Antes mesmo das primeiras imagens de Babygirl aparecerem na tela, os gemidos de Nicole Kidman invadem o escuro do cinema. Sentada em Antonio Banderas, ela atinge o que pensamos ser o clímax, num grito intenso e libertador. Eles se beijam e ela corre para o quarto ao lado, onde se masturba assistindo a um vídeo pornô que borra as linhas entre consentimento e estupro. Ela tem fetiche em ser controlada, humilhada, dominada. Ele prefere o bom e velho papai e mamãe. Ambos se amam, são companheiros e têm uma vida feliz, mas há um impasse que cria um abismo entre os dois lados da cama. Ela sabe que jamais estará saciada com o marido, mas ele nem desconfia disso. Em Babygirl, que estreia nesta quinta-feira (9), nos cinemas de Goiânia e Aparecida, Kidman assume um dos papéis mais poderosos e arriscados de sua carreira. Aos 57 anos, ela tira a roupa em inúmeras cenas de sexo, fica completamente vulnerável e entrega o que muitos críticos têm chamado de seu melhor trabalho em anos.