Dos tempos em que Frei Nazareno Confaloni pintou o afresco nas paredes do antigo prédio da Celg para agora, mais de 60 anos depois, muita coisa mudou no edifício histórico localizado na Av. Anhanguera. O painel já não está mais lá. Em seu lugar existe um vazio recortado no concreto. Também não é possível mais ouvir o corre-corre das pessoas entre os cômodos e corredores. Em situação de abandono, o local recentemente foi ocupado por um projeto de artes visuais que quer dar um novo significado a um dos marcos da arquitetura moderna da capital. Os profissionais por trás do projeto chamam a ação de Museu do Depois do Amanhã (Mudda). As ruínas do que foi o edifício, desocupado desde 2018 pela antiga Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduce), ganham intervenções da natureza, como plantas que brotam, fungos e musgos que criam desenhos nas paredes e teto, e manifestações artísticas de diversas linguagens, a exemplo de pinturas em grafite, lambes, vídeos, performances e instalações.