Diálogos entre arquitetura e espaço, obras em crochê e um apanhado de trabalhos dos estudantes da Faculdade de Artes Visuais da UFG passam a ocupar a Vila Cultural Cora Coralina a partir deste sábado (20). Das 14h às 18h, o espaço inaugura três exposições simultâneas nas salas expositivas que celebram a diversidade da produção artística contemporânea. As mostras ficam em cartaz até 11 de outubro e a visitação é gratuita. Na Sala Sebastião Barbosa, a artista goiana Isadora Jochims apresenta Organogênese, sua primeira individual em sua cidade natal, com curadoria de Cristiana Tejo. A instalação é composta por 14 embriões de crochê, inspirados em embriões sintéticos criados a partir de células-tronco, propondo uma reflexão crítica sobre os vínculos entre origem, cuidado e desejo tecnológico. As obras de Isadora dialogam com traumas históricos de Goiânia, como o desastre do Césio-137 e os escândalos da indústria da cirurgia plástica. Os tons das peças remetem às queimaduras por radiação e o crochê, técnica ancestral, representa o tempo do cuidado como resistência ao progresso linear.