Dois trabalhos de Siron Franco, 75, marcam os limites da exposição Pensamento Insubordinado: o primeiro e mais antigo, datado de 1961, é a pintura de um menino preto que posou ao longo de três anos para o artista; já o segundo, de 2023, é um carpete pisoteado que remete aos atentados de 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. As obras compõem a mostra que entra em cartaz nesta sexta-feira (5). A exposição foi dividida em dois pontos para levar a arte de Siron a diferentes espaços na cidade. São 98 trabalhos, dos quais 26 podem ser vistos na Galeria Cerrado e 72 no Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC). As muitas fases artísticas de Siron, com suas técnicas, temas e linguagens, são registradas nos trabalhos que ilustram a exposição cronológica. A exposição faz um passeio pela carreira do artista, desde as raízes da infância ligada à natureza da cidade de Goiás, ou quando morou no antigo Bairro Popular, hoje incorporado ao Centro de Goiânia. A pintura, escultura e ações de Siron são espécies de crônicas sociais e políticas do Brasil nas últimas seis décadas. Pensamento Insubordinado se aprofunda em questões que rememoram a trajetória do artista. “É uma ótima oportunidade para comemorar meus 76 anos com uma grande exposição como essa, que faz um resgate e apresenta parte de minha história aos goianos”, aponta Siron.