Vídeo

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Seguidor do Jornal O Popular, certamente você já escreveu, em algum documento, a seguinte frase:

“Venho, através deste documento, informar que...”

Pois é. Cuidado, você vai destruir o documento.

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Acalme-se: explico.

O advérbio através possui significado ligado a movimento físico e indica a ideia de atravessar.

É sinônimo de “pelo interior de”, “por dentro de”.

Exemplos: o passageiro embarcou através do portão 5, no aeroporto de Goiânia.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/esquisito-essa-palavra-e-um-elogio-a-alguem-1.3302821" target="_self">Esquisito. Essa palavra é um elogio a alguém?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/feira-por-que-essa-palavra-existe-nos-dias-da-semana-1.3300180" target="_self">Feira. Por que essa palavra existe nos dias da semana?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/brazil-com-z-e-culpa-do-tio-sam-1.3297569" target="_self">Brazil, com z, é culpa do Tio Sam?</a></div>

Isso significa que, se você disser que vai informar através de um documento, você vai destruí-lo.

O que fazer, então?

Use a expressão por meio de.

“Venho, por meio deste documento, informar que...”

“Por meio de” relaciona-se à ideia de instrumento, utilizado na execução de determinada ação. O documento é o instrumento das informações.

Entendeu?

E aí? Já errou isso?

O assunto é lindo, não é?

Até a próxima

Fraterno abraço

Professor Carlos André

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(Carlos André)

&nbsp;

Através, não. Assim, você vai destruir o documento

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Português Expresso 

PORTUGA EXPRESS

<div attr-cid="policy:1.3302831" attr-version="policy:1.3302831:1755806778" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3302831" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3302831', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3302831">PORTUGA EXPRESS (1.3302831)</a></div>

Bem. Um dia foi.

Acalme-se que explico:

A palavra esquisito vem do latim lat. Exquisĭtus, que significa, ‘escolhido, extremado, distinto, acima da média'.

É isso mesmo. Esquisito era algo ou alguém especial, de alto nível.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/brazil-com-z-e-culpa-do-tio-sam-1.3297569" target="_self">Brazil, com z, é culpa do Tio Sam?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/alcoolotra-n-o-alcoolista-1.3294855" target="_self">Alcoólotra não. Alcoolista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/o-inri-realmente-foi-na-cruz-do-cristo-1.3289406" target="_self">O INRI realmente foi na cruz do Cristo?</a></div>

Como o tempo, esse termo, em Língua Portuguesa, passou a indicar algo pejorativo como “aquilo ou aquele que gera sensação de estranheza”

Em Língua Espanhola, esquisito ainda tem valor benéfico, de algo ou alguém especial.

Interessante como o sentido das palavras muda, não é?

Fraterno abraço

Até a próxima

Professor Carlos André

Esquisito. Essa palavra é um elogio a alguém?

PORTUGUÊS EXPRESSO

PORTUGUÊS EXPRESSO: FEIRA

<div attr-cid="policy:1.3300195" attr-version="policy:1.3300195:1755212453" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3300195" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3300195', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3300195">PORTUGUÊS EXPRESSO: FEIRA (1.3300195)</a></div>

Seja na música popular, seja na localização temporal, causa intriga em todos nós essa palavra feira nos dias da semana, não é?

A intriga fica ainda maior, quando comparamos com os nomes dos dias da semana em espanhol e em inglês.

<h2>Então, por que feira?</h2>

É o seguinte: os romanos atribuíam aos astros e aos deuses os dias da semana. Isso vem da cultura babilônica e foi transmitida aos gregos e aos romanos. Segunda-feira foi atribuída à Lua; terça, a Marte; quarta, a Mercúrio; quinta, a Júpiter; e sexta, a Vênus.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/brazil-com-z-e-culpa-do-tio-sam-1.3297569" target="_self">Brazil, com z, é culpa do Tio Sam?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/ao-encontro-de-e-de-encontro-a-qual-a-diferenca-1.3292154" target="_self">Ao encontro de e de encontro a. Qual a diferença?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso" target="_self">Português Expresso</a></div>

No caso do português, isso mudou no século VI. O bispo português Martinho de Braga não gostava da relação com as divindades romanas e deu aos nomes dos dias da semana uma relação com o sistema religioso cristão.

Em latim, a palavra feira vem de “feria”, que significa “dia livre”, “dia de louvar a Deus”. Assim, segunda-feira seria o segundo dia livre; segundo dia de louvar a Deus. Todos os outros dias dão continuidade numérica ao descanso e ao louvor.

Detalhe: a nomenclatura era para vigorar apenas na Semana Santa, mas se consolidou na cultura portuguesa e veio para o Brasil e para todos os países lusófonos.

 
Você me perguntaria: e sábado? e domingo?

 
Isso é assunto para outro Português Expresso do Jornal O Popular.

 
Fraterno abraço

Até a próxima

Professor Carlos André

<img attr-cid="policy:1.3300186" attr-version="policy:1.3300186:1755211212" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3300186/capa_opopular1 (8) (1).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
(Carlos André)

&nbsp;

Feira. Por que essa palavra existe nos dias da semana?

Português Expresso

Português expresso

<div attr-cid="policy:1.3297608" attr-version="policy:1.3297608:1754606392" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3297608" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3297608', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3297608">Português expresso (1.3297608)</a></div>

A resposta exige reflexão. Em época de tarifaço, sobra polêmica até para a gramática. Noutro dia, alguém me disse que a culpa de o Brazil ter sido grafado com “z” e de continuar assim “no mundo globalizado” é do imperialismo americano.

Pois bem. Essa afirmação é – em parte – verdadeira. Em parte, porque a origem da grafia BRAZIL com Z não possui qualquer relação com os Estados Unidos ou mesmo com o Reino Unido.

BRAZIL, com z, foi grafado oficialmente pelos brasileiros e pelos portugueses até o início do século XX. Sim, a grafia oficial era BRAZIL, com Z, em razão da chamada ortografia fonética, aquela que busca representar os sons da fala (fonemas) de forma mais direta. É diferente da ortografia etimológica, que prioriza a origem histórica das palavras, muitas vezes de forma a manter até mesmo as letras que não são mais pronunciadas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/alcoolotra-n-o-alcoolista-1.3294855" target="_self">Alcoólotra não. Alcoolista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/ao-encontro-de-e-de-encontro-a-qual-a-diferenca-1.3292154" target="_self">Ao encontro de e de encontro a. Qual a diferença?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/o-inri-realmente-foi-na-cruz-do-cristo-1.3289406" target="_self">O INRI realmente foi na cruz do Cristo?</a></div>

BRAZIL, com z, foi grafado na Constituição “brazileira” de 1824 (império). Pode olhar lá.

Só em 1931, por meio do Decreto 20.108 de 1931, do presidente Getúlio Vargas, é que BRASIL, com s, passou a existir, na ortografia oficial. É bom lembrar que a Academia Brasileira de Letras consolidou essa grafia oficial com o Formulário Ortográfico de 1943. Países como França, Espanha, Portugal e muitos outros adotaram o “S” em Brasil, após essas ações governamentais brasileiras.

Infelizmente, os países de Língua Inglesa insistem em manter o Z. Aqui, talvez, more a meia culpa do BRAZIL, com Z. Você não acha?

Até a próxima semana

Fraterno abraço

Professor Carlos André

<img attr-cid="policy:1.3297575" attr-version="policy:1.3297575:1754604011" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3297575/WhatsApp Image 2025-08-07 at 18.58.58.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
()

&nbsp;

Brazil, com z, é culpa do Tio Sam?

<div attr-cid="policy:1.3294890" attr-version="policy:1.3294890:1754001045" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3294890" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3294890', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3294890">Vídeo (1.3294890)</a></div>

Recentemente, em razão da novela Vale Tudo, da Rede Globo, tem voltado uma discussão sobre uma grave doença: o alcoolismo.

A personagem Amelinha tem sido chamada de alcoolista, o que tem gerado a seguinte indagação: o correto não seria alcoólatra?

Devagar com o andor, porque o santo é de barro.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/ao-encontro-de-e-de-encontro-a-qual-a-diferenca-1.3292154" target="_self">Ao encontro de e de encontro a. Qual a diferença?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/o-inri-realmente-foi-na-cruz-do-cristo-1.3289406" target="_self">O INRI realmente foi na cruz do Cristo?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/portugu%C3%AAs-expresso/erro-de-portugues-no-hino-nacional-1.3273652" target="_self">Erro de português no Hino Nacional</a></div>

Como você já viu, alcoolismo é uma doença. Repito: uma doença. Não se trata, portanto, de uma vontade controlável de alguém em relação ao álcool, segundo os especialistas em saúde.

Vamos lá, então: Alcóolatra vem do substantivo álcool + o sufixo ―́latra (que significa “devoção”). Alcóolatra é quem tem devoção intencional pelo álcool.

Já alcoolista vem do substantivo álcool + o sufixo -ista (que se referente àquele possui uma doença: o alcoolismo)

Percebeu a sutileza?

A escolha da palavra a alcóolatra em substituição a alcoolista não é um mero erro gramatical, mas sim uma forma de ver o indivíduo que possui alcoolismo.

Até a próxima

Fraterno abraço

Professor Carlos André