Às vésperas da COP 30, a cidade de Belém, no Pará, ganha 19 novos murais de artistas brasileiros que retratam, de forma sensível, o acervo do histórico Museu Paraense Emílio Goeldi, instituição científica mais antiga da Amazônia. Entre eles está Wes Gama, único goiano selecionado para o projeto que levou seus traços, cores e identidade de raiz cerratense para os muros do Parque Zoobotânico do museu, patrimônio tombado e que nunca havia recebido intervenção artística desde sua fundação, há 130 anos.&nbsp;

A iniciativa é uma parceria com o Museu de Arte Urbana de Belém (Maub), projeto que promove grandes exposições de&nbsp;street art&nbsp;desenvolvidas por artistas visuais nacionais e internacionais desde 2021 na capital do Pará. As obras são aplicadas em muros e em fachadas de prédios, transformando o percurso escolhido no maior museu a céu aberto do Norte do País, gratuito e acessível a todos. Neste ano, as obras retratam, de forma sensível, o acervo do Museu Goeldi, sua relevância para a cidade e a riqueza da fauna e flora amazônicas.

Os murais foram inaugurados no último domingo (28) em clima de festa, já começando a celebrar os 160 anos do espaço cultural, que será no dia 6 de outubro de 2026. As intervenções dialogam com as coleções e pesquisas do museu, com temas como fauna, flora, arqueologia, heranças afro-amazônicas, saberes indígenas e biodiversidade, reforçando a ligação entre arte, ciência e memória amazônica.&nbsp; A curadoria priorizou artistas com produções ligadas aos biomas brasileiros, mas também as representações não óbvias da biodiversidade amazônica, abrindo a agenda cultural especial para a conferência do clima.

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Wes Gama é conhecido por cunhar o conceito de caipira futurista, explorando pássaros e símbolos que refletem ancestralidade, meio ambiente e identidade popular. Para o Maub 2025, o goiano apresenta a obra&nbsp;As Encantadas da Amazônia, seres míticos e espirituais das tradições folclóricas e culturais das comunidades amazônicas que são guardiões da fauna e flora. “O meu mural no Maub fala sobre as caboclas e caboclos que vivem em boa relação com a floresta e os animais que habitam esse lugar”, explica o artista.

Essa foi a primeira vez de Wes na cidade e, além de imergir na cultura paraense, foi uma oportunidade de conhecer mais sobre o trabalho do Museu Goeldi e seu acervo. Além do Parque Zoobotânico, o Campus de Pesquisa Terra Firme também recebeu intervenções artísticas. “O museu tem um campo de pesquisa que tem muito a ver com meu trabalho”, comenta.&nbsp;As coleções científicas e estudos são importantes patrimônios sobre o bioma mais biodiverso do planeta, sendo referência mundial nas áreas de ciências humanas, naturais e da Terra.&nbsp;

A experiência na capital do Pará foi uma das mais inspiradoras de sua vida, segundo ele. “Além de tudo, conhecer lugares históricos, os rios e a culinária me emociona muito e, consequentemente, irão integrar a parte espiritual do meu trabalho.&nbsp;Me apaixonei por Belém e pelo carinho do povo de lá”, diz Wes. “As pessoas são muito perceptivas, sensíveis. Senti isso com a leitura que tiveram do meu trabalho. Todos entendiam o que o mural queria dizer, não havia nada a explicar, diferente de outras regiões do País onde já estive”, declara.&nbsp;

Pensando na sua relação com a natureza e seus habitantes, que sempre fez parte de seu trabalho, a conexão entre Cerrado e o bioma amazônico aconteceu de forma livre. “Pintar na Amazônia e me conectar com a cultura e natureza local me dá liberdade para falar sobre esses temas. Minha intenção como artista é criar um trabalho popular, que represente o brasileiro como um todo. Que, de forma simples, possamos nos enxergar ali”, diz. Ao desenhar caboclos e caboclas, que integram o grupo étnico pardo, ele busca representar a maioria da população brasileira. “Todos se reconhecem nos traços e tons de pele, na raiz que está presente ali”, explica.

Conferência do clima 
O estado do Pará se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. O evento vai reunir líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para discutir ações de enfrentamento à crise climática. A conferência é hoje o principal espaço de negociação e decisão sobre o clima no mundo, com a participação de quase 200 países. A realização em Belém representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global, com repercussões fundamentais para o Cerrado e a Amazônia.

“A cidade toda está se preparando para a COP 30 e a expectativa é muito grande”, comenta Wes. O Museu Goeldi reitera o compromisso com os povos da região e com o equilíbrio climático do planeta durante a COP 30 através de agenda científica e ações culturais, sendo a primeira delas a inauguração dos murais unindo arte, ciência e biodiversidade. “Acredito muito no trabalho que faço e na sensibilidade que causa nas pessoas. Espero que ali seja uma nova janela de reflexão”, finaliza o artista.

Wes Gama é único goiano a pintar mural no histórico Museu Goeldi, em Belém do Pará

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ARTES VISUAIS

PEC da Blindagem

Ainda bastante aturdido e não menos desentendido após a recente e inimaginável aprovação, pela Câmara dos Deputados em Brasília, da famigerada PEC da Blindagem, procurei, num primeiro momento, alguma palavra que pudesse sintetizar todo o sentimento que tomou conta de minha pessoa em relação ao assunto. Infelizmente, dados a grandeza e ao inusitado fato, não consegui tal palavra, o que me leva a expressar abaixo os principais sentimentos que ora me acometem, pois jamais imaginaria estar sendo vítima de tamanhas agressão e desconsideração por parte de nossos representantes federais:

Indignação com a aprovação da PL da Bandidagem, e não Blindagem, conforme querem nos impingir os seus apoiadores, tornando-os imunes a qualquer ato lesivo a uma pessoa, instituição, bem público ou privado, para os quais a justiça brasileira cujos olhos são cobertos por uma venda, passará a ser aplicada diferentemente quando se tratar de um membro do poder legislativo, retirando-se tal venda e jogando por terra o julgamento isento que embasa as decisões dos juízes.&nbsp;

Constrangimento com o fato de que a atual legislatura federal, conforme se comprova cada vez mais, é a pior de que se tem notícia dentre todas as que ocuparam assento na Câmara Federal, mostrando que nada é tão ruim que não possa piorar, sendo péssimo exemplo para as estaduais, que a acompanham cegamente.

Luciano Leão&nbsp;Bernardino da Costa

Goianésia - Goiás

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Problemas&nbsp;para a COP 30

No artigo “COP 30: Brasil sendo Brasil”, Emiliano Lobo de Godoi demonstra as dificuldades para que as coisas aconteçam no Brasil - Superedição de Fim de Semana, do POPULAR, 20 e 21. Mas ainda tem jeito!

A pesquisa desenvolvida pela UFG em parceria com o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, em São Paulo, que realiza exames com cera de ouvido para detectar o câncer e as pesquisas da Embrapa, que já disponibilizaram muito para os produtores e em agosto a informação que as cultivares de banana BRS Princesa e BRS Platina, respectivamente tipo maçã e tipo prata, têm potencial para o enfrentamento da pior praga da bananicultura na atualidade, o Fusarium oxysporum f. sp. cubense raça 4 tropical, deve ser celebrada neste 22 de setembro - Dia Mundial da Banana.

Vale lembrar que os recursos para pesquisa de modo geral não são blindados do corte de recursos. Parabéns aos envolvidos!

Juracy Rocha Braga Filho

Jardim Goiás – Goiânia

Cartas dos leitores

Opinião

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Carta dos Leitores

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Cartas

As mudanças climáticas constituem um dos principais desafios para a humanidade no século XXI. Não existe atividade humana que não seja impactada, direta ou indiretamente, pelos seus efeitos. Suas consequências vão da segurança alimentar, com alterações nos regimes de chuva e aumento da frequência de eventos extremos, à saúde pública, marcada pela propagação de doenças e pelo agravamento de condições respiratórias.

Nesse contexto, as Conferências das Partes (COP) das Nações Unidas sobre Mudança do Clima assumem papel central. Esses encontros anuais reúnem quase todos os países do mundo para negociar metas, definir mecanismos de financiamento e estabelecer compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa. Em 2025, a COP 30 será realizada em Belém, no mês de novembro.

A escolha da capital paraense se deve à importância ambiental da Amazônia para o planeta, além de concentrar comunidades indígenas e tradicionais fundamentais para a conservação ambiental. Entretanto, estamos no Brasil, e o clássico “jeitinho brasileiro” não poderia ficar de fora de um evento dessa magnitude. Em 26 de julho, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito para investigar possíveis irregularidades em uma licitação de R$ 142 milhões ligada à COP 30. As acusações envolvem organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção, atingindo políticos, empresas contratadas e agentes públicos. É o Brasil sendo Brasil.

Para acomodar todos os participantes da COP 30, seria necessária ampla expansão e requalificação da rede de hospedagem de Belém. Contudo, a ampliação ficou aquém do necessário, e os preços dos leitos disponíveis ultrapassam qualquer parâmetro de razoabilidade. Carta assinada por 25 países negociadores, entre eles Áustria, Bélgica, Canadá, Holanda e Suíça, pediu condições mínimas de acomodação a preços justos. Aproveitando-se da oportunidade, um antigo hotel da cidade mudou de nome e elevou a diária de R$ 70 para R$ 6 mil. É o Brasil sendo Brasil.

Por outro lado, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2022) revelam que Belém trata apenas 2,38% de seu esgoto. O restante é lançado diretamente nos rios sem nenhum tipo de tratamento. Com a chegada das cerca de 45 mil pessoas previstas para a COP 30, a tendência é que a pressão sobre o saneamento da cidade aumente, contribuindo ainda mais para a poluição dos rios da região. É o Brasil sendo Brasil.

Por fim, para causar boa impressão aos visitantes internacionais que vêm discutir medidas em prol do meio ambiente, está em construção a Avenida Liberdade, ligando o aeroporto ao centro e à região metropolitana. Contudo, a obra destruiu áreas de cultivo de açaí, cortou terrenos ao meio e inviabilizou o acesso a ramais e igarapés utilizados para transporte e pesca artesanal. É o Brasil sendo Brasil.

A COP não pode se reduzir a um ritual diplomático estéril. Ela precisa ser o motor de decisões efetivas, transparentes e monitoráveis, capazes de reverter a trajetória atual de aquecimento global e garantir um futuro habitável para as próximas gerações. E, para isso, não basta assumir compromissos internacionais; é preciso também não passar vergonha nas questões locais.

Emiliano Lobo de Godoi é professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (UFG)

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

COP 30: Brasil sendo Brasil

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Emiliano Lobo de Godoi

O Brasil é um dos países com maior potencial para liderar o debate ambiental no cenário global, pois dispõe de vastos recursos naturais e ambientais relacionados ao tema. No entanto, perde a oportunidade de consolidar esse protagonismo por não ter construído uma agenda que reflita os desafios ambientais atuais e futuros, além de não demonstrar um compromisso consistente com as questões ambientais.

O país se prepara para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em 2025, em Belém. As dificuldades enfrentadas pela capital paraense refletem não apenas o despreparo da cidade para acolher o evento, mas também o atraso estrutural do Brasil em suas políticas ambientais. Um exemplo claro é o saneamento básico: apenas cerca de 20% da população de Belém conta com acesso à rede de esgoto.

A escolha da localização também expõe um paradoxo ambiental. O estado do Pará abriga as maiores minas de ouro ilegais do país, que contaminam rios e destroem vastas áreas de floresta. Além disso, uma das metas centrais da COP30 será enfrentar o desmatamento, as queimadas e a necessidade de promover um agronegócio sustentável no Brasil e em outras nações com florestas tropicais. No entanto, o Pará registrou, em 2024, um desmatamento de 1.271 km² — uma área equivalente a quase duas cidades de Nova York.

Outro ponto fundamental é o avanço na transição para fontes de energia renováveis, equilibrando a segurança energética com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Apesar disso, o governo federal planeja explorar petróleo em uma área marinha sensível e ainda pouco estudada na região, o que vai na contramão das discussões esperadas na conferência.

Acompanho os eventos ambientais internacionais desde a Rio-92, também conhecida como Eco-92 ou Cúpula da Terra, que resultou em documentos importantes como a Carta da Terra, a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e a Agenda 21. Esse evento colocou o Brasil no centro do debate ambiental global.

Estive também, em 2015, na COP21, em Paris, que estabeleceu metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa, com o objetivo de limitar o aquecimento global. Mais de 190 países participaram da conferência, e a maioria deles aderiu ao Acordo de Paris.

Desde 1992, no entanto, o Brasil tem perdido protagonismo no debate ambiental. Hoje, não contamos com uma liderança cuja voz ressoe com força no cenário internacional. A ministra Marina Silva, por exemplo, não se atualizou e continua propondo soluções que já não se encaixam nos modelos sustentáveis exigidos pelo mundo atual.

O mundo, de forma geral, não fez seu dever de casa desde 1992 — e Belém está prestes a mostrar ao mundo que o Brasil também não cumpriu as metas que traçou para si mesmo.

Vilmar Rocha, professor sênior de Direito da UFG, sócio honorário e efetivo do IHGG e fundador presidente do Instituto Vilmar Rocha de Estudos Políticos

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

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COP 30: oportunidade perdida

Vilmar Rocha

No meio da cidade tinha uma cor. Não é difícil caminhar por Goiânia, com seus arranha-céus enfileirados que teimam em crescer, e se deparar com obras de arte que dialogam com diversas linguagens urbanas. Em projetos desenvolvidos em conjunto ou individuais, artistas usam as paredes dos prédios, viadutos e muros para colorir espaços antes sem vida.

Foi com bastante empenho, debaixo de sol e de chuva, que a artista Jessica Muriel, conhecida como Mury, tratou de criar um mural de 42 metros quadrados na Rua Maria Alice, no Negrão de Lima. A paisagem, que abriga uma tradicional feira sempre às quintas, mudou totalmente depois da instalação da obra. “Eu queria representar a nossa cultura local e também do País, remetendo aos povos indígenas, além da fauna e da flora”, conta.

O mural criado por Mury teve incentivo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). A obra Movimentos, feita&nbsp;pelo artista Santhiago Selon nas paredes do histórico Parthenon Center, também conquistou apoio público para a realização, desta vez por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Já em determinados casos, como o do Harmonia da Resistência, feito pelos grafiteiros goianos Baset e Denus, a criação foi totalmente independente. “A obra tem o intuito de sensibilizar o público sobre a importância da música na educação infantil e na formação social, destacando a cultura negra”, reitera Baset.

Assim como em outras capitais, o centro histórico da cidade talvez seja a região que mais concentra painéis e murais de artistas diversos, como a pintura de uma empena de quase 400 metros quadrados de um prédio da Rua 3 feito pela artista Hariel Revignet. Espalhadas em diversos pontos da cidade, murais transformam Goiânia em uma verdadeira galeria de arte urbana. Confira alguns.

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HARMONIA - Cravado no viaduto da Av. Anhanguera com a BR-153, o mural de 40 metros quadrados feito por Baset (@baset.062) e Denus (@denus.one) destaca a cultura negra e a resistência no meio musical. Busca inspirar crianças pretas, gerando identificação. (Fábio Lima/ O Popular)

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TRAÇOS DA FLORESTA - Ao transformar cinzas em tintas, a artista Hariel Revignet (@harielrevignet) criou um desenho na empena de um prédio na Rua 3, esquina com a Rua 7, durante o festival Parede Viva. A obra tem 400 metros quadrados e pode ser vista de longe. (Diomício Gomes / O Popular)

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FAROESTE - O artista Wes Gama (@wesgama) inaugurou um mural na Rua 8, esquina com Rua 3, inspirado no filme goiano Oeste Outra Vez, dirigido por Érico Rassi, em cartaz perto dali, no Cine Cultura. A obra traz a temática central do longa, com questões sobre solidão e fragilidade. (Diomício Gomes / O Popular)

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PRISMA - O conjunto de painéis criados também por Wes Gama ressalta a cultura e a identidade do povo goiano, caso de Geraldinho, o contador de causos da roça que ficou eternizado na memória das pessoas. As obras estão localizadas na Rua 3, perto da Rua 9. (Diomício Gomes / O Popular)

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Espalhados pela capital, murais transformam Goiânia em uma galeria de arte urbana

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