Na tradição filosófica ocidental, Platão via o professor filósofo no topo da pirâmide da importância social. Para ele, a verdadeira educação era capaz de libertar a alma das amarras da ignorância e conduzi-la para a luz do conhecimento e da virtude. O professor seria assim não apenas um transmissor de informações, mas o próprio condutor da sociedade rumo ao bem comum. É claro que todos os ofícios merecem respeito, mas digo sem qualquer dúvida: o de professor é o mais importante deles, por ser a base de todos os outros. Não há advogados, médicos ou engenheiros sem o professor. Em verdade, digo: o Brasil já respeitou os professores. Houve tempos de valorização, em que a voz ecoava no coração dos alunos, e os conselhos moldavam caminhos da nação. É importante lembrar que nas primeiras décadas do século XX, ser professor era sinônimo de prestígio, liderança e respeito, especialmente nas pequenas cidades e comunidades do nosso país.