O fascínio de Eloisa com o universo circense é, segundo ela, difícil de explicar. “É uma paixão, um encantamento”, diz. Essa relação começou na infância, quando a artista criou a ideia fixa de que o seu destino era fugir com um circo. “Quando um circo anunciava a chegada na cidade, eu corria para a porta da casa da minha mãe e tentava chamar a atenção do pessoal de todo jeito. Jogava limões, maçãs”, conta. Aos poucos, ela conseguiu participar de algumas cenas dos espetáculos. “Aprendi a fazer mágica, a dançar. Totalmente fascinada”, lembra. Em dado momento, ela compreendeu que a fuga com a equipe não era o melhor negócio, mas incorporou o universo aos seus estudos até se tornar o principal objeto de trabalho. “Coloquei frente a frente a sutileza, delicadeza e leveza do circo com a vida dura e sofrida de quem trabalha nele. Passei a trabalhar, então, com a parte boa”, explica.