Uma estudante quase ficou cega depois de rasgar a camada superior do seu globo ocular enquanto tentava remover uma lente de contato.Meabh McHugh-Hill, da Inglaterra, sentiu muita dor depois de manter sua lente por cerca de 10 horas em seu olho, o que fez com que ela colasse em seu globo ocular.A jovem, de 23 anos, começou a usar lentes de contato aos 16 e há muito sofria com os efeitos do olho ressecado. Meabh, que odeia usar óculos, mantinha suas lentes dentro do olho por até 12 horas seguidas, sendo que o tempo recomendado é de oito horas, o que acabou por privar seus olhos de oxigênio.Em seu pânico para tirar a lente no início deste ano, Meabh acidentalmente rasgou sua córnea - a camada transparente formando a frente do olho - deixando-a em agonia e causando ferimentos que poderiam ter arruinado sua visão para sempre.Ela foi informada que ela nunca será capaz de usar lentes de contato novamente. Por sorte, ela foi para o hospital a tempo e conseguiu salvar sua visão. No entanto, ela relatou à imprensa local que, apesar de estar tudo certo com sua visão, seu olho continua muito sensível.&nbsp;

Estudante arranca a córnea do olho após passar 10h com lente de contato

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Pelo menos um a cada cinco motoristas em Goiás possuem em sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) restrições em decorrência de problemas de visão, de acordo com dados publicados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a partir de levantamento junto à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Ao todo, são 833.985 pessoas habilitadas no Estado que receberam essa limitação ao realizar o exame oftalmológico para a retirada ou renovação do documento para dirigir, o que representa 27,04% do total de pessoas com CNH. O número é 129% a mais do que o registrado em 2014, quando 364.320 condutores receberam a restrição que vai desde a necessidade de usar lentes corretoras para dirigir ou mesmo impossibilidade de dirigir após o pôr-do-sol, assim como as pessoas com a notação de visão monocular.

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Para se ter uma ideia, em 2014, a quantidade de condutores com restrição ante ao total de habilitados era 16,59%. O aumento da quantidade de condutores com problemas na visão colocou o Estado de Goiás como o que mais aumentou a quantidade de motoristas com restrições oftalmológicas em todo o País, seguido do Tocantins (128%), Roraima (125%) e Mato Grosso (120%). Em números absolutos, até mesmo pela quantidade populacional e, logo, de habilitados, a primeira colocação é de São Paulo, com mais de 8 milhões de pessoas com restrições, o que corresponde a 32% dos condutores. Em todo o Brasil, são 25,4 milhões de pessoas com o problema, sendo 30% do total de pessoas com CNH.

Para o presidente do conselho diretor do Centro de Referência de Oftalmologia da Universidade Federal de Goiás (Cerof/UFG), o médico oftalmologista Marcos Ávila, o aumento dos números se dá por uma série de fatores, como o avanço da medicina de tráfego, hoje considerada uma especialidade médica, e por Goiás ter um grande número de oftalmologistas de excelência. “Há uma maior procura e temos uma medicina do tráfego mais confiável”, diz. Ele reforça que é perigoso para os motoristas com restrições não cumpri-las, como o não uso dos óculos ou das lentes.

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Ele lembra que o perigo é ainda maior em momentos que requer mais atenção, como a noite e ao pôr-do-sol. “Quando as pessoas estão com problema visual é difícil que elas não procurem resolver, melhorar, mas há casos sim de pessoas que têm um problema e dirigem mesmo assim sem óculos. Vai da índole da pessoa, ter o bom senso de não dirigir”, argumenta Ávila. Ele explica que 85% das informações processadas pelo cérebro humano se dão a partir dos estímulos da visão e, para dirigir, é necessária a acuidade visual e os reflexos para que não ocorram incidentes.

Engenheiro e professor de Engenharia de Trânsito no Instituto Federal de Goiás (IFG), Marcos Rothen lembra que “para tirar a carteira ou renová-la, o candidato é submetido a um exame médico feito por uma entidade médica credenciada pelos órgãos de trânsito”. O artigo 162 inciso VI do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) regula o assunto e determina infração gravíssima e pena de multa e retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado por descumprimento.

Infrações

Em 2024, em todo o Estado, de acordo com os dados da Transparência do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), 1.013 pessoas foram multados por não utilizarem lentes corretoras de visão até o dia 15 de julho, o que dá uma média de cinco infrações verificadas por dia. No ano passado foram 2.320 multas, enquanto que em 2022 o registro é de 2.794, também 3.714 em 2021 e 2.847 em 2020.

“O não respeito por parte dos motoristas das restrições que lhe são impostas traz um grande risco para ele e para os demais usuários da via. É comum as pessoas que se envolvem em acidentes alegarem que não viram algo. Já ouvi relatos de pessoas que não enxergam bem a noite, pessoas que não tem visão lateral e não percebem os carros e pedestres que estão ao lado. Tem também as pessoas que são muito afetadas pelos faróis dos outros carros”, explica Rothen. O especialista recomenda as pessoas a orientarem outras do seu núcleo que estão perdendo capacidade visual a procurarem ajuda. “A avaliação física e mental para uma pessoa dirigir é de grande importância, e quando o Estado falhar nisso a família deve tomar medidas.”

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()

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27% dos motoristas de Goiás têm problemas de visão

Cidades

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Saúde

Trânsito &nbsp;em Goiânia

Foi feita uma mudança no trânsito nas ruas que dão acesso à Praça Latif Sebba ou Praça do Ratinho, em que todos os acessos ficaram piores do que já eram. Engarrafamentos nas ruas 87, 146 e 148. E, no sentido de quem sobe a 85, não tem mais o semáforo, tornando quase impossível entrar na praça. Além disso, foi feita uma abertura para quem vem da avenida D, com semáforo, o que está também travando o trânsito. Ao meu ver, faltou estudo mais aprofundado e o que era ruim, ficou pior.

Valentin Moreira &nbsp;Da Silva Junior.

Setor Sul - Goiânia

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Transporte coletivo

À medida que as pessoas migraram das áreas rurais para as cidades os problemas da mobilidade urbana se agravaram e o transporte coletivo passou a ser uma atividade essencial e a tarifa cobrada dos usuários passou a ser uma preocupação para as pessoas. Várias medidas foram sendo implantadas: primeiro o desconto ou até mesmo a gratuidade para estudantes, depois o vale transporte limitando a despesa dos trabalhadores e, na mesma época, a gratuidade para idosos e outros.

Com isso, a importância do valor cobrado se tornou menor e, em paralelo, surgiram outras opções de transporte com a popularização do uso de motos e até dos carros. Os passageiros, para continuarem a usar o transporte coletivo, passaram a exigir mais qualidade com ônibus melhores, respeito aos horários e uma oferta ampla de itinerários. Mas essa mudança não foi percebida em muitas cidades que ainda acham que a tarifa é a maior e até a única preocupação dos passageiros.

Marcos de Luca Rothen

Setor Bueno - Goiânia 

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Cuidado &nbsp;com os olhos

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o Brasil tem cerca de 1,1 milhão de pessoas cegas e outros 4 milhões de deficientes visuais sérios. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que em todo o mundo existem cerca de 75 milhões de cegos e outros 225 milhões com baixa visão, ou seja, tem problemas para realizar suas tarefas, devido ao problema. Mas existem números positivos: entre 60% e 75% destes casos seriam evitados com prevenção e também podem ser curados.

Sempre deixamos claro em nossos consultórios como é importante que os paciente realizem consultas periódicas e façam tratamento adequado com especialistas. Como qualquer parte do corpo, os olhos precisam de atenção para se manterem sempre saudáveis. Muitas doenças oculares são assintomáticas em estágio inicial. A prevenção é fundamental para evitar qualquer perda visual.

Humberto Borges 

Setor Marista - Goiânia

Cartas dos leitores

Opinião

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Carta dos Leitores

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Cartas

<img attr-cid="policy:1.3090053" attr-version="policy:1.3090053:1701887506" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3090053/DSC_0803 (1).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Equipe Ipêtronic, ao lado de Any Rezende, diretora do Colégio Visão, mostram Batatinha, o robô idealizado pelas meninas (Divulgação)

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Não há dúvidas de que ser mulher é enfrentar um desafio diferente todos os dias. Afinal, apesar de serem a maioria da população brasileira (51,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), elas ainda enfrentam cenários desiguais. Nas universidades, por exemplo, a maioria das vagas dos cursos das áreas de exatas ligadas e computação são ocupadas por homens. Tanto é que, segundo uma pesquisa feita pela Revelo, maior plataforma de recrutamento tech no Brasil, 83,3% do mercado é composto por homens, enquanto as mulheres ocupam apenas 12,3% dos cargos de tecnologia. E quando se considera carreiras como full-stack (tipo de profissional ligado à área de tecnologia de informação, capaz de trabalhar nas mais diversas atividades), infraestrutura e o chamado back-end (relacionada com servidores, bancos de dados, segurança, entre outros), a desigualdade é ainda maior: 10 homens para cada 1 mulher.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

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Os motivos para as discrepâncias são inúmeros e, principalmente, culturais, que começam já na primeira infância: enquanto em muitos lares os meninos são encorajados a interagir com brinquedos tecnológicos desde sempre, em outros as meninas ainda são direcionadas para as bonecas. De acordo com o livro Unlocking the Clubhouse: Women in Computing (“Entrando no clubinho: mulheres na computação”, em tradução literal), da pesquisadora Jane Margolis, metade das famílias americanas em 2002 colocava o computador doméstico da casa no quarto do filho. É claro que, ao longo dos últimos 20 anos, isso tem mudado. A sociedade contemporânea entende que todas as crianças são capazes de aprender linguagens de programação, discutir sobre inovação, desenvolver projetos que podem transformar e melhorar a sociedade.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

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Talvez por isso, nos dados recentes, há um ponto positivo: segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), nos últimos cinco anos (2015-2022), o aumento da participação feminina foi de 60% no setor de tecnologia. E para que esses números cresçam ainda mais, existem várias maneiras de aproximar mulheres e tecnologia, assim, tornando o setor mais diversificado e inclusivo. Afinal, a tecnologia faz parte da rotina e permite um mundo infinito de possibilidades e as meninas devem fazer parte disso. As escolas, por exemplo, podem incentivar as meninas a se envolverem em projetos tecnológicos, como programação e robótica, e também podem promover a igualdade de gênero nas aulas de ciências e tecnologia. O contato com a robótica desde cedo e o estímulo adicional proporcionado pelos torneios nacionais e internacionais têm sido decisivos para que cada vez mais meninas se interessem pela área e optem por seguir nela.&nbsp;&nbsp;

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Um exemplo de sucesso é equipe de robótica Ipêtronic do Colégio Visão, localizado em Goiânia. Formada pelas alunas Rebecca Draschi, Maria Fernanda Nascimento, ds 2º série do Ensino Médio, e Sofia Pereira Gomes, da 1º série do Ensino Médio, o grupo acumula prêmios ao longo dos seis anos de história.

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<cite>“Nossa equipe começou em 2017. Há época, era mista. Em 2019, nos tornamos uma dupla. E, Sofia e eu, conseguimos ir para a disputa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica, a OBR.&nbsp; Já em 2020, a Maria entrou para completar a equipe 100% feminina”, conta Rebecca.</cite>

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&nbsp;“Mesmo com a pandemia, a gente nunca deixou de ganhar um prêmio. Temos por inovação, maker e fomos campeãs consecutivas na etapa estadual da OBR”, acrescenta. Rebecca conta, ainda, que a equipe já está se preparando para as disputas de 2024, incluindo a Olimpíada Brasileira de Satélite. “A tecnologia é uma área que eu me apaixonei e o Colégio Visão está sempre disponibilizando todos os recursos possíveis para nos ajudar nesse caminho”, diz. Para Maria Fernanda, o incentivo e aporte da instituição é essencial.

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<cite>“O Visão nos apoia bastante, tanto quanto aluno individual, quanto como equipe, sempre levando em consideração o que a gente gosta e o quanto a gente se dedica. Eu sinto que aqui, eu sou vista como ser humano, e não como mais um número de mais alguma aprovação”, fala a jovem aluna, se referindo às provas de ingresso ao ensino superior.</cite>

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A mais jovem do grupo, Sofia, também concorda com as duas amigas.

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<cite>“Foi participando de Ipêtronic e da OBR que descobri a minha paixão pela tecnologia, que é onde enxergo meu futuro. E o apoio que recebo do Visão, da diretora, dos professores e todos os colaboradores do colégio é muito grande. Eles estão sempre tentando nos incentivar e estarem presente”, finaliza.&nbsp; &nbsp; &nbsp;</cite>

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<h2>Colégio Visão&nbsp;&nbsp;&nbsp;</h2>

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Há mais de 28 anos no mercado educacional de Goiânia, a instituição entende que alta performance não está vinculada apenas com notas altas e aprovações significativas nas diversas instituições de ensino superior, e sim ao reconhecimento do ser sujeito, que é o estudante atendido no Visão, como protagonista do seu desenvolvimento pessoal e acadêmico.

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<cite>“Para nós, isso faz parte do ‘viver Visão’. É se dar conta de que existe mais do que os conteúdos que são cobrados nas provas de vestibulares. É perceber que a escola faz parte do projeto de vida do aluno e que, por isso, ele tem que vir para cá não só com gana, com vontade de ampliar a parte cognitiva, mas também com o desejo de aprender a ser uma pessoa que tem um olhar cuidadoso para o mundo, para o outro e para si mesmo”, explica Any Rezende, diretora do colégio.&nbsp;&nbsp;&nbsp;</cite>

&nbsp;&nbsp;&nbsp;

Com uma proposta pedagógica sólida, além dos pilares de formação e preparação para a continuação dos estudos futuros, o método de ensino do Colégio Visão busca colaborar para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. "Nossa metodologia é baseada nos pilares da formação indicados pela Unesco na organização da proposta pedagógica: aprender a ser; conhecer; conviver; fazer e ter visão sustentável. Isso quer dizer que o método de ensino tem foco na personalização da trajetória do aluno, em uma estratégia que estimula o gosto pelo saber", explica a diretora. A educadora acrescenta, ainda, que esse é um modelo de ensino cuidadosamente pensado e desenvolvido sob o olhar das necessidades do cidadão do século XXI e da educação do futuro.

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<cite>“O Visão é uma escola que se sustenta, desde o seu nascimento, nos ideais de desenvolvimento do humano em todos os seus aspectos, possibilitando a ampliação da compreensão de mundo, o desenvolvimento do gosto pelo aprender, a apreciação do belo e do que é saudável para a vida pessoal e em comunidade, e o autocuidado. Então, o grande convite do 'viver Visão' é esse. Vem aprender, mas também vem cuidar de si mesmo.”&nbsp;&nbsp;&nbsp;</cite>

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Maria Fernanda, Rebecca e Sofia vão participar da Olímpiada Brasileira de Satélites (Divulgação)

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Robótica desperta o interesse das meninas pela ciência

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Jeanne é veterinária e Kátyna é personal trainer, em Goiânia. Elas viajaram no dia 5 de março para conhecer Berlim e outros países na Europa (Reprodução/Redes sociais)

A personal trainer Katyna Baía, que foi presa injustamente após ter a mala trocada enquanto viajava pela Europa na companhia da veterinária Jeanne Paollini, fez um desenho do que via pela janela da cadeia durante os 38 dias em que ficou presa por tráfico internacional de drogas, em Frankfurt, na Alemanha.

Na gravura é possível ver blocos que se parecem com prédios, além de duas árvores em um local de grama, que se parece com um jardim. No desenho também é possível ver 11 guardas segurando armas e cigarros enquanto conversam, além de uma espécie de torre de vigia e uma igreja com uma cruz em destaque.

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Desenho feito por Kátyna Baía na Alemanha (Reprodução/Redes sociais)

Leia também:&nbsp;

<a href="https://opopular.com.br/cidades/brasileiras-que-tiveram-malas-trocadas-por-drogas-dizem-que-v-o-continuar-viajando-n-o-vamos-despachar-1.3019662" target="_blank">-&nbsp;Brasileiras que tiveram malas trocadas por drogas dizem que vão continuar viajando: 'Não vamos despachar'</a>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/goianas-que-foram-presas-injustamente-na-alemanha-apos-terem-malas-trocadas-por-bagagem-com-drogas-chegam-ao-brasil-1.3018913" target="_blank">-&nbsp;Goianas que foram presas injustamente na Alemanha após terem malas trocadas por bagagem com drogas chegam ao Brasil</a>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/brasileiras-que-tiveram-malas-trocadas-por-bagagem-com-droga-n-o-recuperaram-celulares-diz-irm-1.3018349" target="_blank">-&nbsp;Brasileiras que tiveram malas trocadas por bagagem com droga não recuperaram celulares, diz irmã</a>

Processo

As brasileiras&nbsp;planejam entrar com um processo contra a Justiça alemã e contra a companhia aérea. A informação foi confirmada ao&nbsp;POPULAR pela advogada delas no Brasil Luna Provázio, nesta quarta-feira (19). A advogada falou que o valor da indenização a ser pedida ainda está sendo calculado.

Kátyna e Jeanne foram presas na Alemanha no dia 5 de março, por suspeita de tráfico internacional de drogas. Mesmo com a Polícia Federal já tendo comprovado a inocência delas, elas só foram soltas mais de um mês depois, no dia 11 de abril.

Em entrevista à TV Anhanguera, logo após a soltura das duas, a advogada já tinha dito que considerava que a justiça ainda não tinha sido feita. Ela falou ainda que se não fossem as provas produzidas pela Polícia Federal, provavelmente o desfecho dessa história não seria igual ao que foi.

“Nós precisamos acionar agora a questão da reparação aos danos materiais e morais que elas tiveram. Elas passaram por humilhações graves na Alemanha, foram acusadas de crimes graves lá. Então, é um transtorno e um trauma psicológico para as duas que dinheiro nenhum repara”, disse a advogada.

Enquanto as brasileiras ainda estavam presas, a Latam, empresa pela qual Kátyna e Jeanne viajaram, disse apenas que colaborava com a investigação e que estava em contato com familiares das brasileiras. Nesta quarta-feira, o g1 pediu um novo posicionamento, em relação ao fato de que elas pretendem mover uma ação na Justiça, e aguarda retorno desde a última atualização desta reportagem.

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Jeanne e Kátyna desembarcaram em Brasília nesta sexta-feira (14) (Lorena Baía/Arquivo pessoal)

Presas injustamente

A personal trainer Kátyna afirma que elas foram presas de forma injusta e contaram que chegaram a ser maltratadas pela polícia alemã.

“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou.

A veterinária Jeanne ressaltou a importância da ação dos órgãos de segurança brasileiros de conseguir provas, com agilidade, que comprovem a inocência do casal.

“Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã, ao governo alemão. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos”, afirmou.

Chegada ao Brasil

As&nbsp;brasileiras chegaram a Goiânia&nbsp;na terça-feira (12) após deixaram a Alemanha na noite de quinta-feira (13), segundo Lorena. Ela explicou que toda a família já está reunida na capital. Ao ser questionada sobre como foi o voo, Lorena desabafou.

"O voo foi tranquilo! Choramos por diversas vezes, mas foi um choro de alegria, alívio e gratidão!", falou Lorena, irmã de Kátyna.

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Jeanne Paollini e Kátyna Baía bebendo cerveja após serem soltas na Alemanha (Reprodução/Redes sociais)

Soltura das brasileiras

De acordo com Chayane Kuss de Souza, advogada das brasileiras na Alemanha, elas foram inocentadas e não precisaram esperar nenhum trâmite processual.

"Não precisa de chancela do juiz. Elas serão soltas hoje. Na Alemanha funciona assim. A legislação permite que quando o Ministério Público arquiva o processo, que peça então que sejam liberadas", explicou Chayane.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, também conhecido como Itamaraty, divulgou uma nota, na terça-feira passada (11), informando que recebeu com satisfação a informação da soltura das brasileiras.

A nota diz ainda que o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt fez visitas no presídio e intermediou contato com os familiares e advogados de Kátyna e Jeanne. O Itamaraty também falou que "manteve coordenação estreita" com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que enviou provas pedidas pela Justiça alemã.

Presas após troca de etiquetas de malas

O sonho de viajar 20 dias pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional, horas antes de desembarcar em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía queriam conhecer. Elas também planejavam conhecer a Bélgica e a República Tcheca.

Lorena, irmã de Kátyna, conta que elas planejaram a viagem com muita antecedência. O objetivo dos dias pela Europa era celebrar um novo momento da vida profissional dela.

A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em&nbsp;Goiânia&nbsp;e nunca chegaram ao país europeu.

Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.

A Polícia Federal em Goiás começou a investigar o caso após a prisão das goianas e disse que elas são inocentes. Vídeos apurados pela PF mostram quando duas mulheres chegam ao aeroporto de São Paulo, despacham bagagem com droga que levou brasileiras à prisão na Alemanha e vão embora em 3 minutos.

Jeanne conta que, na hora da prisão, não entendeu o que estava acontecendo.

“Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Só depois de muito tempo que chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. E assim que o policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas”, disse Jeanne.

As imagens das câmeras de seguranças do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta.

Essas malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.

Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

Goiana que teve mala trocada desenha visão que tinha da cela na Alemanha

Kátyna Baía

O Popular