Há aproximadamente 25 anos, o pai do funcionário público federal Roberto Polastri, de 60 anos, teve um câncer de próstata. A partir daí, ele e seus outros cinco irmãos ficaram em alerta. Afinal, história familiar de pai, avô ou irmão com câncer da próstata antes dos 60 anos de idade é um fator de risco para a doença. Todos passaram a fazer exames preventivos e, desde então, dois dos irmãos já tiveram de passar por cirurgia para a retirada total da próstata. Ele, no entanto, não recebeu a mesma indicação, mesmo que tivesse apresentado aumento da glândula. “Fiquei preocupado e assustado, mas o que tive é uma prostatite aguda, uma inflamação na próstata que tratei somente com medicação”, conta. Como medida preventiva, Roberto passou a fazer anualmente o PSA, sigla do inglês para o antígeno específico da próstata, cujo resultado da dosagem encontrada pode sugerir a existência da doença. “Os meus níveis sempre davam normais. À medida que fui envelhecendo, a próstata começou a inchar e apresentei os primeiros sintomas, como ir mais vezes ao banheiro para urinar”, lembra. Daqui a seis meses, ele volta ao médico para repetir os exames. “Desde o momento que nós, homens da família, soubemos que o câncer pode ser hereditário, passamos a monitorar de perto. É um tipo de coisa que não dá para ignorar e, mais ainda, que pode ser detectado cedo e com chances de cura”, comenta.