O cantor Zé Felipe, filho do sertanejo Leonardo, foi diagnosticado com pneumonia viral e teve que cancelar um show que realizaria no Espírito Santo, na última segunda-feira (27), para se tratar. O problema de saúde foi detectado durante uma bateria de exames. As informações são do jornal O Globo.Pelas redes sociais, Zé Felipe falou sobre o assunto: "Galera, passando aqui para avisar vocês. Ontem, quando comecei a passar mal, a gente fez testes e exames, e eu estou com pneumonia viral. Agora, é me cuidar aqui e tomar os remédios", disse.No domingo (26), ele já havia sido diagnosticado com amigdalite. Com os problemas de saúde, a agenda do cantor continua suspensa.A influenciadora digital Virgínia Fonseca, mulher de Zé Felipe também apresentou sintomas da pneumonia nesta semana, segundo O Globo. Para não contagiar a filha Maria Alice, de 7 meses, o casal chamou o cantor Leonardo para cuidar da neta."Quem diria que Seu Emival estaria às 15h assistindo Mundo Bita...? É, gente, a vida muda", brincou a mulher de Leonardo, Poliana, pelas redes sociais.Tipos de pneumoniaEm entrevista ao POPULAR, a infectologista Juliana Barreto explicou que, além da viral, a pneumonia também pode ser de outros três tipos: bacteriana, fúngica e química. Ela falou sobre o assunto em reportagem publicada na última terça-feira (21).A pneumonia viral é causada por algum vírus que se instala nos pulmões, podendo afetar a região dos alvéolos pulmonares. Entre os mais comuns estão influenza, parainfluenza, adenovírus e, agora, o coronavírus. "Já a pneumonia bacteriana, que é o tipo mais comum da doença, pode ser causada por bactérias inaladas ou presentes no próprio organismo, em locais como garganta, boca, nariz, sistema digestivo e pele. As bactérias que vivem no nosso sistema respiratório são os agentes mais frequentes das pneumonias bacterianas", pontua. As pneumonias químicas são ocasionadas pela inalação de substâncias agressivas ao pulmão. "Como agrotóxicos e fumaça, como a fumaça dos cigarros, cigarros eletrônicos e poluição, por exemplo", cita. Essas substâncias chegam aos pulmões causando a inflamação das vias aéreas. "Quero chamar bastante atenção para os cigarros eletrônicos aqui", frisa. A pneumonia fúngica é um tipo mais raro. "Ela tem um potencial bastante agressivo, ocorrendo com maior frequência em pessoas imunodeprimidas, como pacientes com doenças crônicas, oncológicos ou com HIV", comenta. Para todos os casos, é preciso que haja um desequilíbrio entre a capacidade de um hospedeiro se defender e do agente em atacar, como explica a pneumologista Eliane Consuelo. "Muitas vezes, esses agentes invadem, mas temos uma defesa rápida e a instalação dos mesmos nem acontece, o que causaria o quadro de infecção", diz. Se o hospedeiro tiver alguma incapacidade de se defender ou o agente infeccioso vem com uma maior potência para agir, a instalação no pulmão ocorre. "Essa invasão gera danos ao parênquima pulmonar e o nosso corpo tenta combatê-lo com o processo inflamatório. A depender dessa eficácia ou não é que teremos a evolução. Por isso, cada paciente pode evoluir de uma forma", explica.Pacientes nos extremos de idade, muito novos ou idosos, possuem capacidade de defesa mais comprometida e, por isso, maior suscetibilidade de desenvolver pneumonias mais graves. "Além dos pacientes imunossuprimidos e com algumas comorbidades, como diabetes e hipertensão, doenças autoimunes ou que utilizam medicações que baixam a imunidade, o que pode colaborar para os ataques mais potentes dos agentes infecciosos", diz.Quando a pneumonia se instala, os sintomas mais comuns são: tosse, febre, falta de ar e dor torácica. "Outros sintomas também podem surgir, como prostração, dor no corpo e sintomas semelhantes aos gripais, como coriza, dor de garganta", acrescenta Eliane. A confirmação se dá por meio de exames de imagens, seja radiografia de tórax ou tomografia.