mais largar. Foi quando meus pais descobriram que era algo que me movia”, conta Samuel.

Bolsista da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, ele está no sexto ano do curso de Performance Musical da Escola do Futuro Basileu França. O maior desejo é, segundo ele, se especializar em música e se tornar, no futuro, um músico profissional. “Quero subir para a alta orquestra, ser maestro, reger outros musicistas. Fazer música para mim é algo bonito, doce, incrível”, comenta.

Elas por elas 
Nesta quarta-feira (8), a musicista Sara Lima da Silveira passará por uma experiência única em sua vida: será a primeira vez que a goiana regerá um concerto. A flautista comanda as comemorações municipais do Dia Internacional da Mulher com uma apresentação realizada pela Orquestra Sinfônica Feminina de Goiânia, no Teatro Goiânia, às 20 horas.

“Estar trabalhando com tantas mulheres talentosas é uma sensação de homenagem às mulheres que batalharam e lutaram desde outras épocas para conquistar esse espaço”, adianta Sara, que teve seu primeiro contato com a flauta aos 6 anos. “Aos 9 eu estava aprendendo flauta transversal e aos 15 anos já tocava em orquestras”, conta.

Para a apresentação, a maestrina tratou de colocar canções exclusivamente de compositoras, como Francesca Caccini (1587 – 1640), considerada a primeira mulher a escrever uma ópera, e a brasileira Kilza Setti. De acordo com a artista, trata-se de um momento de reflexão sobre o empoderamento

das mulheres também na música de concerto “que ainda é um universo muito masculino”. “Não existem limites para o talento feminino”, reforça Sara. 
 
Notas musicais 
Confira alguns nomes da música clássica que fizeram história em Goiás&nbsp;

Joaquim Jayme&nbsp;-&nbsp;Criador do Coral do Estado em 1987, o maestro Joaquim Jayme foi um dos fundadores da Escola de Música de Goiás e da Orquestra de Câmara Goyazes, hoje Filarmônica de Goiás. O musicista também desenvolveu a Orquestra Sinfônica de Goiânia.

Nhanhá do Couto&nbsp;- Primeira maestrina do cinema mudo, criadora da orquestra Luso-brasileiro, em 1914, que fazia fundo musical ao vivo dos filmes projetados na cidade de Goiás, Nhanhá do Couto fazia acontecer. A vilaboense promovia sempre saraus em seu casarão colonial.&nbsp;

João Ribeiro da Silva&nbsp;- Além de compor músicas em diversos gêneros, o maestro vilaboense João Ribeiro da Silva fez parte da orquestra Ideal. Entre suas composições destaca-se a marchinha carnavalesca Veneno composta juntamente com Ignácio Xavier da Silva, o&nbsp; Yamerô.

Belkiss Spenciere&nbsp;- Belkiss Spenciere foi uma das grandes pianistas de Goiás. Em seu sobrado na Av. Tocantins, no Centro de Goiânia, a artista ministrava as famosas aulas em seu piano Steinway de cauda. Foi uma das fundadoras do Conservatório Goiano de Música e membro da Academia Brasileira de Música.

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Música clássica: tradição e novos caminhos em Goiás

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Sons ao redor

Sons da viola caipira e do acordeon em sintonia com pianos e violinos tomam conta de Goiânia a partir deste domingo (10), em diversos espaços culturais da cidade. São os festivais Unificados da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), da Universidade Federal de Goiás (UFG), que apresentam uma extensa programação com atrações nacionais e internacionais até o dia 30. O evento foca nas músicas erudita e popular, além das artes cênicas.

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As histórias da música e do teatro em Goiânia podem ser contadas por meio dos corredores da Emac. Foi por lá que passaram grandes nomes da erudição musical, caso da musicista Belkiss Spenciere, que é a grande homenageada do festival que leva seu nome há mais de quatro décadas. Para a abertura festiva do evento, o Elegia Café abre as portas para uma roda de choro e jazz.

“São três eventos em um: o festival de música erudita, outro de música popular e um de artes cênicas. A nossa intenção é que toda Goiânia seja ocupada por atrações que garantem a boa qualidade musical”, explica a coordenadora do projeto, Flávia Maria Cruvinel, vice-diretora da Emac. Espaços culturais como o Teatro Goiânia, Centro Cultural Martim Cererê, Teatro Belkiss, Lá Cena e Centro Cultural UFG serão ocupados por concertos, oficinas, masterclasses, shows, recitais, apresentações e solos de artistas consagrados.

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Durante toda a agenda do Festival Internacional de Música Belkiss S. Carneiro de Mendonça, passam pelo evento grupos como o Coro de Câmara e Camerata de Cordas Jean Douliez, Banda Sinfônica Dr. John Burdett e o Encontro Goiano de Trompetistas. A ideia, segundo o coordenador do projeto, o professor Carlos Henrique Coutinho, é apresentar novos artistas ao lado de outros experientes e consagrados.

“Profissionais renomados nacionais e internacionais participam tanto em apresentações abertas ao público quanto em masterclasses, oficinas e palestras”, explica Coutinho. Trata-se do evento do gênero mais antigo do Brasil, realizado desde 1968, em uma ode à música erudita de Goiás. “O evento serve como uma janela para que as pessoas conheçam novos talentos. Os alunos têm a oportunidade de se apresentarem, mostrarem seus aprendizados”, completa.

<h2>POPULAR</h2>

Os gêneros populares também comandam os projetos integrados dentro da agenda do Festival de Música Popular Jarbas Cavendish. Entre as atrações está o violonista goiano Pedro Vaz, que toca ao lado do baixista Jefferson Amorim. A junção inusitada entre a viola caipira e o baixo elétrico criam uma verdadeira sinergia sonora que poderá ser conferida na apresentação dos artistas no dia 21, no Centro Cultural UFG.

“Existe uma tradição musical da viola em Goiás que deve ser mais valorizada, tanto no palco quanto nos espaços formais de ensino. No festival, temos a oportunidade de mostrar as várias facetas da música popular”, diz Pedro, que toca versões de artistas nacionais e internacionais, como The Beatles, Led Zeppelin, Dave Brubeck, Almir Sater, Clube da Esquina e Villa-Lobos.

Um dos pontos altos da agenda de apresentações do Festival de Música Popular é o pré-lançamento do DVD da Banda Pequi, um dos grupos mais consagrados da música instrumental de Goiás. O evento, na terça-feira (12), no Teatro Goiânia, marca a abertura oficial dos festivais unificados. “Os projetos têm como propósito a conexão com a cidade, socializando as produções de discentes e docentes da instituição, mantendo a tradição, mas também inovando no formato”, reitera Flávia Cruvinel.

Serviço 

Evento: Festivais Unificados da Emac

Data: 

Abertura domingo (10), às 17 horas, no Elegia Café. Evento segue com programação até o dia 30, em diversos espaços de Goiânia

Entrada gratuita 

Agenda completa:

emac.ufg.com.br

Mais informações: 

3521-1125

Programação

Confira alguns destaques da programação sonora da 1ª semana dos Festivais Unificados da Emac

 
DOMINGO (10) 
17 horas

Abertura Festiva dos Festivais Unificados 
Roda de Choro, Jazz, Performances 
Local: Elegia Café

SEGUNDA-FEIRA (11)

12 horas 
Flávio Apro (Violão) 
Local: Mini-auditório EMAC-UFG

12h30 
Banda Sinfônica do Festival - Dr. John Burdett 
Local: Teatro Belkiss S. C. Mendonça

20 horas 
Recital Banda Tonico do Padre 
Local: Centro Cultural UFG

TERÇA-FEIRA (12)

20 horas 
Abertura Oficial dos Festivais Unificados Emac-UFG 
Performance: A Outra Parte 
Coro de Câmara e Camerata de Cordas Jean Douliez 
Pré-lançamento do DVD Banda Pequi 
Local: Teatro Goiânia

QUARTA-FEIRA (13)

10 horas 
Escola de Música 
Apresentação de Geisa Felipe (flauta), Oliver Yatsugafu (violino) Jairo Chaves (viola) 
Local: Teatro Belkiss S. C. Mendonça

QUINTA-FEIRA (14)

12h45 
Recital Convidados Vanderlei Alves (EUA) e Poliana Alves (UFU) 
Local: Teatro Belkiss S. C. Mendonça

20 horas 
Concerto de abertura 2º Encontro Goiano de Trompetistas 
Orquestra Sinfônica de Goiás com solistas convidados: Fernando Dissenha e Paulo Ronqui 
Local: Igreja Santa Edwiges

20 horas 
Apresentação de Isabel Gabbe (piano) Alessandro Borgomanero (violino) e Quarteto de Cordas Goyaz 
Local: Centro Cultural UFG

SEXTA-FEIRA (15)

20h30 
Show Marcos Santos e Trio 
Local: Elegia Café

<h3>Palco aberto</h3>

<img attr-cid="policy:1.3197196" attr-version="policy:1.3197196:1731102486" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3197196/André Melo - Foto Frank Busatto 5.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Andréa Melo inicia as performances com o espetáculo Corpo-Árvore: Entre Raízes e Folhas de Memórias (Frank Busatto)

Temáticas sobre o protagonismo feminino, a floresta, direitos indígenas e resistência cultural são refletidas no projeto Icamiabas. Por meio do corpo e da dança, as artistas Andréa Melo (RO), Francis Baiardi (AM) e Regina Maciel (AC) apresentam três obras dentro da programação do Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás (Fuga), que integra os festivais integrados da Escola de Mùsica e Artes Cênicas (Emac) da UFG.

Inúmeros palcos de Goiânia são ocupados por espetáculos, projetos e apresentações de todo o País até o dia 30. O festival nasceu a partir da própria demanda dos artistas em formação na EMAC, professores e técnicos, visando atendimento à comunidade e interação entre universidade e sociedade. “O evento tem como prioridade a apresentação de espetáculos cênicos, realização de oficinas, minicursos e rodas de debate”, explica o professor Saulo Dallago, membro da comissão organizadora.&nbsp;

Diversas performances das artes cênicas comandam as ações. No caso de Icamiabas, três experimentos dramatúrgicos são apresentados pelas artistas entre os dias 13 e 15, no La Cena, da UFG. Andréa Melo inicia as performances com Corpo-Árvore: Entre Raízes e Folhas de Memórias. Francis Baiardi faz o solo Apoena - Aquele que Vê Longe. Já Regina Maciel comanda a peça Ikuâni.

O nome do projeto, Icamiabas, é uma referência a uma lenda amazônica, de indígenas que teriam formado uma sociedade matriarcal de mulheres guerreiras.&nbsp; A lenda, de acordo com as artistas, inspirou gerações e é um símbolo de força e resistência feminina, aspectos que o projeto busca enfatizar nas performances artísticas que destacam as vivências das mulheres do Norte.

<h3>JANELA</h3>

A apresentação é apenas uma entre as várias que integram a agenda do FUGA. A abertura oficial do festival acontece no dia 22, às 16 horas, com a peça Cobre do Meu Pai, no Teatro Belkiss S. C. Mendonça, no Campus Samambaia.&nbsp;

“O evento completa a 17ª edição como uma janela importante para os artistas cênicos de Goiânia. No início, foi criado para abrigar a produção de espetáculos da própria Escola de Artes Cênicas”, reflete o professor Dallago. Ao longo dos anos, foi se ampliando cada vez mais, com espaços de apresentações tanto de artistas locais quanto de outros lugares do País.

O ponto alto da agenda do FUGA é a encenação do espetáculo Versões de um Beijo, no dia 27, no La Cena, oriundo dos alunos do curso de Artes Cênicas da EMAC. “São os formandos de Direção de Arte que criaram toda a concepção estética, iluminação e cenografia de palco. Isso reflete o quanto o evento é um espaço pedagógico, de formação acadêmica, aprendizado técnico e teórico”, diz o coordenador.&nbsp;

Festivais Unificados da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG celebram os sons eruditos e populares

Violas, pianos e acordeões

A Orquestra Filarmônica de Goiás realizará dois concertos gratuitos durante o feriado prolongado. As apresentações serão nesta sexta (8/9), no Teatro Goiânia, às 20h, e no domingo (10/9), no Centro Cultural UFG, na Praça Universitária, às 11h.

Na sexta, a orquestra recebe o maestro e pianista carioca Jean Louis Steuerman, dentro da série Concertos Sinfônicos na Capital. O convidado da noite irá reger a grande sinfonia de Beethoven e também irá executar o Concerto para Piano Nº17, de Mozart, que será regido por Neil Thomson (foto), maestro titular da OFG.

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Já no domingo haverá o Concerto de Câmara, com a participação de Jean Louis Steuerman como solista. Serão executados o Quinteto em Mi bemol maior K. 452 de Mozart e o Quinteto para piano, op.44 de Schumann. 
 
SERVIÇO 
Concertos da Orquestra Filarmônica de Goiás 
Data:&nbsp;sexta-feira (8/9), às 20h, e domingo (10/9), às 11h 
Local:&nbsp;Teatro Goiânia e Centro Cultural UFG 
Entrada Franca 
 
(Catarina Lima é estagiária do GJC em convênio com a PUC Goiás)

Orquestra Filarmônica de Goiás apresenta concertos gratuitos no feriadão

Música Clássica

A Orquestra Petrobras Sinfônica realiza dois concertos neste fim de semana em Goiânia. A apresentações, no sábado e domingo (01 e 2/7), serão no Teatro Rio Vermelho e terão ingressos nos valores de R$ 40 a inteira, e R$ 20 a meia. As entradas podem ser adquiridas no site do sympla.com.br.

No sábado, às 20 horas, a orquestra fará um “showcerto” pop/rock com músicas da aclamada banda Dire Straits em versão sinfônica. Os fãs terão uma experiência única em reviver clássicos da banda inglesa em versão orquestrada. No repertório serão apresentadas canções emblemáticas como Money for nothing, Brothers in Arms, Romeo and Juliet, So Far Away e Tunnel of Love.

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A tarefa de recriar a obra de Dire Straits, apresentando-a numa nova roupagem, coube aos arranjadores Gilson Santos, Itamar Assiere, Jessé Sadoc e Lourenço Vasconcellos. A regência é do maestro Anderson Alves, que já esteve à frente de importantes conjuntos sinfônicos no Brasil e no exterior.

Já o concerto de domingo, a partir das 17 horas, será uma verdadeira celebração à música clássica. Com a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, a apresentação marca o retorno a Goiânia de um dos maiores maestros vivos, após nove anos sem se apresentar na cidade.

O repertório começa por uma das aberturas de ópera mais icônicas de Rossini, La Gazza Ladra, seguida da Sinfonia Popular nº 1, de Radamés Gnattali. Ao final, a orquestra interpretará Capricho Italiano, de Pyotr Tchaikovsky, um dos maiores orquestradores de todos os tempos. “O principal objetivo desse tipo de concerto é apresentar o universo orquestral para o público leigo e estimular a curiosidade das pessoas” afirma o diretor artístico do espetáculo, Felipe Prazeres. 
 
(Catarina Lima é estagiária do GJC, em convênio com a PUC Goiás)

Orquestra Petrobras Sinfônica faz duas apresentações em Goiânia

Música

Sucesso por onde passa, o espetáculo Amazing Tenors In Concert Sings Bocelli chega a Goiânia para apresentação única nesta sexta-feira (26), às 21 horas, no Teatro Rio Vermelho. No palco, os jovens tenores Henrique Moretzsohn, Murilo Trajano e Paulo Paolilo ao lado de uma orquestra, ao vivo, cantam para emocionar o público. A direção musical é do maestro Eduardo Pereira.

Os tenores interpretam as músicas que marcaram a carreira do italiano Andrea Bocelli, um dos maiores e mais populares músicos da história. O repertório conta com sucessos da música italiana como Canto della Terra, Granada, Cinema Paradiso, além de clássicos de Bocceli como Vivo Per Lei, Con Te Partirò, e os famosos boleros, tangos e temas de filmes eternizados pela doce e potente voz de Bocelli.

O show já aconteceu em mais de 60 cidades brasileiras e foi concebido para ser um novo conceito de espetáculo de música erudita, em que os cantores conversam com a plateia sobre cada música, promovendo uma interação com o público.

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“Trouxemos meninos bonitos, jovens e com vozes extremamente maravilhosas, cada um com sua característica”, comenta o produtor do espetáculo, Bruno Rizzo, que assina a direção de grandes espetáculos como Queen Experience In Concert, Pink Floyd Experience In Concert, Abba Experience In Concert e Embalos de Sábado à Noite, O Musical.

O homenageado da noite, Andrea Bocelli, é cantor, compositor e produtor musical. O italiano é vencedor de cinco BRIT Awards e três Grammys, e já gravou nove óperas completas, além de vários álbuns clássicos e populares, tendo vendido mais de 70 milhões de cópias em todo o mundo.

Artistas

Henrique Moretzsohn é ator, cantor e professor de canto, especialista na técnica do belting contemporâneo. Ele é um dos grandes nomes do teatro musical brasileiro e já atuou em espetáculos como O Fantasma da Ópera, como o protagonista Raoul Visconde de Chagny; Les Misérables, como Marius e A Pequena Sereia, como Príncipe Eric.

Paulo Paolilo é o mais erudito dos três e tem uma extensa formação no canto lírico. O cantor começou seus estudos em São Paulo com o tenor Benito Maresca, se formou na Universidade de Música Carlos Gomes e continuou seus estudos em Atlanta, Geórgia (EUA), na Mirella Freni Singing Academy, em Modena, Itália, e também na escola de ópera italiana do Teatro Comunale di Bologna. Paulo também integrou o festival internacional de canto em Beirute, Líbano, como tenor solo no “Réquiem”, de Mozart, e conquistou diversos prêmios ao longo de sua carreira.

Murilo Trajano nasceu em São Paulo e teve seu primeiro contato com estudo musical por meio do piano aos noves anos. Aos 15, o jovem barítono ingressou como bolsista no Conservatório Musical Souza Lima, onde iniciou seus estudos em canto erudito. Também cantou no Coro Juvenil da Osesp e ainda muito jovem teve a oportunidade de se apresentar ao lado da orquestra em concertos na Sala São Paulo. Murilo atuou ainda no cenário teatral em grandes peças da Broadway como A Bela e a Fera. ()

&nbsp;

SERVIÇO:

Espetáculo: Amazing Tenors In Concert - Sings Bocelli 

Data: Sexta-feira, 26 de maio

Horário: 

21 horas

Local: 

Teatro Rio Vermelho, Rua 4, 1400, Centro

Ingressos: de R$ 80 a R$ 220

Classificação Indicativa: 

Livre

Mais informações: 

www.ingressodigital.com