-Imagem (1.2220338)Inspira, expira e não pira. Entre os assuntos mais comentados nesse último ano afetado pela pandemia, uma palavra figura no topo: autocuidado. Ele pode ter significados diferentes entre as pessoas, mas geralmente passa por uma rotina organizada com hábitos alimentares saudáveis, exercícios físicos e boa noite de sono. Para manter a cabeça no lugar, momentos de lazer e acompanhamento psicológico. Apesar de ideais, essas exigências já são pedir muito dentro do período atípico, incerto e preocupante que estamos vivendo, propício para aflorar o estresse, a ansiedade e angústia como efeitos colaterais.Existem algumas técnicas, dicas e terapias alternativas que podem auxiliar no alívio desses efeitos e que são fáceis de integrar no dia a dia. A automassagem, por exemplo, pode ser feita em qualquer lugar, aliviando tensões no corpo causadas pelo estresse. Antes de iniciá-la, no entanto, a naturóloga Giane Honorato destaca a importância da respiração. “Uma das ferramentas mais poderosas que nosso corpo tem é a respiração. Em questão de minutos, segundos até, parar e trazer a atenção para a respiração pode ser uma grande aliada”, diz. Se está na cadeira do escritório ou no banco do carro, não importa: ajeite a coluna, sente-se de forma ereta e faça de três a cinco respirações profundas, inspirando pelo nariz e soltando pela boca. Em seguida, friccione as mãos uma na outra e comece a automassagem. Giane indica começar pelo rosto, fazendo movimentos circulares com toques suaves. Depois, massageie couro cabeludo e a nuca. Com as mãos em formato de pinça, massageie trapézio, ombros, braços e mãos. “A automassagem é indicada para todas as pessoas, de todas as idades, sem restrição. Pode ser feita em casa, no escritório, de repente até no trânsito, no momento do intervalo”, ressalta. Banhos e escalda pésOs banhos também podem ser boas ferramentas. “Temos os banhos de banheira, preparados com sal do Himalaia e plantas secas, como lavanda, camomila e erva-cidreira. Pode acrescentar óleos essenciais misturados com um pouco de leite, para incorporar melhor”, recomenda. Para quem não tem banheira em casa, a dica é usar um saquinho de tule com as plantas secas dentro e amarrar junto ao chuveiro, de forma que a água passe pelo saquinho e caia sobre a pessoa, como se fosse uma infusão de chá.Quem tiver óleo essencial, pode fechar o box do chuveiro, deixar a água um pouco mais quente para fazer vapor e pingar cerca de três gotas lá dentro. “Vou sugerir a lavanda, porque é um curinga e fácil de achar”, diz Giane. Outra sugestão é o escalda-pés. “Pega uma tina que já tenha em casa, coloca água quente cobrindo pelo menos um palmo acima do tornozelo. Acrescente o sal e algumas plantas secas, assim como na sugestão da banheira. Indico fazer a noite, por cerca de 10 minutos”, diz.“Esse momento do escalda-pés super combina com um chá tranquilizante. Recomendo sempre optar por chás mais naturais, que não sejam somente aromas”, ressalta. “Temos chás inspirados nos florais de Bach, catalogados pelas emoções, ou use as plantas secas, as mesmas indicadas para os banhos”. Giane destaca que todas as dicas podem se somar, sempre aliadas à respiração. “O ideal é que tudo o que a pessoa for fazer, que traga uma atenção especial àquele momento”, diz.Ritual“Minha trajetória com as ervas vem desde pequena, quando minha mãe e avó faziam uso cotidiano de infusões”, conta a estudante Raissa Pagalday, de 23 anos. “Não há receita a ser seguida, mas há um caminho de aprendizado vasto e fértil pela frente”. Entre os seus usos preferidos, está o escalda-pés aos fins de tarde. “É uma prática milenar de distribuição energética de equilíbrio pelo corpo”, comenta. Ela cita ervas como alecrim, lavanda, erva-cidreira e hortelã. “Proporciona um relaxamento e aterramento intensos, além de fazerem um bem danado às pessoas que menstruam, pela sua função descoagulante”, diz.