Se hoje os restaurantes mais renomados do País contam com cartas de vinhos nacionais, é graças à persistência dos produtores. Os preconceitos em relação ao potencial dos vinhos brasileiros já caíram por terra e entre os destaques atuais estão os produzidos no Cerrado. Enófilos profissionais ou amadores podem conhecer mais sobre nossa produção regional durante o Wine Jazz Goiânia, festival que une música, vinhos e gastronomia a partir desta quinta-feira (18), no terreno do Opus Ace Tennis Clube Vaca Brava. A programação segue até o domingo (21).

O evento teve três edições anteriores em Pirenópolis e chega pela primeira vez à capital com o tema Harmonizando Música, Vinhos e Gastronomia. O público pode conferir no Wine Jazz Goiânia mais de 100 rótulos nacionais e importados, além de outros produtos regionais como queijos, embutidos, geleias, chocolates, cafés e charutos. E se o calorão te impede de experimentar os tintos, aposte nos vinhos rosés, brancos e laranjas disponíveis nos estandes.

Entre os participantes está a Vinícola Pirineus, uma das pioneiras na produção de vinhos no Cerrado goiano e a mais premiada. Localizada na Serra dos Pirineus, em Cocalzinho de Goiás, tem proposta de reiterar identidade, orgulho regional e o potencial da produção cerratense, conquistando diversos prêmios desde a sua criação. Os vinhos são caracterizados pelas intensas notas frutadas, como os da linha Terroir. O nome é um termo em francês que, além de dar nome à linha, explica o porquê dos vinhos do Cerrado terem características tão especiais.

A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) define terroir como “o conceito que remete a um espaço no qual está se desenvolvendo um conhecimento coletivo das interações entre o ambiente físico e biológico e as práticas enológicas aplicadas, proporcionando características distintas aos produtos originários desse espaço”. Tentando simplificar, seria o conjunto de fatores naturais e biológicos, como o solo, o clima, a altitude e o jeito de cultivar e produzir, que fazem um vinho ter um sabor e uma identidade únicos daquele lugar.

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O público poderá degustar diferentes tipos de vinho (Fábio Lima / O Popular)

Outro expositor confirmado é a Vinícola São Patrício, localizada em Rianópolis, no Vale do São Patrício. Possui uma das principais estruturas abertas à visitação de Goiás e seus vinhos levam nomes de aves da região do Rio Araguaia. Carolina de Podestá Martin está à frente desta e da vinícola Monte Castelo, localizada em Jaraguá, que também tem estande no Wine Jazz Goiânia. A dica é pedir uma taça do refrescante Sessilia Rosé de Syrah 2024, que possui aromas de frutas como morango, framboesa e pêssego. Na ocasião, as vinícolas apresentam dois lançamentos: a São Patrício apresenta o Talha-Mar Blend de safra 2023 e a Monte Castelo lança o Monte Castelo Syrah 2023.

O que começou como hobby em 2016 se tornou dois negócios familiares, com safras sendo comercializadas desde 2022. Enquanto os pais de Carolina cuidam do estande no Wine Jazz Goiânia, ela representa as vinícolas em outra feira na cidade de São Paulo. “Esses eventos são fundamentais para a divulgação dos vinhos produzidos no Cerrado. Durante os dias de evento, pelo menos metade dos visitantes já conhecem nossos vinhos - ou seja, a outra metade passa a conhecer naquele momento”, comenta.

Outras vinícolas presentes no festival para o público desbravar o terroir goiano são a Vinhedos do Cerrado, localizada em Ipameri, A Villa Aurum, de Corumbá de Goiás, e a Casa Moura, com unidades nos municípios de Nazário e Palmeiras, que conta com vinhos premiados dentro e fora do Brasil. A divulgação da produção goiana ganhou um projeto de iniciativa das prefeituras de Pirenópolis, Cocalzinho e Corumbá em parceria com o Sebrae Goiás: a Rota dos Pireneus – Queijos e Vinhos de Goiás, uma rota turística que leva o público a vinícolas e queijarias próximas a essas cidades e que são abertas à visitação. A proposta é que cada visitante crie a própria rota personalizada a partir da lista de estabelecimentos disponíveis.

Gastronomia e música

Com rótulos regionais, nacionais e internacionais de vinhos, a proposta do evento é apresentar experiências gastronômicas e culturais no espaço, funcionando como uma vitrine para produtores do Cerrado. “Já tínhamos vontade de fazer uma edição do Wine Jazz em Goiânia”, explica Ricardo Trick, um dos organizadores do festival. “Estamos trazendo praticamente uma réplica dos eventos que apresentamos em Pirenópolis, com os mesmos expositores”, diz.

Com o crescimento de produtores de queijos especiais da região, as portas se abriram para outros se destacarem ao longo dos últimos anos com produtos como embutidos, cafés e chocolates. “Temos visto uma evolução gastronômica muito grande no Cerrado. Hoje produzimos queijos de muita qualidade, como os da Queijaria Alpina, em Corumbá de Goiás”, aponta. A Queijaria Alpina produz queijos a partir de vacas leiteiras da raça pardo-suíço, a mesma que fornece os laticínios mais tradicionais do país dos Alpes.

Para completar a harmonização, os quatro dias de evento contam com programação musical especial entre shows e discotecagens que contemplam desde o jazz instrumental até o chorinho e a world music. Músicos e bandas de Goiás cuidam da trilha sonora de quinta (18) a sábado (20), a partir das 17h30. No domingo, a programação começa mais cedo, às 8h30.&nbsp;

PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Quinta-feira (18)

17h30 – Dj Thiago Jesus

19h – Duo Country

21h – André Molls Big Band

23h – Dj Thiago Jesus

Sexta-feira (19)

17h30 – Dj Thiago Jesus

19h – Bruno Rejan Quinteto – Assanhando Jacob do Bambolim

21h – Letícia Yohanne &amp; Quinteto

23h – Dj Thiago Jesus

Sábado (20)

17h30 – Dj Gordo Groove

18h - Trio Cerrado

20h – Fabiano Menezes – The Jazz Side Off The Moon

22h – Yas &amp; Quarteto

23h30– Encerramento: Dj Gordo Groove

Domingo (21)

8h30 – Dj Thiago Jesus

10h – Grupo São Elas (Chorinho)

 
SERVIÇO

Evento: 1º Wine Jazz Goiânia

Data: 18 a 21 de setembro

Horário: a partir das 18 horas

Local: Terreno Opus Ace Tennis Club Vaca Brava - Av. T-3, Setor Bueno

Ingressos: R$ 65 (meia-entrada), R$ 15 (taça de cristal) e R$ 15 (taça de acrílico). Degustações harmonizadas serão vendidas separadamente

Informações: @winejazzoficial, 98422-0297 e 99976-9688

Vinhos produzidos no Cerrado são os destaques da primeira edição do Wine Jazz Goiânia

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FESTIVAL

Pirenópolis ganha ainda mais sabor a partir desta quinta-feira (4). Entre ruas de pedra e becos coloniais, a cidade celebrada pelas cachoeiras e pelo charme histórico recebe o Festival Gastronômico de Pirenópolis 2025 – Do Campo à Mesa. Até domingo (7), a atmosfera será de festa: mais de 15 chefs convidados, 35 restaurantes locais e 22 produtores artesanais transformam a cidade em um grande banquete de sabores do Cerrado.

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O chef Jimmy Ogro é um dos participantes do festival (Divulgação)

Entre os destaques da programação, nomes conhecidos da gastronomia como Ian Baiocchi, Emiliana Azambuja, Jimmy Ogro e Júnior Marinho. O tema deste ano valoriza o que nasce na terra e chega fresco à mesa. Para Fred Costa, um dos organizadores do festival, a proposta é clara: colocar o produto regional como protagonista. “Precisamos dar destaque à utilização dos produtos do campo e artesanais na elaboração de pratos, principalmente em nossas cidades turísticas”, defende.

Da guariroba amarga ao doce do buriti, do pequi ao queijo curado, passando pela cachaça, tudo encontra espaço à mesa. A programação vai além da comida e espalha-se pelo Largo da Matriz e pela Rua do Lazer com shows, oficinas e encontros culturais. “A gastronomia é um elemento da cultura e, quando somamos música, dança e aulas com chefs renomados, o evento se torna mais atrativo e convida o público a permanecer até o fim”, explica Fred.

A expectativa é receber 5 mil visitantes. “O festival tem um impacto na economia local considerável. Pirenópolis e região têm riquezas a serem mostradas, e essa é a oportunidade de apresentá-las”, completa o organizador. Para o chef goiano Júnior Marinho, a maior força do encontro está justamente no intercâmbio entre os participantes. “O contato com outros chefs e com o público é incrível. O festival valoriza ingredientes locais e possibilita um encontro único de experiências”, explica.

Apaixonado pelo pequi e pela castanha de baru, Júnior prefere guardar segredo sobre a receita que vai apresentar. “Sempre levo pratos novos, que reflitam minha cozinha. Vai ser incrível”, promete. Quem também promete novidades é a chef Emiliana Azambuja, que declara amor à guariroba. “Adoro surpreender mostrando como ela pode ser transformada em pratos deliciosos. Muitas pessoas que dizem não gostar acabam se rendendo. Essa é nossa verdadeira recompensa.”

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Emiliana Azambuja: “Sempre levo pratos novos, que reflitam minha cozinha” (Divulgação)

Em sua aula, ela vai apresentar duas criações, uma entrada e um prato principal, que mesclam etnias e técnicas. O buriti, outro ingrediente do coração da chef, também deve aparecer. Para Emiliana, festivais gastronômicos têm um papel que vai além de servir comida. “Sempre aprendemos algo novo, seja uma técnica ou um ingrediente. É a magia dos encontros, esse passo a passo compartilhado com carinho. É uma grande ferramenta cultural gastronômica para todo o Brasil”, avalia.

Quando o prato encontra o palco 
A grande novidade desta edição do Festival Gastronômico de Pirenópolis &nbsp;é o projeto Música no Prato, que aproxima a comunidade, especialmente as crianças, do universo da cozinha. Oficinas para alunos da rede municipal vão ensinar de forma lúdica a importância dos ingredientes regionais. “É uma oportunidade de apresentar às crianças os valores culturais que possuímos e os produtos que aqui são produzidos”, destaca Fred Costa.

O festival ainda abre espaço para o projeto Goiás Queijo e Vinho, reunindo 22 produtores de vinhos, queijos, cachaças e geleias no Largo da Matriz. Já a Rua do Lazer recebe a trilha sonora das noites com artistas como Grace Carvalho, Pádua, Luciana Clímaco e Maíra. Todas as atrações têm entrada franca.

Serviço: 
Festival Gastronômico de Pirenópolis – Do Campo à Mesa 
Datas: de 4 a 7 de setembro 
Locais: Arena Gastronômica (Largo da Matriz) e Palco da Rua do Lazer 
Horários: Arena Gastronômica – 4 e 5/9, das 16h às 22h | 6 e 7/9, das 15h às 22h e Rua do Lazer – sempre às 21h 
Entrada gratuita 
Mais informações: @goias.gastronomia

Programação completa 
Dia 4/9 – Arena Gastronômica 
18h – Oficina Kids Senac 
19h – Chef Fernando Souza 
20h – Chefs Josi Lobo e Clara Gaehwiler 
21h – Projeto Música no Prato com DJ Múcio e DJ Cássia Kilmister

Dia 5/9 – Arena Gastronômica / Rua do Lazer 
17h – Oficina Kids Senac 
18h – Chefs Emiliana Azambuja e Humberto Marra 
19h – Chefs Jimmy Ogro e José Honorato Somellier 
20h – Chef Ale Sotero 
22h – Show com Maíra Lemos (Rua do Lazer)

Dia 6/9 – Arena Gastronômica / Rua do Lazer 
17h – Oficina Kids Senac 
18h – Chef Marco Túlio 
19h – Chef Ian Baiocchi 
20h – Chefs Don Fabrizzio e Lucas Corazza 
20h – Show com Pádua Cantador (Rua do Lazer) 
22h – Show com Luciana Clímaco (Rua do Lazer)

Dia 7/9 – Arena Gastronômica / Rua do Lazer 
16h – DJ Bruno Lopes 
16h – Oficina Kids Senac 
17h – Chef Adílio Gomes 
18h – Chef Júnior Marinho 
19h – Show com Grace Carvalho (Rua do Lazer)

Festival Gastronômico de Pirenópolis reúne mais de 15 chefs, 35 restaurantes e produtores artesanais

Em clima de banquete

O chef Rodrigo Macellaio tem como especialidade preparações na brasa e é, acima de tudo, amante de um bom churrasco. Em datas comemorativas, sua casa sempre vira uma grande festa. “Nós somos cinco irmãos e o Dia dos Pais é sagrado. É uma reunião familiar que não deixamos passar”, conta ele, que é também pai de dois rapazes. A convite do POPULAR, ele vai dividir seus segredos de chef para preparar um churrasco de respeito, que fica de sugestão para celebrar e presentear os pais, reunir os entes queridos e fugir dos restaurantes lotados.

Para quem está começando a se aventurar no universo das carnes e outros ingredientes na brasa, Rodrigo tem uma dica de ouro. “Nunca perca a oportunidade de testar receitas e chamar quem você gosta para ser cobaia. Servir é um ato de amor, não importa a destreza de quem está servindo”, diz. Prepare o carvão, arregace as mangas e anote o passo a passo do churrasco perfeito.

CORTES

Mesmo o mais amador dos churrasqueiros sabe que existem cortes que são mais indicados para esse tipo de preparo. Entre as carnes vermelhas, Rodrigo Macellaio destaca a amada picanha, a fraldinha e o bife ancho, que são cortes fáceis de assar e de encontrar no mercado. Ele completa com a copa lombo suíno e a sobrecoxa de frango desossada para variar nos preparativos. “Atualmente, o mercado oferece também várias opções de cortes especiais. Experimente o short rib angus, que é um corte do miolo do acém muito macio e saboroso”, diz.

Na hora de escolher a carne no mercado ou açougue, algumas dicas garantem um churrasco de qualidade. “No mercado, priorize as carnes embaladas a vácuo e congeladas. Não compre se a embalagem estiver furada ou violada”, diz o chef. Já para carnes compradas em açougues, priorizar os cortes com a cor mais viva e que estejam sempre refrigerados.

TEMPERO

Na tentativa de preparar um churrasco especial, alguns erros podem ser cometidos. O principal deles, segundo Rodrigo, é colocar sal grosso na carne e deixar ela descansando em um recipiente, o que faz a carne desidratar. Outro erro comum é colocar sal em quantidades muito grandes. O segredo, portanto, é colocar o sal somente quando a carne estiver na grelha ou na finalização.

“Para carnes vermelhas de assamento rápido, recomendo somente sal de parrilla como tempero”, aponta. As marinadas funcionam muito bem com frango, cordeiro e cortes suínos. “Uma dica: acrescente vinho branco seco na marinada. Além disso, tomilho, sálvia e manjericão combinam com tudo.”

PREPARO

Além do tempero certo, existe uma dica essencial para um churrasco de sucesso, conta Rodrigo. “O ideal é que a carne não vá para a grelha congelada. Deixe a carne na geladeira um dia antes de ir para a churrasqueira e retire o que for utilizar na hora.” Na briga sobre o ponto ideal, o chef admite que é algo particular, mas não deixa de indicar o que deixa a carne mais suculenta e macia. “Para carnes bovinas, o ideal é ao ponto. Fica mais suculenta e conserva os nutrientes.” Ou seja: nem tão malpassada nem extremamente bem-passada. Mas isso fica a gosto do freguês.

Para os cortes suínos sem osso, como lombo, copa lombo e pernil desossado, o indicado é ao ponto mais. Já a carne de frango deve ser sempre bem passada, especialmente do ponto de vista da saúde. “Quem tiver um termômetro de espeto em casa, pode utilizar na carne. Para bovinos: 45 graus é mal passado, 55 graus é ao ponto e acima disso é bem passado. Suínos e frango: deve estar com 63 graus ou mais, respeitando a altura do corte e tempo de grelha”, explica.

CARVÃO

Na hora de escolher o carvão para acender a churrasqueira, o mais indicado é o de eucalipto, que possui boa resistência, durabilidade, queima uniformemente e retem mais calor. Para quem não tem muita prática com outras técnicas, como o churrasco com lenha, Rodrigo Macellaio dá uma dica para fazer bonito nesse Dia dos Pais. “Gosto de acender a churrasqueira com carvão e alimentar com lenha aos poucos. O sabor fica muito melhor. Outra dica: utilize lenha de eucalipto tratada.”

ACOMPANHAMENTOS

Em um bom churrasco, os acompanhamentos podem fazer tanto ou até mais sucesso que as carnes. Para Rodrigo, um bom vinagrete não pode faltar. Anote a receita do chef: tomate sem semente e cebola roxa, tudo bem picadinho; finalize com um bom azeite, sal, raspas de limão siciliano, cheiro verde e manjericão para elevar o sabor. A farofa de cebola frita dele tem um segredo especial: usar metade de farinha de mandioca e metade de farinha de milho. “Refogue a cebola com manteiga e misture tudo”, ensina.

Legumes na brasa também são um show à parte. Ele orienta cortar em fatias de aproximadamente 1 centímetro e levar para a brasa forte, sem nenhum tipo de tempero ou azeite. Depois de assados, é só finalizar com seu toque especial. Na berinjela assada, por exemplo, ele indica colocar um fio de mel, sal e caldo de limão. Um molho chimichurri também pode acrescentar no sabor tanto dos acompanhamentos quanto das carnes.

Confira dicas para fazer um churrasco de respeito no Dia dos Pais

NO PONTO

Goiás Gastronomia 1

Goiás Gastronomia 2

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(Divulgação / Senac Goiás)

&nbsp;

Poucos estados brasileiros têm uma relação tão intensa e afetiva com a comida quanto Goiás. Em um levantamento da Kantar de 2023, o Centro-Oeste aparece como uma das regiões com maior presença de pratos feitos em casa com insumos locais. Além disso, em Goiás, 77% dos consumidores afirmam que preferem comidas com “gosto de roça” ou que remetem à memória afetiva. É uma paixão que se expressa nos almoços de domingo, nos festivais de pequi, nas panelas de barro e, claro, nos eventos que exaltam o melhor da nossa cultura à mesa.

&nbsp;

É nesse clima de celebração que o <a href="https://www.sympla.com.br/evento/goias-gastronomia/3032217">Festival Goiás Gastronomia</a> chega à sua reta final, no Parque Agropecuário de Goiânia, reunindo tradição, inovação e uma explosão de sabores. De quinta, 7, a domingo, 10, o evento, considerado o maior festival gastronômico do Estado, convida o público a experimentar, com todos os sentidos, o que há de mais genuíno na culinária e na cultura goiana.&nbsp;

&nbsp;

Ao longo de mais de 3 mil m², o espaço oferece uma verdadeira imersão nos sabores locais, com produtores artesanais de vinhos, queijos, cachaças, mel, geleias e licores, além de 35 operações gastronômicas que transitam da alta gastronomia à comida de rua. Para quem gosta de aprender enquanto saboreia, o festival também apresenta aulas-show e oficinas práticas com chefs renomados, como Ian Baiocchi, embaixador desta edição.&nbsp;

&nbsp;

A programação vai além dos sabores. No palco e nos corredores, a cultura também é ingrediente principal: são apresentações folclóricas, espetáculos de dança, teatro e shows musicais que celebram o talento goiano. Na quinta, o público confere a apresentação do Grupo de Cordas da Orquestra Sinfônica de Goiânia. Já na sexta, 8, nomes como Maria Eugênia e Grace Carvalho embalam o público. No sábado, 9, é a vez de Heróis de Botequim, André Mols/Big Band e Casa Bizantina. O domingo encerra com Nóys é Nóys, Lupa Kids, Pádua e a vibrante Banda Venosa.

<div attr-cid="policy:1.3296482" attr-version="policy:1.3296482:1754406347" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3296482" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3296482', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3296482">Goiás Gastronomia 1 (1.3296482)</a></div>

Outro destaque é o espaço cenográfico que homenageia a antiga capital do Estado: uma réplica das ruas da Cidade de Goiás, com direito à Casa de Cora Coralina, coreto e os tradicionais picolés artesanais. A estrutura ainda conta com brinquedoteca, uma Arena Kids e uma sala azul, pensada especialmente para receber crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).&nbsp;

&nbsp;

O acesso é gratuito, com ingresso solidário mediante retirada no site/app do Sympla e a entrega obrigatória de 1kg de alimento não perecível. Toda a arrecadação será destinada às organizações sociais cadastradas no programa Sesc Mesa Brasil. Promovido pelo Sistema Fecomércio, Sesc e Senac Goiás, por meio do Cetur e Sindtur, com apoio da Goiás Turismo e da Secretaria de Estado da Cultura, o festival também tem como propósito fomentar o turismo, valorizar a cadeia produtiva local e movimentar a economia criativa.

&nbsp;

<cite>“É uma grande vitrine do que produzimos com excelência e um marco para o nosso calendário turístico”, afirma Marcelo Baiocchi, presidente do Sistema Fecomércio (GO) e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC).&nbsp;</cite>

&nbsp;

<h3 paraeid="{d9799820-b8d4-400d-a5ec-f728bdfd7d94}{27}" paraid="2108564140">Serviço:</h3>

&nbsp;

<div>Festival Goiás Gastronomia</div>

<div>De 7 a 10 de agosto de 2025&nbsp;</div>

<div>Quinta e sexta:&nbsp; das 16h às 23h | Sábado: das 11h às 23h | Domingo: das 11h às 22h&nbsp;</div>

<div>Local: Parque Agropecuário Pedro Ludovico Teixeira – SGPA (Rua 250, nº 221, Setor Nova Vila)&nbsp;</div>

<div><a href="https://www.sympla.com.br/evento/goias-gastronomia/3032217">Ingressos solidários no Sympla</a> + doação de 1kg de alimento&nbsp;</div>

<div>Mais informações: <a href="https://www.instagram.com/goias.gastronomia/" target="_blank">@goias.gastronomia</a> | <a href="https://www.instagram.com/senacgoias/">@senacgoias&nbsp;</a></div>

<div>Estacionamento gratuito no local</div>

<h3 paraeid="{d9799820-b8d4-400d-a5ec-f728bdfd7d94}{27}" paraid="2108564140">&nbsp;</h3>

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</div>

Paixão goiana à mesa: últimos dias do festival Goiás Gastronomia celebram sabores e tradições

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INFOMERCIAL

Webstories: Surto do morango do amor dispara vendas, e preço da fruta mais que dobra

Depois que o morango do amor viralizou nas redes sociais, as vendas do produto dispararam no mercado, provocando um verdadeiro surto de consumo. A grande procura pelo doce tem ajudado a impulsionar pequenos negócios de docerias, que tiveram de multiplicar a produção para conseguirem atender, pelo menos, parte da demanda. Mas esta grande procura repentina também fez o preço do morango subir mais de 100% nos últimos dias.

Somente na plataforma de entregas iFood, o número de pedidos de morango do amor em Goiânia saltou de 46 no mês de abril para 2.200 em maio, um crescimento de 4.700%. Em junho, foram contabilizados 3.790 pedidos, mas, somente neste mês de julho, até o último dia 27, já foram feitos 14.600 pedidos do doce pelo aplicativo. Uma loja de Goiânia está entre as cinco que mais vendem morango do amor no País pelo iFood.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/febre-do-morango-do-amor-inunda-o-feed-das-redes-sociais-e-e-o-mais-novo-desejo-coletivo-1.3292671" target="_blank">Febre do morango do amor inunda o feed das redes sociais e é o mais novo desejo coletivo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/faturamento-de-docerias-com-morango-do-amor-dispara-e-chega-a-r-70-mil-em-uma-semana-parece-pascoa-1.3292978" target="_blank">Faturamento de docerias com morango do amor dispara e chega a R$ 70 mil em uma semana: 'Parece Páscoa'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/influenciador-inova-e-cria-a-pamonha-do-amor-video-1.3292546" target="_blank">Influenciador inova e cria a pamonha do amor; vídeo</a></div>

A Kenya Hellou Bolos, Doces e Presentes já havia vendido 2.700 unidades do doce neste mês de julho (até o dia 27) somente pela plataforma. A proprietária da loja, Kenya Hellou, lembra este número não inclui os doces vendidos para retirada do próprio cliente na loja. Ela conta que, só no último domingo, vendeu cerca de mil unidades. Há seis anos em Goiânia, Kenya, que antes só trabalhava com brigadeiros recheados, começou a produzir morango do amor no mês de junho.

No primeiro dia que resolveu investir no doce, que já estava viralizando, produziu apenas 30 unidades, que acabaram em 30 minutos. “Resolvemos fazer mais umas 100 unidades, que também foram todas vendidas”, conta. Somente no último domingo foram quase mil. “Vejo que só não estou vendendo mais porque não consigo produzir, pois a demanda está absurda”, avalia a empresária.

Cada doce custa R$ 19,90 pelo iFood e R$ 16 para retirada na loja. O incremento de movimentação produzido pelo morango do amor mudou a rotina da loja, que sempre teve um horário de funcionamento superior a 12 horas. “Agora, não ficamos mais após às 22 horas porque o morango atraiu muito mais clientes para a loja, que também compram nossos outros produtos e o estoque tem acabado bem mais cedo. Tivemos de reduzir o horário de funcionamento”, destaca Kenya Hellou.

Com cerca de 200 opções de doces, a loja viu as vendas multiplicarem após a febre do morango do amor. Mas a empresária lembra que, para fazer um doce de qualidade, é preciso comprar morangos selecionados para aguentar a calda quente. O resultado foi a disparada no preço da fruta. “Compro de 15 a 20 caixas por dia e, na semana passada, pagava R$ 35 a caixa. No domingo, pedi 55 caixas e já paguei R$ 60, quase o dobro”, conta.

<div attr-cid="policy:1.3294065" attr-version="policy:1.3294065:1753872588" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3294065" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3294065', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3294065">Webstories: Surto do morango do amor dispara vendas, e preço da fruta mais que dobra (1.3294065)</a></div>

Surto sem igual

No mercado desde 2014, a confeiteira Polianna Dias, da Lá do Céu Confeitaria, tem um atelier de doces em sua casa e vende os produtos pela internet, WhatsApp e Instagram. Ela lembra que começou a produzir morangos do amor ainda no ano passado e que o doce viralizou depois que uma outra doceria postou um vídeo sobre ele na plataforma TikTok. “No ano passado, eu vendia só uns 20 por dia e, agora, vendo uma média de 150. Se conseguisse fazer mais, venderia tudo”, acredita.

A confeiteira vende cada morango do amor com leite ninho por R$ 14, enquanto o de brigadeiro de maracujá sai por R$ 17. “Ainda não tinha visto um surto tão grande como este. A maioria que compra hoje quer experimentar por causa desta onda. Espero que ela dure muito ainda”, comemora Polianna. O único problema tem sido a alta no preço do morango: na semana passada, ela pagava R$ 30 pela caixa com quatro bandejinhas. Hoje, o preço varia de R$ 50 a R$ 70, dependo da qualidade da fruta.

“Agora, trabalho mais de 10 horas por dia a semana toda, inclusive aos sábados. Mas, neste último domingo, muita gente pediu e vendemos todo estoque”, conta a empresária, que está se levantando às 4 da manhã para dar conta dos pedidos. “As pessoas estão comprando muitas unidades para servir como sobremesa em pequenos eventos”, conta.

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Com isso, a procura pela fruta disparou nos distribuidores. Guilherme Orsida, do Ponto do Morango, conta que, antes do morango do amor, vendia 40 caixas da fruta no varejo por dia. Hoje, ele vende 200 caixas. A grande demanda fez o preço de compra subir cerca de 100% nos últimos dias: a caixa passou de R$ 20 ou R$ 22 para R$ 40, em plena safra do morango de Brasília, que é o melhor no ano para o mercado de Goiânia.

O grande boom ocorreu na semana passada e Orsida informa que a produção de morango na safra não está conseguindo suprir toda a demanda. Hoje, a maioria dos clientes são pessoas que estão fazendo o doce em casa para vender e ter uma renda extra. “Nunca vi uma procura tão grande como esta. Movimento assim só no Natal. Quem comprava pouco, passou a comprar em quantidade maior”, conta.

Quem só fazia bolo no pote, hoje está comprando mais para produzir o morango do amor, pois o lucro é muito bom. Mas, para o empresário, este pode ser um ‘surto’ temporário, que deve ir até o mês de setembro, quando acaba o morango de Brasília e chega o de Minas, que tem mais água e não é tão bom para este tipo de receita.

Maria Fernanda Oliveira Porto, da distribuidora Casa do Morango, informa que, nas últimas semanas, as vendas da fruta aumentaram, pelo menos, 50% e o preço dobrou. Para ela, isso acontece porque a internet, hoje, é um dos maiores meios de publicidade no Brasil e no mundo. “Vídeos de longas filas para comprar o doce chegam aos produtores de morango, que aproveitam para melhorar seus ganhos.”

Mas, para quem vende o produto em feiras e verdurões, por exemplo, no geral, o momento não está tão interessante pela alta no preço. Isso porque quem comprava morangos para comer tem evitado mais o consumo por causa do alto valor. “Antes, vendíamos 10 caixas por dia no varejo e, agora, são 50 caixas. Eu fechava ao meio-dia e, agora, fico até mais tarde”, informa Maria Fernanda. As vendas no atacado, que oscilavam entre 700 e 800 caixas, agora estão em cerca de 1.200 caixas.

Hoje, as vendas são mais direcionadas para quem está produzindo o doce e surgiram muitos novos clientes. “O aquecimento é maior no início. Acho que o consumo vai diminuindo com o tempo, mas não vai acabar porque o morango serve para várias receitas na confeitaria. Isso virou um meio de renda para muitas mães de família e atingiu um novo público. Toda hora chega alguém procurando morangos maiores para fazer o morango do amor”, conta.

Vida curta

Para Francisco Lima, gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Goiás, esta deve ser uma onda passageira, que não se sustenta muito e, em algum momento, deve se estabilizar e cair. Mas o consumo deve permanecer, assim como aconteceu com a maçã do amor. “Como todas as febres da rede, tem um ciclo de vida curto, assim como outros produtos nos últimos anos. Duram mais ou menos”, diz.

Mesmo assim, segundo ele, esta febre nas redes deve ser encarada como uma oportunidade para trazer inovação para o negócio, com novas receitas. O empreendedor aproveita esta febre, com os chamados conteúdos ASMR (Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano, em português), que ativam no consumidor uma experiência sensorial agradável, como a cor e o brilho do produto, que chamam atenção. “São vídeos com estímulo sensorial, ativados pelo vermelho da cor e o barulho da mordida, que geraram toda uma onda”, explica Lima.

Ele adverte que é interessante aproveitar este boom do morango do amor para alavancar pequenos negócios, ganhando mais dinheiro. Mas como isso deve ser um fenômeno passageiro, investimentos precisam ser bem pensados para se sustentarem quando a onda acabar. O doce pode ser um chamariz para divulgar as pequenas confeitarias, muitas adaptadas nas casas das confeiteiras, que podem ter um grande crescimento. “É uma forma de penetrar no mercado e uma oportunidade para conquistar novos clientes, abrindo mais espaço para outros produtos da empresa”, alerta o gerente do Sebrae.