Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), o Vaticano inicia uma série de procedimentos. O "Ordo Exsequiarum Romani Pontificis" (ritos funerais para um pontífice romano) contém indicações para a liturgia e as orações das cerimônias que envolvem o sepultamento. Quase 25 anos depois de sua primeira edição, uma nova versão foi publicada em novembro de 2024, após aprovação de Francisco, com a intenção de simplificar alguns processos. Entre as mudanças, a morte do papa passou a ser constatada em sua capela privada, e não mais no quarto do pontífice. É considerado um mito o suposto gesto do camerlengo de bater gentilmente com um martelo de prata sobre a testa do papa, para atestar a morte. As normas do Vaticano não previam, porém, a hipótese de morte do pontífice em um hospital, o que jamais havia ocorrido antes de Francisco, segundo os registros históricos. Depois que o Vaticano surgiu como cidade-Estado, em 1929, todos os papas haviam morrido em propriedades da Igreja, incluindo a casa de veraneio, em Castel Gandolfo.