Será que é possível ser bem-sucedido e, ao mesmo tempo, honesto no Brasil? Raquel (Taís Araujo), uma mulher batalhadora que trabalha como guia de turismo em Foz do Iguaçu, no Paraná, acredita que é possível vencer na vida com dignidade. Por outro lado, sua filha, Maria de Fátima (Bella Campos), uma jovem desinteressada pela rotina na pacata cidade paranaense, sonha se tornar influencer digital e ficar rica a qualquer custo.

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O conflito entre essas duas mulheres, a partir da ambição desmedida da filha, é a trama central de Vale Tudo, próxima novela das nove da TV Globo, escrita por Manuela Dias com direção artística de Paulo Silvestrini. Com estreia prevista para março de 2025 como parte da celebração dos 60 anos da TV Globo, a obra é uma nova versão de um dos maiores títulos da teledramaturgia brasileira, escrito por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, e exibido originalmente em 1988.

A novela começou a ser gravada em Foz do Iguaçu, no final do ano, com Taís Araujo, Bella Campos, Cauã Reymond, Antonio Pitanga, Alice Wegmann e Lucas Leto, entre outros atores. Foi na cidade turística paranaense que gravaram as primeiríssimas cenas da trama, envolvendo, em média, 130 pessoas por dia nos sets, sendo 70 de elenco e equipe e 60 figurantes.

As gravações na cidade tiveram que ser antecipadas por conta da aproximação do final do ano, quando Foz do Iguaçu recebe milhares de turistas vindos de diversos cantos do Brasil e do mundo. “Foi muito bacana ver que a cidade estava toda envolvida, todo mundo sabendo e feliz de estarmos gravando lá. Fomos muito bem recebidos”, conta Luciana Monteiro, responsável pela produção da novela.

No total, foram 11 dias de gravação em dez locações, entre elas, o Parque Nacional do Iguaçu, que, com toda sua exuberância, foi cenário das primeiras cenas da obra, em que Raquel apresenta a força e a beleza das Cataratas do Iguaçu para dezenas de turistas que a acompanham maravilhados, e também onde Maria de Fátima participa do seu primeiro ensaio de moda, que dá início à sua jornada feita de atalhos para enriquecer.

A sessão de fotos acontece na passarela com um dos visuais mais impactantes do conjunto de quedas d’água. O ensaio é comandado por Solange Duprat (Alice Wegmann), diretora da Tomorrow, uma das maiores agências de conteúdo do país, e seu fiel escudeiro, Sardinha (Lucas Leto). Na cena, Maria de Fátima é apenas uma coadjuvante, usando capas de chuva estilosas, enquanto César (Cauã Reymond), um tipo interessante que acabou de conhecer, e outras modelos protagonizam a foto. A top model Carol Trentini gravou uma participação especial na novela exclusivamente para a cena.

Para os looks do ensaio de moda, a figurinista da novela Marie Salles contou com a parceria do stylist Daniel Ueda. “A ideia foi ter pontos de cor dentro das Cataratas, esse contraste do transparente colorido em meio à natureza. A minha criação foi muito em cima do que a Marie e o Paulo (Silvestrini) queriam. Fui tentando ver mais uma história de modelagem, o que seria legal para ter movimento. Foi legal o processo de poder colaborar com todo o criativo da novela”, conta Daniel, que também participou da cena pré-ensaio. “Como figurinista, eu faço personagens. Então, acho muito bom contar com a parceria de stylists, como o Dani. Sempre procuro trabalhar com pessoas que acredito serem excelentes profissionais e que podem agregar ao meu trabalho”, reforça Marie.

Para as cenas da rotina de Foz do Iguaçu, Marie Salles visitou a cidade antes com sua equipe e fez um estudo minucioso de como os moradores e turistas se vestem. “Eu vou muito para o lugar em que vamos gravar, tiro fotos. Com Foz do Iguaçu não foi diferente. A gente fotografou e fez toda a nossa pesquisa. Também usamos muito a internet e as redes sociais nesse processo de criação”, conta.

As cerca de 30 cenas gravadas em Foz do Iguaçu tiveram também como cenário a Ponte da Amizade, onde Salvador (Antonio Pitanga) atua como fiscal na alfândega, inspecionando os carros que passam pela fronteira com o Paraguai, além do Parque das Aves e do Marco das Três Fronteiras, entre outros lugares que contextualizam a origem de Maria de Fatima e Raquel. Alguns hotéis da região também serviram de palco para o encontro de César com a aspirante a influencer.

Vale Tudo é uma novela escrita por Manuela Dias, com colaboração de Aline Maia, Claudia Gomes, Márcio Haiduck, Pedro Barros e Sérgio Marques, baseada na obra de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A direção artística é de Paulo Silvestrini, direção geral de Cristiano Marques, direção de Isabella Teixeira, Augusto Freitas e Matheus Senra. A produção é de Luciana Monteiro, a produção executiva de Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. A trama promete conduzir o público a uma jornada emocionante e atual sobre caráter, ética e honestidade, com enfrentamentos morais, histórias de amor e encontro de mundos distintos. ()

'Vale Tudo': novela começa a ser gravada em Foz do Iguaçu

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O ano de 2025 começa repleto de novidades no Globoplay e, claro, com a espiadinha mais aguardada pelos fãs do reality show mais assistido do Brasil. No dia 13 de janeiro, estreia a 25ª edição do Big Brother Brasil, com novas dinâmicas e uma configuração inédita: os competidores entrarão na casa em duplas. No ano em que a TV Globo completa 60 anos, o clima de celebração contagia a residência dos brothers e sisters, que vai mergulhar na fábrica de sonhos trazendo uma decoração inspirada nas muitas histórias que a Globo contou nas últimas décadas e que ainda vai contar. E para os fãs que desejam acompanhar tudo o que acontece no reality, o Globoplay oferece com exclusividade 24 horas de sinal ao vivo para seus assinantes, além da íntegra de cada edição do programa na TV Globo.

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As novidades não param por aí. As quatro temporadas do famoso sitcom americano Todo Mundo Odeia o Chris e a saga completa da família Crawley em Downton Abbey retornam ao catálogo nos dias 2 e 16 de janeiro, respectivamente. Já para os apaixonados pela franquia Chicago Fire, do renomado produtor Dick Wolf, a maratona também está garantida com a chegada da 12ª temporada a partir do dia 30. Para quem é fã de novelas da Turquia, a dica é O Último Verão, que estreia dia 27, com 20 capítulos disponibilizados semanalmente. O folhetim acompanha a história de Selim Kara (Ali Atay), que recebe uma oferta irrecusável do líder da máfia Selcuk Taskin: proteger seu filho Akgün em troca do testemunho contra a organização criminosa. A partir dessa missão, o protagonista da trama vê a sua vida se transformar por essa inesperada convivência. Outras duas séries chegam com exclusividade: Lalola: Entre Dois Mundos e Segredos de Família.

Os clássicos da dramaturgia da TV Globo são sucesso no Globoplay e janeiro resgata uma série de sucesso. A novela Vale Tudo será disponibilizada em seu formato original no dia 20 de janeiro. Clássico atemporal que, em breve, ganha nova versão na televisão, a produção mostra o antagonismo entre a mãe Raquel Accioli (Regina Duarte), uma mulher íntegra, e a filha Maria de Fátima (Gloria Pires), jovem inescrupulosa e com horror à pobreza, que vende a única propriedade da família, no Paraná, e foge com o dinheiro para o Rio de Janeiro. Exibida entre 1988 e 1989, a obra parou o Brasil com o misterioso assassinato de Odete Roitman, icônica vilã interpretada por Beatriz Segall. Escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, tem grandes nomes no elenco, entre eles Antonio Fagundes, Carlos Alberto Riccelli, Renata Sorrah, Reginaldo Faria e Cassia Kis.

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<a href="https://opopular.com.br/magazine/novos-filmes-chegam-ao-catalogo-do-globoplay-1.3212560" target="_blank">Novos filmes chegam ao catálogo do Globoplay</a></div>

Mais três tramas chegam ao catálogo pelo projeto Resgate: as novelas Perigosas Peruas e Esplendor, além da minissérie Mad Maria. Baseada no romance homônimo de Márcio Souza, a minissérie Mad Maria de Benedito Ruy Barbosa retrata a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, no Norte do Brasil, considerada um dos maiores desafios arquitetônicos do início do século 20. Uma semana depois, no dia 13, é a hora de relembrar Perigosas Peruas, novela de Carlos Lombardi. A obra tem Cidinha (Vera Fischer) e Leda (Silvia Pfeifer) como protagonistas. São amigas desde a infância, mas cada uma seguiu um caminho: Cidinha se dedica à casa e à família e jamais trabalhou fora, enquanto Leda investe na carreira jornalística e tem aversão a casamento e filhos. Em comum, apenas Belo (Mário Gomes), um amor do passado.

No dia 20, o projeto Fragmentos disponibiliza sete capítulos preservados de Espelho Mágico, exibida originalmente em 1977. Primeiro trabalho de Vera Fischer e Tony Ramos na TV Globo, a obra escrita por Lauro César Muniz usou metalinguagem para revelar os universos da televisão, do teatro e do cinema. Esplendor, por sua vez, encerra a agenda das novelas de janeiro. Na trama, Frederico Berger (Floriano Peixoto) é um homem solitário e assombrado pelas lembranças de uma tragédia. Ele redescobre o amor ao conhecer Flávia Cristina (Leticia Spiller), nova governanta da família. Disponível a partir do dia 27, é escrita por Ana Maria Moretzsohn e tem os romances góticos e a clássica história de A Bela e a Fera como inspirações.

No combo de filmes, cinco títulos prometem embalar o mês. Sucesso de bilheteria, Minha Irmã e Eu, longa estrelado por Tatá Werneck e Ingrid Guimarães, fica disponível a partir do dia 4 para todos os assinantes da plataforma. No mês em que Renato Aragão celebra 90 anos, a comédia Simão, o Fantasma Trapalhão chega no dia 12 para animar as férias da criançada. Já para os fãs de drama, as opções são Vítimas do Dia, produzido pelos Estúdios Globo; e Jardim dos Girassóis, longa inspirado no livro espírita de mesmo nome. Já no dia 25, outro título chega com exclusividade ao Globoplay: Continente.&nbsp;

Globoplay: confira as novidades que chegam ao catálogo

Streaming

Em uma de suas cenas mais icônicas, a impiedosa Odete Roitman (Beatriz Segall) esbraveja para quem quiser ouvir: “No Brasil, quem não é corrupto é idiota”. A frase é apenas uma entre várias que marcaram Vale Tudo (1988), novela de Gilberto Braga que fez história e ajudou a colocar o gênero do folhetim como o mais amado entre os brasileiros. Não por menos, a TV Globo já começa a preparar um remake para 2025 em comemoração aos 60 anos da emissora carioca.

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Quando Vale Tudo foi ao ar, em 16 de abril daquele ano, José Sarney estava na incumbência de governar o País. Com a novela em horário nobre e o índice de audiência batendo nas alturas, era consolidada a Carta Magna brasileira conhecida como a Constituição Cidadã. No folhetim, uma trama recheada de críticas políticas e sociais saíam da boca dos personagens e iam direto para as ruas. Na abertura, a música Brasil, de Cazuza e eternizada na voz de Gal Costa, ecoava em todos os lugares.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/com-eliana-the-masked-singer-brasil-sera-uma-grande-homenagem-aos-60-anos-da-tv-globo-1.3188808" target="_blank">Com Eliana, 'The Masked Singer Brasil' será uma grande homenagem aos 60 anos da TV Globo</a> 
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Mais de 35 anos depois e o Brasil segue diferente. A democracia, tão reiterada na trama de Gilberto Braga, passou por transformações e política e sociedade caminham de mãos dadas. É esse o principal desafio de Manuela Dias, a autora escolhida para redesenhar a trama do folhetim. A nova direção fica por conta de Paulo Silvestrini. Mais do que isso, escritora e diretor também têm em mãos outros embates: como reapresentar uma Vale Tudo competindo com produtos do streaming e um público que já não vê mais tantas novelas como nos anos 1980?

“Vale Tudo foi a novela da volta da democracia, e naquele momento falar mal do Brasil, ou poder falar mal, era resistência, era revolucionário, era novo. Hoje não é mais. A gente está saturado disso. O novo é encontrar maneiras de transformação”, afirmou Manuela. Roteirista na TV Globo desde os 19 anos, a profissional está acostumada a colocar temáticas sociais em suas tramas, caso de Amor de Mãe (2021) e da série Justiça (2016).

O folhetim bebe de todas as fontes do melodrama que Gilberto Braga aproveitou naquele momento: tem o confronto do bem contra o mal, tem vilãs impiedosas, mocinhas batalhadoras e honestas, jovens ambiciosos e luta de classes em uma jornada sobre caráter e ética. Na trama principal, o confronto entre uma filha, Maria de Fátima (Glória Pires) e uma mãe, Raquel (Regina Duarte), chocou a todos pela maneira sem filtros que o autor levou para o texto. Dessa vez, na década de 2020, o protagonismo ganha às vezes com a escalação de uma atriz negra, Taís Araújo, que já acumula no portfólio personagens memoráveis na televisão.

Questões

Ainda não dá para prever as mudanças da nova Vale Tudo, que deve estrear em março de 2025. Os personagens seguem os mesmos, mas com novas caras. O jeito de filmar também mudou com a inserção de tecnologias digitais e de ponta. A trilha sonora, tão marcada por canções dos anos 1980, também deve passar por reformulação. As perguntas que ficam são: Odete Roitman vai morrer? Se sim, Manuela Dias seguirá o mesmo caminho da escolha da assassina, Leila, como na primeira versão?

“Prazer, eu sou a Odete Roitman. Teve muita especulação para saber quem viveria a Odete. O mistério que agora vai mexer com o Brasil, será: ‘Quem vai matar Odete Roitman?”, brincou Débora Bloch, atriz escalada para viver a vilã. A ideia é que os telespectadores se sintam indagados, mais uma vez, a descobrir a identidade do assassino ou assassina - o que foi o ponto alto da versão oitentista.

Enquanto o novo elenco começa a se preparar para o desafio de Vale Tudo, os atores e atrizes do passado já deram a opinião a respeito do remake, como Regina Duarte, na época a namoradinha do Brasil. “A ideia parece fascinante, mas existem muitas novelas que não fizeram tanto sucesso no passado e que mereceriam um bom remake. Taís Araújo é uma atriz excelente. Ela sempre dará vida a qualquer personagem, e Raquel é um prato cheio”, exclamou a artista nas redes sociais.

Confira mais sobre o elenco que já começa a se preparar para a trama.&nbsp;

Raquel Accioli&nbsp;

Quem foi?&nbsp;Regina Duarte

Na época em que a novela foi ao ar, Regina Duarte já havia emplacado grandes papéis na TV, como a Viúva Porcina em&nbsp;Roque Santeiro&nbsp;(1985). Foi em&nbsp;Vale Tudo&nbsp;que a atriz se consolidou como o título de “namoradinha do Brasil”.

Quem será?&nbsp;Taís Araújo&nbsp; 
Aos 45 anos, Taís já emplacou diversas protagonistas. Começou cedo como Xica da Silva, na Rede Manchete, e depois esteve como mocinha em&nbsp;Da Cor do Pecado&nbsp;(2004). Como Raquel, ela terá a oportunidade de mostrar toda sua desenvoltura e talento.&nbsp;

Maria de Fátima&nbsp;

Quem foi?&nbsp;Glória Pires&nbsp;

Quando fez Maria de Fátima, Glória Pires tinha 26 anos e já tinha interpretado grandes sucessos, como a Rosália de&nbsp;Direito de Amar&nbsp;(1987). O papel em&nbsp;Vale Tudo&nbsp;a colocou no panteão da teledramaturgia brasileira.&nbsp;

Quem será?&nbsp;Bella Campos&nbsp; 
Famosa por interpretar a Muda no remake de&nbsp;Pantanal&nbsp;(2022), a cuiabana de 26 anos tem em mãos o maior desafio da carreira que será apresentar uma inescrupulosa Maria de Fátima em tempos digitais.&nbsp;

Odette Roitman&nbsp;

Quem foi?&nbsp;Beatriz Segall&nbsp;

Atriz dos tempos da Rede Tupi, Beatriz explodiu duas vezes na carreira: a primeira em 1958 como Pollyana,&nbsp;e na segunda como Odete em&nbsp;Vale Tudo, onde conquistou diversos prêmios. Morreu em 2018. 
 
Quem será?&nbsp;Débora Bloch&nbsp; 
A versatilidade é um de seus principais atributos de Déborah, da comédia ao drama, de mocinha à vilã. Fez sucesso em shows como&nbsp;A Comédia da Vida Privada&nbsp;(1995) e já emplacou antagonistas, como Deodora Montijo em&nbsp;No Rancho Fundo, no ar atualmente no horário das 18 horas.&nbsp;

Afonso Roitman

Quem foi?&nbsp;Cássio Gabus Mendes

Galã dos anos 1980 e 1990, o filho do novelista Cassiano Gabus Mendes já afirmou em entrevistas que tem vergonha de se ver em&nbsp;Vale Tudo. “Eu era muito novo”, confessou o ator, que viveu o filho mais novo da eterna vilã.&nbsp; 
 
Quem será?&nbsp;Humberto Carrão&nbsp; 
A guinada na carreira de Carrão foi em&nbsp;Todas as Flores&nbsp;(2022), novela que o colocou como o galã irreversível destes novos tempos. Antes, esteve também em&nbsp;Cheias de Charme&nbsp;(2012), no remake de&nbsp;Renascer&nbsp;(2024), entre outras.&nbsp;

Heleninha Roitman&nbsp;

Quem foi?&nbsp;Renata Sorrah&nbsp;

A atriz defendeu a sua Heleninha com unhas e dentes e protagonizou cenas inesquecíveis. Renata fez questão de levar para a trama a discussão da conscientização do alcoolismo como doença.&nbsp; 
 
Quem será?&nbsp;Paolla Oliveira&nbsp; 
Com uma extensa carreira em novelas, o desafio de Paolla é deixar a marca de uma personagem que ficou tão marcada. Dona de grandes personagens como Paloma de&nbsp;Amor à Vida&nbsp;(2013), a última vez que&nbsp; a atriz de 42 anos esteve na telinha foi em&nbsp;Cara e Coragem, em 2022.

César Ribeiro

Quem foi?&nbsp;Carlos Alberto Riccelli&nbsp;

Bonito, atlético e mau caráter. Os atributos ofertados pelo personagem e defendidos pelo ator Carlos Alberto Riccelli caíram no gosto do público na época. A última novela em que ele participou foi&nbsp;Guerra dos Sexos, em 2012.&nbsp; 
 
Quem será?&nbsp;Cauã Reymond&nbsp; 
Nada mais emblemático que escalar um dos maiores galãs destes tempos para dar vida ao novo César. Cauã vem de uma sequência de mocinhos, como o Caio de&nbsp;Terra e Paixão&nbsp;(2023) e Renato de&nbsp;Um Lugar ao Sol&nbsp;(2021).

Leila&nbsp;

Quem foi?&nbsp;Cássia Kiss&nbsp;

No último capítulo da novela foi revelado a identidade de quem matou Odete Roitman: Leila, a esposa troféu e doente de ciúmes vivida por Cássia Kiss.&nbsp;

Quem será? Carolina Dieckmann&nbsp; 
Ainda não há nada confirmado, mas os rumos de quem matou Odete podem mudar, segundo a autora Manuela Dias. Carolina Dieckmann foi escolhida para dar o tom de mistério à personagem.&nbsp; 
 
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Quando o país parou&nbsp; 
Muitas foram as cenas de Vale Tudo (1988) que pararam o Brasil e ficaram marcadas na história do folhetim. Mais do que isso, ultrapassaram décadas e se tornaram memes na internet. Confira aqui cinco cenas que até hoje reverberam.&nbsp;

Um mambo bem caliente! 
Comandada por Renata Sorrah, as cenas de Heleninha Roitman bêbada são memoráveis e, mais do que isso, provocavam desconforto sobre a real atenção ao alcoolismo. Uma delas é quando a personagem dança na boate e diz: “Bota um mambo aí, poxa! Um mambo bem caliente!”.&nbsp;

Nas escadarias do Municipal&nbsp; 
Já lá no meio da trama, Maria de Fátima, vivida por Glória Pires, se joga das escadarias do saguão do Theatro Municipal do Rio de Janeiro para tentar interromper uma gravidez indesejada. A cena se tornou um clássico irreversível.&nbsp;

Vestido de noiva&nbsp; 
Maria de Fátima protagonizou muitas cenas inesquecíveis em Vale Tudo, como no momento do confronto entre ela e Raquel (Regina Duarte), durante a prova do vestido de noiva. Dominada pela raiva, a mãe se joga contra a filha e rasga o vestido. “Pode rasgar. Com o dinheiro que eu vou ter eu posso comprar 10 desse”, exclama a vilãzinha.&nbsp;

O povo quer saber: quem matou?&nbsp; 
No último capítulo o público descobriu a identidade do assassino de Odete Roitman (Beatriz Segall): Leila, vivida por Cássia Kiss, que atirou na vilã por engano. A cena foi gravada de portas fechadas para que o mistério não fosse revelado antes da hora.&nbsp;

Uma banana para o Brasil 
No momento de sua fuga, o corrupto Marco Aurélio (Reginaldo Faria) mandava uma “banana” para o Brasil após a aeronave levantar voo. A cena foi reproduzida depois por outros vilões da teledramaturgia, como Carminha (Adriana Esteves), de Avenida Brasil (2012).&nbsp;

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ANÁLISE&nbsp;

O espírito do tempo é outro&nbsp;

Lisandro Nogueira é professor da UFG e escritor de O Autor na Televisão, sobre telenovela e Gilberto Braga

A telenovela com a “cara do Brasil” se sofisticou com a chegada de novos dramaturgos. Gilberto Braga já trabalhava na TV Globo nos anos 1970, mas foi no final da década que ele elevou a telenovela brasileira para um lugar de destaque. O autor construiu os melhores roteiros da novela, repletos de ironia, certa erudição, em sintonia com um público de classe-média ávido por histórias simples, mas antenadas com o cotidiano do Brasil.

A chegada da TV a cabo no final dos anos 1990 balançou a hegemonia de Gilberto Braga. Seu público mais entusiasmado e que lhe dava prestígio, a classe-média urbana, começou a migrar para os novos canais. A novela sofisticada de Gilberto Braga perdeu espaço e prestígio. A partir dos anos 2000 suas novelas não conseguiram grandes audiências. Não por sua falta de competência. Mas o espírito do tempo é outro.&nbsp;

E mais que isso: o Brasil perdeu muito a delicadeza e o texto de Gilberto Braga não era o mais adequado para esses novos tempos. A elite brasileira, tão criticada em Vale Tudo (1988), aprofundou seus métodos de corrupção e conspiração. A pancada crítica perpetrada por Gilberto Braga não encontrou mais tanta ressonância. Os escândalos foram normalizados e se tornaram rotineiros: a própria população se acomodou e os diálogos ferinos dos personagens não tinham mais tanto impacto.

Gilberto Braga agora se torna um clássico como Douglas Sirk e Humphrey Bogart. Ele deixa sua marca inconfundível: fez produtos populares com sofisticação. Ele lembra Hitchcock e tantos outros cineastas e dramaturgos que penaram dentro da indústria das imagens. Eles aproveitaram as brechas para criar dentro de uma indústria em que os padrões estabelecidos são rígidos.&nbsp;

Entre criar e seguir normas eles fizeram as duas coisas. Por isso, ficam na história como aqueles que habitam um terreno hostil mas conseguem criar minimamente o que chamamos de arte – mesmo que seja uma arte rápida, aproveitando brechas e oportunidades. Gilberto Braga é especial.

Vale Tudo: veja quem é quem no remake da novela da Globo

Marco da telenovela

Manuela Dias não esconde a vontade de matar Odete Roitman ao posar para o ensaio de sua primeira entrevista sobre o remake de Vale Tudo, que ela está escrevendo há um ano e deve estrear em março do ano que vem na Globo. Mas a morte da vilã talvez não seja só literal. Questionada se a personagem seguirá dizendo o que hoje seria imperdoável pela patrulha do politicamente correto, a autora afirma que estamos cansados de ouvir falar mal do Brasil. “Vale Tudo foi a novela da volta da democracia, e naquele momento falar mal do Brasil, ou poder falar mal, era resistência, era revolucionário, era novo. Hoje não é mais. Estamos saturados. O novo é encontrar maneiras de transformação”, diz, por videochamada. Com a perversidade do País como cenário, Odete é a vilã que circunda a história de Maria de Fátima - interpretada por Bella Campos -, que não aceita ser pobre como a mãe, Raquel - papel de Taís Araújo -, e está disposta a tudo em busca da ascensão social. Enquanto Odete dizia que o Brasil é “uma mistura de raças que não deu certo”, que a “solução para a violência é a pena de morte”, que “quanto menos ouvir falar português, melhor”, Manuela afirma que “ama o Brasil”, que “o autor também fala por intermédio de seus personagens” e que “falar que o Brasil é uma porcaria não traz nada”. A autora teme dizer que o remake terá um viés construtivo, patriótico, mas afirma que, “perto da novela original, será”. Também prefere não responder se acha que o Brasil melhorou ou piorou nos últimos 36 anos, desde a estreia da versão original, escrita por Gilberto Braga, morto em 2021, mas se considera uma “otimista inconteste”. Manuela, que também escreveu a minissérie Justiça e a novela Amor de Mãe, estende o otimismo à escalação do elenco, sobre o qual não pode falar ainda, mas que teve um vaivém de atores nos últimos meses. A Globo não conta quem interpretará Odete, mas corre nos bastidores que será Débora Bloch, depois da saída de Fernanda Torres, que trabalha na divulgação internacional de seu filme Ainda Estou Aqui, em busca de uma indicação ao Oscar. “É legal a mobilização do público, mas quem quer ver Beatriz Segall (1926-2018) como Odete pode ver no Globoplay. Não faz sentido mimetizar o original”, diz.

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Na Globo, há muitos autores experientes, com um portfólio mais extenso que o seu em novelas. O que fez de você a escolha ideal para Vale Tudo?

Não sei o que a Globo pensou. Me ofereceram a oportunidade, enlouqueci, porque é uma história icônica, aceitei e comecei a trabalhar - revi a novela toda, li estudos acadêmicos. Deve ter um ano.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/tais-araujo-aceita-convite-e-sera-protagonista-do-remake-da-novela-vale-tudo-que-estreia-na-globo-em-2025-1.3150004" target="_blank">Taís Araujo aceita convite e será protagonista do remake da novela 'Vale Tudo', que estreia na Globo em 2025</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/cau-reymond-ja-esta-escalado-para-o-remake-de-vale-tudo-1.3148626" target="_blank">Cauã Reymond já está escalado para o remake de 'Vale Tudo'</a></div>

Por falar em agenda social, Odete Roitman diz muita coisa politicamente incorreta. O que ainda é possível que ela diga e o que vocês cortaram?

Odete seguirá sendo uma vilã, mas sua vilania está muito ligada ao momento. Vale Tudo foi a novela da volta da democracia, e naquele momento falar mal do Brasil, ou poder falar mal, era resistência, era revolucionário, era novo. Hoje não é mais. A gente está saturado disso. O novo é encontrar maneiras de transformação. Odete não aponta caminhos, mas será diferente. Não só ela.

Torcíamos para Heleninha beber, dançar e quebrar tudo. Hoje, sabendo que ela é uma doente, vamos torcer?

Mesmo com nossos embates, estamos muito mais juntos do que parece. Existe um espaço que une as pessoas de direita e de esquerda, de diversos grupos identitários, e eu busco esse espaço. Claro que também quero incomodar. Mas a gente precisa saber que 68% dos brasileiros entendem que família não é pai, mãe e filho, mas um núcleo unido por amor, ou seja, relações homoafetivas também. O Brasil é um país antiarmamentista, mesmo com a alta da direita. As mulheres entendem que vão acabar mortas em casa. Me interesso por um Brasil mais unido e busco isso.

Mas o que a personagem pode ou não falar hoje?

Não é questão de poder. Gilberto Braga, com Odete, estava extrapolando a válvula de escape de poder criticar o Brasil exacerbadamente. Hoje, provocar os mesmos efeitos não implica usar os mesmos recursos. Odete era julgada por ser sexualmente ativa aos 60. E hoje? Não estou dizendo que ela vai ser feminista, mas são diferenças.

Odete representa o conservadorismo, que tem crescido. Dizer que deveríamos cortar a mão de um ladrão não causa espanto em muita gente. Será que temos mais ou menos pessoas como Odete hoje?

Eu amo o Brasil. É claro que tenho críticas ao Brasil, mas não sou Odete, então minhas críticas são construtivas. O autor também fala por intermédio de seus personagens, e sinto que falar que o Brasil é uma porcaria não traz nada hoje em dia.

Você vai propor uma visão mais construtiva do Brasil?

Como jornalista que também sou, me dá medo dizer que Vale Tudo vai ser construtivo. Não vai. Agora, perto da novela original, será. Apontar defeitos do Brasil era uma subversão. Não é mais. Não é sobre o que é construtivo ou depreciativo. É sobre o que é subversivo. Com essa postura hipercrítica, Gilberto estava mostrando a cara do Brasil naquele momento. Mas a cara do Brasil mudou, então ela não faz mais sentido.

"Falar mal do Brasil não é mais legal", diz Manuela Dias, sobre remake de 'Vale Tudo'

Entrevista

&nbsp;A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná autorizou a prisão domiciliar do ex-policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, que matou o guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda em julho de 2022 em Foz do Iguaçu.

A decisão foi tomada durante julgamento de recurso da defesa, na tarde desta quinta-feira (12), e ainda não foi publicada.

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Os juízes de segunda instância entenderam que o Complexo Médico Penal (CMP), onde Guaranho está preso desde agosto daquele ano, não oferece condições adequadas para o réu, que também foi atingido por tiros naquele dia.

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Bolsonarista que matou petista em Foz tem prisão domiciliar revogada</a></div>

O desembargador substituto Benjamim Acácio de Moura e Costa disse que a prisão está "agravando a situação física dele". "Ele está com um projétil no cérebro e, dentro de uma cadeia, ele não tem perspectiva nenhuma de quem sabe um dia encontrar um neurologista que consiga [resolver isso]", disse.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados da família de Marcelo Arruda.

Ao analisar o recurso do réu, o mesmo magistrado chegou a avançar no mérito do caso, afirmando que "não afasto em hipótese alguma a legítima defesa". "Eu iria até mais longe: para mim, é o típico caso de trancamento da ação penal. Porque é evidente que era matar ou morrer", disse Acácio. "A vítima que morreu é uma pessoa arrojada, um ser humano violento, talvez tanto quanto o réu", afirmou.

Em maio do ano passado, ao conceder um habeas corpus a um outro réu por homicídio, ele disse que a vítima era uma pessoa de "má qualidade", em uma decisão que na época ganhou repercussão nacional.

O júri do ex-policial penal bolsonarista irá acontecer em fevereiro de 2025, em Curitiba. Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado.

<h2>Crime</h2>

O crime, registrado por câmeras de segurança, aconteceu quando Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com a família e amigos em uma festa temática, com símbolos e imagens do PT e de Lula, então candidato a presidente. Arruda era tesoureiro do diretório municipal do PT.

Guaranho invadiu a festa e atirou contra Arruda, que acabou morrendo. Na ação, o petista reagiu e também efetuou disparos contra seu agressor, que ficou ferido e foi internado. Dias depois, ele teve a prisão preventiva decretada.

Nesta quinta, o desembargador substituto afirmou que não vê "elemento consistente" para a denúncia no caso do bolsonarista que matou o petista em Foz - caso que impulsionou a discussão sobre violência política na eleição de 2022. "O que há são dois homens se agredindo, em que o que morreu foi o que primeiro provocou", continua o magistrado.

Acácio acrescentou ainda que três pessoas que agridem Guaranho quando ele já estava no chão, atingido pelos tiros, deveriam ser indiciadas por tentativa de homicídio, pelos atos "de selvageria e covardia". "Parecia um bando de cão em cima de uma presa. É nojento", continuou.

"Quero salientar que vincularam na imprensa que um era PT e o outro era, sei lá, PL. Estou longe de política. Para mim, isso não me interessa. O que interessa é o comportamento que eu assisti. O comportamento que eu assisti foi ele [Guaranho] repelindo uma injusta agressão", defendeu o magistrado.

Justiça autoriza prisão domiciliar a ex-policial bolsonarista que matou petista em Foz