Uma equipe de cientistas liderada pelo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), acaba de fazer uma descoberta que pode revolucionar o tratamento de pacientes com síndrome de Rett e, de quebra, proteger o cérebro de astronautas do envelhecimento precoce em missões espaciais. A combinação das drogas antirretrovirais (lamivudina e estavudina) conseguiu frear o dano neurológico associado à síndrome de Rett em minicérebros e, posteriormente, em camundongos em laboratório. As duas drogas são usadas no tratamento de infecções causadas por vírus, em particular o HIV e hepatite B, e são conhecidas por interromper o processo de transcrição do RNA viral, impedindo a sua proliferação nas células. No experimento, elas também conseguiram proteger modelos de células que imitam o cérebro de danos causados pelo envelhecimento precoce. A descoberta foi publicada em um artigo no repositório de pré-prints bioRxiv no último mês.