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Projeto inaugura três novos painéis em Goiânia

Um dos murais a céu aberto tem o título de Homenagem aos Trabalhadores e foi proposto em contrapartida ao benefício recebido pelo último edital municipal da Lei Aldir Blanc

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia (Diomicio Gomes)

Fazendo uma ponte entre passado e futuro, trabalhadores que contribuíram para a construção e desenvolvimento de Goiânia estão retratados em meio a referências de art déco e monumentos da capital em novo painel localizado na Praça do Trabalhador, na área externa do Museu Frei Confaloni, antiga Estação Ferroviária. O mural é do artista visual goiano Danillo Butas e vem sendo conferido pelos transeuntes desde o fim de julho. "O processo de execução foi bem interessante, porque é um local que passa muita gente. E essas pessoas se identificavam com alguns dos trechos da obra, que retrata várias classes de trabalhadores. Houve um diálogo com os transeuntes", comenta Butas.

Nos detalhes da pintura, em meio ao Teatro Goiânia e ao edifício da antiga Estação Ferroviária, é possível ver trabalhadores com suas enxadas, imigrantes, fiandeiras e um comerciante em cima de um carro de boi, figuras fundamentais para a fundação da capital e que agora estão retratadas na região central, onde trabalhadores formais, autônomos e ambulantes circulam diariamente. Por meio de suas luzes e sombras, a arquitetura das metrópoles é uma das marcas registradas do trabalho de Butas, que atualmente está com a exposição individual Ruídos Urbanos em cartaz na Vila Cultural Cora Coralina, que segue aberta à visitação até o dia 26 de agosto.

O mural a céu aberto tem o título de Homenagem aos Trabalhadores e foi proposto em contrapartida ao benefício recebido pelo último edital municipal da Lei Aldir Blanc pelo Shiva Alt-Bar, que convidou também os artistas goianos Wes Gama e Ebert Calaça para realizar outros dois painéis em diferentes pontos da cidade. "Tive a oportunidade de fazer também um resgate histórico da praça, pintando o Monumento ao Trabalhador, que foi derrubado na época da Ditadura Militar. Está sendo o meu trabalho de maior importância, tanto cultural, quanto de qualidade técnica", diz Butas.

"A temática era livre, mas coincidiu de dois dos painéis retratarem trabalhadores - o painel do Butas, fazendo homenagem aos trabalhadores que originaram e fundaram Goiânia, e o painel do Wes Gama, que está na Secretaria de Direitos Humanos, retratando trabalhadoras do campo", explica a empresária Ana Laura Canedo.

Já o mural realizado por Ebert Calaça na Alameda das Rosas possui temática pós-moderna e retrata personagens criados pelo artista visual. "Esse mural, na verdade, é a segunda parte de uma ação que contou primeiramente com minha exposição individual intitulada Amigo Oculto. Agora, na segunda fase, os meus amigos ocultos, seres imaginários e outros elementos que outrora fizeram parte do meu repertório poético, vieram à tona para celebrar a proposta plural do projeto", diz Calaça.

Ana Laura pontua que a ideia do projeto é enaltecer a arte urbana promovendo novos painéis pela cidade. "Também está sendo produzido um vídeo com os artistas e as obras para ser reproduzido nas escolas públicas municipais, levando inspiração e conhecimento aos alunos", diz. Entre os apoiadores do projeto, estão a Biapó Urbanismo, que ajudou na estruturação do mural da Praça do Trabalhador, além da Secult Goiânia, do Iphan e da Secretaria de Direitos Humanos.

Cidade ocupada

Na contramão do cinza típico das capitais, cores exploram diferentes traços, elementos e referências pintados em muros e empenas de prédios de Goiânia. Com a pandemia, que fechou as portas de museus, galerias e espaços culturais que vivem atualmente a sua retomada, a arte urbana ganhou mais força. Recentemente, o Beco da Codorna passou por um projeto de restauro dos grafites do local recebendo cerca de 100 artistas de todo o País.

Em 2020, Wes Gama celebrou a entrega do maior painel feito por ele até então no Edifício Alencastro Veiga, no Centro da cidade, parte de um projeto realizado pela Valente Produtora de Arte. Ebert Calaça foi um dos participantes do evento Skate Ocupa, promovido pela Ambiente Skate Shop, que convidou diversos artistas goianos para revitalizar a pracinha do Centro Cultural Martim Cererê por intermédio da feitura de murais, em junho deste ano. Também em 2022, Danillo Butas entregou um mural em Olhos d'Água, distrito de Alexânia, em Goiás, como parte da residência artística Hospitalidade Casa Aberta.

"A ideia foi escolher artistas de diferentes origens sociais e escolas artísticas para fazer um panorama de onde e como a arte urbana pode surgir e florescer - desde a periferia até outras áreas distintas de estudo, como a arquitetura, que posteriormente foram direcionadas a outro foco de aplicabilidade, no caso, a artística", comenta Thiago Faria, um dos sócios do Shiva Alt-Bar, proponente do projeto, sobre a escolha dos artistas para integrar o projeto.

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Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia (Diomicio Gomes)

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia (Diomicio Gomes)

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia

Detalhes do painel feito pelo artista Danillo Butas na Praça do Trabalhador: homenagem aos construtores de Goiânia (Diomicio Gomes)

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Telma Alves celebra 35 anos de carreira em exposição no Centro Cultural UFG

Abertura será nesta quinta-feira (27), às 19 horas, no Centro Cultural UFG. A mostra apresenta um conjunto de obras recentes da artista

Telma Alves: "Quando utilizo preto e branco, imediatamente entro na ideia das cores, que são um desafio para mim”

Telma Alves: "Quando utilizo preto e branco, imediatamente entro na ideia das cores, que são um desafio para mim” (Wesley Costa / O Popular)

O conflito entre explorar as nuances de preto, branco e cinza ou deixar os pincéis serem dominados por uma explosão de cores permeia o trabalho de Telma Alves, que celebra 35 anos de carreira com a exposição individual Ainda a Pintura, com inauguração nesta quinta-feira (27), às 19 horas, no Centro Cultural UFG. A mostra apresenta um conjunto de obras recentes da artista, referência na pintura contemporânea goiana. A visitação segue até o dia 30 de abril.

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Natural de Morrinhos, município do sul de Goiás, Telma Alves reafirma aos 76 anos a sua contínua investigação no campo da pintura, que tem influência na psicanálise e na espiritualidade. A mostra faz uma imersão nos pólos cromáticos ao dividir as obras em torno desses dois grandes eixos, ocupando as galerias 1 e 2 do Centro Cultural.

"Meu trabalho necessita desse conflito durante o processo criativo, que se torna quase simultâneo. Quando utilizo preto e branco, imediatamente entro na ideia das cores, que são um desafio para mim", comenta.

Conciliar uma abordagem mais abstrata e espiritualista, como a dela, com a experiência visual da cor é desafiador, explica a artista. "A cor, para mim, representa muitas vezes o diluimento do próprio ambiente e transforma, sensorialmente falando, as condições da percepção do mundo externo", ressalta.

"Considero algo bem novo e contemporâneo dentro da minha pintura e um momento interessante da minha trajetória. Essa exposição simboliza a maturidade do meu trabalho e da minha vida espiritual, que caminham juntos", complementa Telma.

Com curadoria do professor e crítico Paulo Duarte-Feitoza, a mostra é um convite à produção recente da artista que, mais do que nunca, experimenta com a sobriedade monocromática e a profusão de cores. "Para quem já conhece seu trabalho anterior, será uma surpresa perceber como, mesmo após mais de três décadas de carreira, Telma continua nos desafiando com sua pintura. Ela ainda tem muito a dizer", afirma o curador.

Resgate

Telma Alves é autodidata e começou sua trajetória nos anos 1990, aos 38 anos. Logo passou a frequentar ateliês e cursos com nomes importantes das artes plásticas, como Aguinaldo Coelho, Maria Tereza Louro, Mônica Sartori, Marcos Lontra e Herculano. A partir daí, construiu uma sólida carreira com premiações e participações em exposições individuais e coletivas em instituições e exibições de todo o País, como Galeria Sesc Paulista (SP), Galeria Referência (DF), Itaú Cultural (GO), Funarte (DF), Museu de Arte Contemporânea de Goiânia (MAC-GO), Fundação Jaime Câmara, Museu de Arte de Goiânia e Galeria Potrich.

Ocupando lugar de destaque na cena da pintura contemporânea em Goiás, Telma tem como marca a sua inquietação constante e linguagem única, explorando relações entre cor, textura e composição em obras que transitam entre gestos expressivos e estruturas sutis. A sua relevância vai além de sua produção individual, segundo o curador Paulo Duarte-Feitoza. "Quando se pensa a história da pintura em Goiás, ela ocupa um lugar singular. É uma pesquisa que não se esgota, mas se reinventa a cada nova série de trabalhos", diz.

De volta às galerias com uma exposição individual, Ainda a Pintura faz não só um resgate da produção de Telma, mas também um reconhecimento da sua importância no cenário das artes visuais goiana e brasileira. "Quando se olha para os meus trabalhos antigos, eles refletem os atuais. Considero isso algo muito rico quando se trata de obras de arte", diz a artista.

A mostra integra a programação comemorativa dos 15 anos do Centro Cultural UFG, coincidindo também com o mês de março, quando se celebra o Mês da Mulher, destacando a importância e protagonismo das mulheres na arte contemporânea e no campo da pintura. "Passei por muitos desafios e mudanças desde que comecei, nos anos 1990. Nós, mulheres, estamos hoje em um espaço privilegiado, porque sempre houve machismo na história da arte", comenta.

Hoje, Telma tem uma rotina diária de trabalho. "Todos os dias preciso entrar no ateliê e produzir. Gosto muito de desenhar, mas o forte mesmo é a pintura", comenta ela. O desafio da cor me deixa em um estado magnífico", conta. Os desenhos são presentes e constantes na sua produção. "A exposição, no entanto, reafirma que o meu trabalho 'ainda é a pintura', porque ao longo da minha carreira é o que mais se fortaleceu. É a pintura que reafirma quem eu sou", finaliza.

SERVIÇO

Exposição:

Ainda a Pintura, de Telma Alves

Abertura: 27 de março (quinta-feira), às 19h

Visitação:

de 28 de março a 30 de abril. Terça a sexta, das 10h às 18h, e sábados das 9h às 13h.

Local:

Centro Cultural da UFG (Av. Universitária, 1.533 - St. Universitário)

Informações:

@telmaalves.arte e @centroculturalufg

Entrada gratuita

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Exposição na Vila Cultural Cora Coralina reúne obras de cinco artistas mulheres

Em diversos formatos e linguagens, trabalhos instigam o público a refletir sobre o feminino e suas dimensões

Obra de Heloísa Lemos

Obra de Heloísa Lemos (Divulgação)

A exposição coletiva Corpo Casa, com obras das artistas Lais Rocha, Mah Ferreira, Heloísa Lemos, Thaysa Alarcão e Verônica Santana, será inaugurada nesta quinta-feira (13), às 19 horas, na Sala Sebastião Barbosa, na Vila Cultural Cora Coralina. Produzida pelo coletivo Arapuá, a mostra investiga o corpo feminino como território simbólico de pertencimento, resistência e memória, permanecendo em cartaz até 14 de abril.

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A exposição reúne diversas linguagens artísticas, como pintura, gravura, performance e vídeo, convidando o público a uma reflexão sobre o feminino e suas múltiplas facetas. As obras abordam questões identitárias, sociais e históricas que moldam as vivências das mulheres, proporcionando uma experiência sensorial e reflexiva. Da potência das performances ao detalhismo das gravuras, a mostra conduz os visitantes por narrativas singulares que, ao mesmo tempo, dialogam entre si.

Heloísa Lemos trabalha com pintura e gravura, explorando o dualismo, o feminino e a cultura de Goiás. Thaysa Alarcão pesquisa o conceito de "corpo-casa", memórias e identidade, desenvolvendo autorretratos e poéticas autobiográficas. Laís Rocha (Aloisam) expressa seu inconsciente por meio de cores e texturas, intensificando sua produção durante a pandemia, quando encontrou na arte um refúgio emocional. Mah Ferreira (Mariana Herculano) utiliza diferentes mídias para discutir corpo, identidade e feminilidade, com ênfase no autoconhecimento e pertencimento. Verônica Santana trabalha com performance e pintura, abordando memória trans, corpo humano e religiosidade, criando diálogos sobre vivências trans e espiritualidade.

Como parte da programação, serão realizadas rodas de conversa entre as artistas, a equipe de produção e docentes da Faculdade de Artes Visuais da UFG. Os encontros visam aprofundar debates sobre o papel das mulheres nas artes visuais e na sociedade contemporânea. Mais detalhes serão divulgados em breve no perfil da Vila Cultural no Instagram (@vilaculturalcc).

Durante o mês de março, a Vila Cultural funcionará de segunda a sábado, das 9 às 16 horas, encerrando as atividades às 17 horas. A entrada é gratuita, e animais de estimação são bem-vindos, desde que estejam com coleiras.

Serviço

Exposição: Corpo Casa

Artistas:

Lais Rocha, Caroline Lima, Heloísa Lemos, Thaysa Alarcão e Verônica Santana

Abertura:

Quinta-feira (13), às 19h

Período de visitação: até 13 de abril

Local:

Vila Cultural Cora Coralina / Rua 3, com Rua 23, Centro

Entrada gratuita

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Pedro Kastelijns brinca e constrói em primeira individual em Goiânia

Artista radicado em Amsterdam inaugura exposição 'Construção' nesta quinta-feira (13), no Centro Cultural Octo Marques

Pedro Kastelijns e algumas de suas obras: “Por mais que seja abstrato, é um trabalho extremamente autobiográfico, mas que não impõe narrativas ao público”

Pedro Kastelijns e algumas de suas obras: “Por mais que seja abstrato, é um trabalho extremamente autobiográfico, mas que não impõe narrativas ao público” (Diomício Gomes)

Como construir uma casa e como viver ali? É essa a investigação do artista visual Pedro Kastelijns durante a exposição Construção , que entra em cartaz nesta quinta-feira (13), no Centro Cultural Octo Marques. É a primeira mostra individual assinada pelo goiano que mora em Amsterdã, capital da Holanda. A mostra segue aberta ao público até o dia 13 de março.

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A interdisciplinaridade mapeia o processo base de Kastelijns, com obras em desenho, pintura, música, fotografia e coleção de imagens. O artista apresenta peças bi e tridimensionais, instalações, álbuns musicais e performances. Navega, por exemplo, em técnicas e suportes fluidos, ora metalinguísticos, ora espaciais.

"Essa é minha primeira individual, tanto aqui como fora. Dar esse importante passo na minha cidade natal me faz muito feliz", comenta o artista de 27 anos. Quem assina a curadoria é o pesquisador, professor e crítico de arte Paulo Duarte-Feitoza, doutor em História da Arte pela Universidade de Girona, na Espanha. "É significativo mostrar o que aprendi e me tornei, na cidade onde tudo começou. A sensação é de um de ciclo completado", diz.

Nos últimos anos, Kastelijns estudou na Gerrit Rietveld Academie, a academia de artes e design mais prestigiada da Holanda, ao lado de estudantes e professores do mundo todo. O approach é bem experimental, transdisciplinar e focado no desenvolvimento individual da prática de cada aluno. "Foi fantástico e expandiu completamente minha visão do que uma prática artística pode vir a ser", reitera o profissional.

Para Construção , Kastelijns usa metáforas para discorrer sobre a busca de abrigo, físico e emocional, da qual se deparou ao migrar para um lugar diferente do mundo. As obras exploram a dicotomia entre a urbanização precária do Brasil e a paisagem padronizada dos Países Baixos, enquanto questionam noções de identidade, pertencimento e sentido de vida. "Por mais que seja abstrato, é um trabalho extremamente autobiográfico, mas que não impõe narrativas ao público", argumenta.

Brincadeira

A fundação da prática do artista é o brincar, se manifestando por meio da maneira lúdica e experimental em que aborda materiais, permitindo que estes o guiem, e não o oposto. "O brincar tem relação forte com o improviso, reforçando a parte intuitiva e gestual do processo, com o objetivo de deixar o racional mais de lado. Isso me abre portas para uma experiência mais catártica e sensorial ao produzir", conta.

Se a máxima de que o ano no Brasil só começa depois do carnaval, para Kastelijns, 2025 fugiu à regra. O semestre começou com a primeira individual e, simultaneamente, a turnê pelo Brasil com o grupo Pedro Kastelijns e Qbae, que veio da Holanda para uma série de shows em fevereiro.

Já em março, o goiano faz uma performance parte da mostra, além de debates sobre o trabalho e oficinas criativas. "No início de abril volto para Amsterdã, onde certamente vou ter bastante tempo para processar após tantas experiências. Pelo menos o inverno já vai ter acabado por lá", brinca o artista.

Serviço

Exposição: Construção, de Pedro Kastelijns
Abertura: Nesta quinta-feira (13), às 19 horas
Visitação: De sábado (14) a 15 de março de 2025, de segunda a domingo, das 9 às 17 horas
Local: Centro Cultural Octo Marques -- Edifício Parthenon Center, Rua 4, nº 515, Centro
Entrada gratuita Informações: @pedrokastelijns

Tropeçou no céu como se ouvisse música

Além da exposição, Construção também é o mais recente disco de Pedro Kastelijns, disponível nas plataformas digitais. Com canções que brincam com o conceito de construir, como Cano P vc, Tijolinho de 6 Furos e Terra, o goiano explora de forma sonora e poética questões e temáticas presentes na mostra. Há ainda uma parceria com Dinho Almeida, da Boogarins, na faixa Será?.

"A música veio como válvula de escape durante a adolescência, quando percebi que a magia da infância não seria eterna", conta. O artista começou a compor e gravar em casa aos 15 anos. "Na faculdade, descobri que as duas disciplinas podem se entrelaçar muito mais, em conceito e forma. Desde então, minha música -- e meu trabalho como um todo -- cresceu muito", salienta.

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Exposições simultâneas apresentam panorama artístico goiano e conexão com a África

Espaço abre duas mostras simultâneas com obras de 14 artistas goianos, somando-se às 390 peças da exposição 'Arte Africana: Máscaras e Esculturas'

Algumas das obras que integram a exposição coletiva Arte Presente

Algumas das obras que integram a exposição coletiva Arte Presente (Wesley Costa / O Popular)

A partir desta quinta-feira (5), a Vila Cultural Cora Coralina, no Centro de Goiânia, inaugura duas mostras simultâneas com trabalhos de 14 artistas goianos. Na Sala Antônio Poteiro, a coletiva Arte Presente reúne obras de diferentes formatos e linguagens. Logo ao lado, a artista Daniela Marques exibe os quadros, serigrafias e colagens que compõem a exposição Desejo Ltda., na Sala Sebastião Barbosa. Elas se juntam às 390 peças da mostra Arte Africana: Máscaras e Esculturas, que ocupam o salão principal do centro cultural desde o dia 20 de novembro.

Arte Presente tem curadoria de Anna Carolina Cruz e integra o projeto #FargoAnoTodo, promovido pela Feira de Artes de Goiás (Fargo). Obras, múltiplos e objetos autorais apresentam um panorama da produção de 13 artistas locais, como Rustoff, Danillo Butas, Ana Rita Rodrigues, Mayara Varalho e Jotapê. As produções estão à venda como forma de valorizar a arte como presente nas celebrações de final de ano, explica Wanessa Cruz, à frente da Casa Arte Plena e da feira de artes.

"A curadora selecionou artistas de várias linguagens e gerações, com foco na diversidade. A ideia é que a arte esteja presente na vida de todos, pois, como diz Ferreira Gullar,'a arte existe porque a vida não basta'", comenta. "Essa iniciativa veio da demanda dos artistas exporem suas obras, para que se mantenham relevantes, façam vendas e fortaleçam os seus currículos", diz. A mostra tem abertura nesta quinta (5), às 19 horas, e segue em cartaz até o dia 5 de janeiro de 2025.

Desejo Ltda.

 (Divulgação)

(Divulgação)

A artista, pesquisadora, produtora cultural e professora Daniela Marques investiga o símbolo fálico e suas relações com o desejo, propondo diálogos e rupturas com suas representações e conceitos clássicos. O resultado de suas pesquisas pode ser conferido na exposição Desejo Ltda., que entra em cartaz nesta quinta-feira, às 19 horas, na Sala Sebastião Barbosa. A curadoria é de Paulo Duarte-Feitoza. No sábado (7), às 14 horas, acontece uma roda de conversa entre a artista, o curador e o artista e arquiteto Kassius Brunno, que atuou na expografia, sobre o processo de produção das obras.

A mostra reflete sobre o uso de salto alto e sua relação com o falo, ampliando a discussão sobre esse símbolo cultural e psicanalítico. "A pesquisa poética que instaura essa produção começou a partir de uma autorreflexão sobre o porquê da minha necessidade de usar salto alto para dar aula, quando comecei a atuar como professora. Depois, passei a me questionar também sobre qual a relação desse objeto, o salto alto, com o falo", conta Daniela.

Além dos quadros, colagens e serigrafias, o destaque da mostra fica com a peça Completador, uma bomba de combustível que foi adaptada para se tornar um objeto de arte em uma parceria entre a Faculdade de Artes Visuais e o grupo PET das escolas de engenharia da UFG. A peça surge de uma reflexão em torno da noção de desejo enquanto vazio a ser preenchido, "completado", ela explica. A reforma estética ficou por conta do seu tio, Júlio César, que trabalha com pintura automotiva. A exposição segue na Vila Cultural Cora Coralina até o dia 5 de janeiro de 2025.

Arte Africana

(Divulgação)

(Divulgação)

Em celebração ao Dia da Consciência Negra, o centro cultural inaugurou no dia 20 de novembro a exposição Arte Africana: Máscaras e Esculturas, com 390 peças da Coleção África, que está pela primeira vez em Goiânia. Ao longo de 20 anos, os curadores Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Renato Araújo e Danilo Garcia reuniram um amplo acervo de máscaras, estatuetas, adornos e demais objetos de uso cotidiano e ritualístico.

Celebrando as conexões entre o Brasil e a África, a mostra é fruto da parceria entre a BEI Editora e a Secult Goiás e possui um circuito completo de duas horas. A visitação segue até o dia 6 de abril de 2025, no salão principal de exposição da Vila Cultural Cora Coralina.

SERVIÇO

Exposições: Arte Presente, Desejo Ltda. e Arte Africana: Máscaras e Esculturas
Local: Vila Cultural Cora Coralina (Rua 3 esquina com a Rua 23, s/n, Setor Central)
Funcionamento: todos os dias, das 9 às 17h
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