Em 5 de fevereiro de 1942, O POPULAR trazia em suas páginas uma grande cobertura sobre o carnaval em Goiânia. A cidade ainda estava em sua primeira infância, mas a folia já ocorria por aqui. Falando de uma festa que ocorria no antigo Automóvel Clube, o jornal noticiava: “No último domingo tivemos ocasião de assistir a uma matinê com a presença de mais de três centenas de pessoas que ali permaneceram até quase às 19 horas, dançando ao som de animadas orquestras. E é assim que está sendo preparado o carnaval do clube aristocrático da cidade”. Na mesma edição, havia informações sobre o bloco do Zé Pereira, do cordão Chica, Chica Boa e de concursos de fantasia. Portanto, a festa de Momo esteve na história de Goiânia desde o início, ainda que essa tradição tenha altos e baixos. Blocos de carnaval, escolas de samba desfilando nas ruas e grandes bailes em clubes da capital foram as principais atrações de Goiânia durante o carnaval ao longo das décadas. Mas a fama de que a cidade morre nesse feriado também não é injusta. As cidades do interior, como Pirenópolis, Goiás e Caldas Novas, para citar apenas alguns exemplos, ganharam protagonismo. Atrações como rios e lagos também seduzem muitos turistas nesse período, que buscam recantos de sossego ou uma agitação mais refrescante. Não é à toa que destinos como Três Ranchos, Aruanã ou Serra da Mesa ficam mais movimentados. Mas Goiânia, sobretudo num período pré-carnavalesco, mantém seus foliões, com a criação de blocos que anunciam a semana de festa, como o Carnaval dos Amigos.