SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou um comunicado para alertar cidadãos americanos sobre o aumento do risco de roubo e sequestro do país.

O que aconteceu

EUA atualizaram recomendações de segurança para cidadãos americanos. No comunicado chamado de "Aviso de Viagem", o Departamento de Estado norte-americano destaca que o risco de crimes e sequestros e pede que os turistas tenham "cautela" no Brasil.

Embaixada descreve o Brasil como um local com crimes violentos, incluindo assassinato e roubo à mão armada. "A atividade de gangues e o crime organizado são generalizados e frequentemente ligados ao tráfico de drogas recreativas. Agressões físicas, com uso de sedativos e drogas colocadas em bebidas, são comuns, especialmente no Rio de Janeiro", diz texto publicado pelo governo dos Estados Unidos.

Criminosos visam estrangeiros por meio de aplicativos de namoro ou em bares antes de drogar e roubar suas vítimas. Ainda conforme os EUA, funcionários do governo norte-americano são aconselhados a não usar ônibus municipais no Brasil devido ao sério risco de roubo e agressão, especialmente à noite.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/vida-na-favela-favorece-mutac-es-do-coronavirus-1.3234717" target="_blank">Vida na favela favorece mutações do coronavírus</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ong-quer-transformar-favela-na-regi-o-noroeste-de-goiania-em-area-desenvolvida-e-digital-1.3243344" target="_blank">ONG quer transformar favela na região Noroeste de Goiânia em área desenvolvida e digital</a></div>

Comunicado lista áreas que os americanos devem evitar. Segundo o texto, qualquer lugar dentro de 160 km das fronteiras terrestres do Brasil com a Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. A restrição, no entanto, não se aplica ao Parque Nacional do Iguaçu ou ao Parque Nacional do Pantanal.

Favelas também devem ser evitadas mesmo em visitas guiadas, segundo o governo dos EUA. "Desenvolvimentos habitacionais informais, como favelas, vilas, comunidades ou conglomerados, a qualquer momento", diz o texto. Além disso, os turistas não devem viajar para áreas administrativas de Brasília à noite, o que inclui Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá.

Governo dos EUA fez lista com recomendações em caso de viagem ao Brasil. Entre elas, estão:

- Fique atento ao seu entorno;

- Não resista fisicamente a qualquer tentativa de roubo;

- Não aceite comida ou bebidas de estranhos e sempre vigie suas bebidas;

- Tenha cautela ao caminhar ou dirigir à noite;

- Evite ir a bares ou boates sozinho;

- Evite caminhar nas praias após o anoitecer;

- Use maior cautela ao fazer trilhas em áreas isoladas;

- Desenvolva um plano de comunicação com a família, empregador ou organização anfitriã para que possam monitorar sua segurança e localização; enquanto você viaja por áreas de alto risco.

A reportagem procurou o Itamaraty para comentar o aviso dos EUA, mas o governo federal informou que não vai comentar o caso.

EUA alertam norte-americanos com viagem ao Brasil

Mundo

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Matéria - Mundo

Exterior

O Governo de Goiás pretende investir mais de R$ 100 milhões para incentivar o esporte, combater à pobreza e equipar os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) nos municípios goianos neste ano. Os projetos de lei foram apresentados pela coordenadora do Goiás Social e primeira-dama, Gracinha Caiado, aos deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na manhã desta terça-feira (3).&nbsp;

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Ao todo, segundo Gracinha, com os investimentos serão ampliados dois programas sociais: Goiás + Inclusivo e Pró Goiás Atleta, além da abertura de crédito para o Equipa Social. O primeiro irá beneficiar com R$ 500 famílias em extrema pobreza com crianças ou adolescentes com deficiência, além de complementar em R$ 200 o pagamento das beneficiárias do Programa 'Mães de Goiás' que estejam nessa condição. Atualmente, é pago R$ 300 para todas essas famílias do "Mães de Goiás".&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/gracinha-reforca-intenc-o-de-incluir-o-pl-em-alianca-1.3263101" target="_self">Gracinha reforça intenção de incluir o PL em aliança</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/voluntarios-distribuem-kits-de-material-escolar-para-alunos-calungas-em-cavalcante-1.3246868" target="_self">Voluntários distribuem kits de material escolar para alunos calungas em Cavalcante</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/projeto-do-tjgo-busca-promover-o-retorno-de-calungas-a-suas-comunidades-1.3171879" target="_self">Projeto do TJGO busca promover o retorno de calungas a suas comunidades</a></div>

O segundo projeto irá reajustar os valores das bolsas para atletas, criar uma bolsa internacional de quase R$ 2,5 mil e a Bolsa Goiás Social. Todas destinadas a estudantes da rede pública participantes de projetos de iniciação esportiva.

E o terceiro é a proposta de destinações de R$ 100 milhões para promover reformas e aquisições de equipamentos para os Cras e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) para os 246 municípios goianos.

O governo estadual estima um orçamento de mais de R$ 17 milhões, apenas no primeiro ano, para o programa Goiás + Inclusivo e R$ 29,3 milhões para atender os anos de 2026 e 2027. Já para a bolsa atleta, conforme a proposta, serão R$ 5,5 milhões neste ano, e um impacto financeiro de mais de R$ 11 milhões para os anos de 2026 e 2027.&nbsp;

<cite>R$ 100 milhões é do Equipa Social. Agora, para o Goiás + Inclusivo serão R$ 17 milhões, neste ano", afirmou a primeira-dama.&nbsp;</cite> 
 
Segundo ela, os recursos serão do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege). "O dinheiro do Protege é para ajudar no combate à pobreza", acrescentou Gracinha ao POPULAR.&nbsp;

<h2>Tramitação na Alego&nbsp;</h2>

O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), se comprometeu em trabalhar para a aprovação definitiva do projeto ainda nesta terça-feira, quando deve passar pela Comissão Mista, seguindo para as duas votações em plenário.&nbsp;

<cite>Estaremos aprovando com urgência a matéria. Estaremos hoje designando a Comissão Mista para que seja analisado. Acredito que não terá pedido de vista nem por parte da base e nem da oposição, e vamos levar ainda hoje em extraordinária para o plenário", declarou o presidente.</cite>

Pacote social do Estado quer investir mais de R$ 100 milhões para esporte, combate à pobreza e equipar Cras nas cidades

Política

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Assistência social 

O Ginásio de Esportes de Campinas será cercado pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). Na prática, isso significa que a população em situação de rua que circula pelo local não poderá mais montar barracas e dormir sob a marquise do espaço esportivo. A movimentação ocorreu após o ginásio ter sido acometido por um incêndio na manhã de 22 de maio.

Ouça reportagem da CBN Goiânia sobre visita de Mabel ao local:&nbsp;<a href="https://cbngoiania.com.br/cbn-goiania/representantes-da-prefeitura-de-goiania-realizam-vistoria-no-ginasio-de-campinas-apos-o-incendio-1.3267985" target="_blank">Representantes da prefeitura de Goiânia realizam vistoria no ginásio de Campinas após o incêndio</a>

A Prefeitura de Goiânia apontou que o local foi alvo de um incêndio criminoso provocado por usuários de drogas em situação de rua. Entretanto, O&nbsp;POPULAR já mostrou que existe a possibilidade de o fogo ter começado após um traficante ter ido cobrar uma dívida de uma pessoa em situação de rua que vive nas redondezas do ginásio. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), o caso ainda está em investigação pelo 5º Distrito Policial de Goiânia.

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Em nota, a Seel informou que o cercamento não se dará apenas no ginásio de Campinas, mas em todos aqueles que estão ativos na capital. “Tendo em vista a troca do equipamento no Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna, surgiu a possibilidade de ampliar a segurança das praças esportivas que recebem atividades contínuas”, detalha o texto.

Em relação especificamente a Campinas, a Seel comunicou que, neste momento, dialoga com a Federação Goiana de Futebol de Salão (FGFS), que administra o ginásio, para o translado das grades, bem como a instalação, que será feita em parceria entre as duas instituições.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/incendio-no-ginasio-de-campinas-teria-sido-causado-por-traficante-1.3267448" target="_self">Incêndio no Ginásio de Campinas teria sido causado por traficante</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sandro-mabel-diz-que-vai-tirar-apenados-de-abrigos-da-prefeitura-1.3267896" target="_self">Sandro Mabel diz que vai tirar apenados de abrigos da Prefeitura</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pessoas-em-situac-o-de-rua-resistem-a-deixar-area-do-ginasio-de-campinas-1.3267898" target="_self">Pessoas em situação de rua resistem a deixar área do ginásio de Campinas</a></div>

O presidente da FGFS, Murilo Macedo, explica que a instalação das grandes já era discutida antes do incêndio acontecer. De acordo com ele, apesar das pessoas em situação de rua que circulam na região nunca terem atacado os trabalhadores da federação, o clima no local é de insegurança.&nbsp;

Arquiteta e urbanista, a pesquisadora do Observatório das Metrópoles - Núcleo Goiânia, Maria Ester de Souza, classifica a ação como um ato de hostilidade contra a população em situação de rua. “Ao invés de apresentar uma solução, o poder público coloca mais barreiras. Isso não resolve a questão. É um problema de assistência social. Não é um problema de urbanismo. O espaço público é para a coletividade usufruir sim, mas ele também não pode ser esse local de hostilidade e exclusão, de mandar um recado que ‘você não é bem-vindo’”, pondera.

<h2>Retirada</h2>

Um dia depois do incêndio ocorrido na última semana, o prefeito Sandro Mabel (UB) esteve no local. Depois disso, as barracas improvisadas montadas pelas pessoas em situação de rua foram retiradas das proximidades do espaço esportivo. Mal houve tempo para que itens pessoais, como roupas, cobertores e remédios, fossem retirados antes que uma retroescavadeira operada por servidores da Prefeitura passasse por cima de tudo.&nbsp;

O POPULAR mostrou que as pessoas em situação de rua que ficam no local resistem a sair dali. A maioria são usuários de drogas. A reportagem voltou ao ginásio nesta sexta-feira (30) e um grupo de cerca de sete pessoas permanecia ali, mas sem as barracas improvisadas.&nbsp;

Agora, o grupo está acomodado na parte superior da praça, encostado no muro que faz divisa com o Instituto Gustav Ritter. De acordo com eles, quando tentaram voltar para o lugar que ficavam antes, sob a marquise do ginásio, foram impedidos pelas autoridades.

Eles relatam que a noite mais difícil desde o incêndio foi a do dia 23, quando Mabel os visitou e as barracas foram derrubadas. Por conta do frio e da perda da maioria dos itens pessoais, vários deles passaram a madrugada expostos ao relento. Nos dias seguintes, conseguiram angariar alguns cobertores e, mais recentemente, barracas.

Mesmo assim, as baixas temperaturas têm sido um desafio, especialmente pelo fato de que já não podem mais se abrigar do frio e do vento sob a marquise do ginásio. “Essa noite (madrugada do dia 30 de maio) foi dura. Muito frio. Espero que hoje seja melhor”, disse uma mulher que preferiu não ser identificada.&nbsp;

<h2>Monitoramento</h2>

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) monitora as pessoas em situação de rua que ficam na região com frequência. Nesta sexta, enquanto a reportagem estava no local, três policiais militares abordaram uma dessas pessoas. Eles mexeram em um pote em que estavam guardados talheres à procura de facas. Depois, tiraram fotos da praça. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) também vai aos arredores do ginásio frequentemente.

Pessoas em situação de rua ainda contaram que têm sido hostilizadas com bombinhas que estão sendo jogadas na área em que as barracas estão montadas. Ao mesmo tempo, o grupo também relata que equipes da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) aumentaram as visitas ao local, com a oferta de acolhimento em algumas das unidades municipais e outros serviços, entre eles a regularização de documentos.

<h2>Começa reforma em praça</h2>

A Prefeitura de Goiânia iniciou uma reforma na praça que fica junto ao Ginásio de Esportes de Campinas. Nesta sexta-feira (30), uma retroescavadeira atuava no local e diversos servidores da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) trabalhavam na calçada e na reconstrução do meio fio. De acordo com a pasta, a obra começou nesta segunda-feira (26) e será concluída até a próxima quarta-feira (4). A intervenção é feita por administração direta, ou seja, com máquinas, materiais e servidores da Seinfra.

Além disso, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) iniciou um projeto de paisagismo no local, com o plantio de grama na entrada. Ainda consta na previsão da Comurg a revitalização dos equipamentos de ginástica e outros mobiliários da praça.

O ginásio também já passou por melhorias. O fogo do incêndio ocorrido no dia 22 de maio atingiu o portão B, que fica perto da esquina da Rua Senador Morais Filho com a Avenida Marechal Deodoro. O portão já foi trocado pela Federação Goiana de Futebol de Salão (FGFS).&nbsp;

O presidente da federação, Murilo Macedo, conta que a administração tem se dedicado a limpar o espaço esportivo, repor extintores e fazer ajustes a fim de que ele volte a funcionar. Para isso acontecer, é necessária uma liberação do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Enquanto isso, os jogos que ocorriam ali são realizados em outros espaços. “É um ginásio importante, onde ocorrem 1,2 mil jogos por ano e 4 mil crianças (que fazem aula de futebol de salão).&nbsp;

Ginásio de Esportes de Campinas será cercado

Cidades

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À própria sorte

O governo de Donald Trump intensificou nesta quinta-feira (29) sua ofensiva contra cidades e regiões chamadas de santuários -aquelas que protegem imigrantes da deportação, recusando-se a cooperar com forças federais - ao divulgar uma lista com mais de 500 locais que, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), estariam obstruindo a aplicação da lei.

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A medida sinaliza uma nova estratégia do governo Trump para intimidar e pressionar os governos locais que, na avaliação da Casa Branca, dificultam a política de deportações em massa defendida pelo presidente. A lista, disponível no site do DHS, identifica as jurisdições apontadas como "não compatíveis" com as diretrizes federais para imigração. São mencionados no documento cidades, condados e estados.

Segundo a revista americana Newsweek, os governos dos locais mencionados pelo DHS serão formalmente notificados e poderão enfrentar sanções ou perda de financiamento público. Aparecem na lista, por exemplo, os estados da Califórnia e de Nova York, governados por políticos democratas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/mundo/putin-prepara-nova-ofensiva-trump-diz-que-russo-ficou-completamente-louco-1.3268443" target="_self">Putin prepara nova ofensiva; Trump diz que russo ficou completamente louco</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/trump-volta-a-atacar-harvard-e-defende-proibic-o-de-estudantes-estrangeiros-1.3268204" target="_self">Trump volta a atacar Harvard e defende proibição de estudantes estrangeiros</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/putin-faz-maior-ataque-aereo-na-ucrania-e-zelenski-culpa-trump-1.3268244" target="_self">Putin faz maior ataque aéreo na Ucrânia, e Zelenski culpa Trump&nbsp;</a></div>

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, acusou as autoridades dessas jurisdições de colocar a população americana em risco ao proteger, nas palavras dela, criminosos violentos. Trump também já reforçou essa retórica com publicações em sua rede social, a Truth Social, em que prometeu cortar a verba federal destinada a cidades e estados que estariam "envergonhando o país" e virando motivo de piadas.

Embora não haja uma definição legal para o que constitui uma cidade santuário, o termo se aplica a locais onde as autoridades limitam a cooperação com o ICE (Serviço de Imigração e Alfândega), seja ao restringir o compartilhamento de informações sobre imigrantes em situação ilegal, seja ao recusar pedidos feitos por autoridades federais para manter essas pessoas detidas.

Segundo o DHS, os critérios usados para compor a lista incluem políticas de proteção a imigrantes, obstáculos ao acesso de agentes federais a informações locais e medidas que dificultem a deportação.

Ao tornar pública uma lista com mais de 500 cidades, condados e estados, o governo Trump sinaliza uma estratégia que combina pressão política, ameaça financeira e mobilização de sua base eleitoral em torno de uma das pautas centrais de sua campanha: a repressão à imigração irregular. O embate promete fomentar mais discussões sobre os limites do poder federal diante da autonomia de estados e municípios.

As deportações em massa são uma das principais bandeiras do presidente republicano. Também nesta quinta, Stephen Miller, um dos principais assessores de Trump, afirmou ao canal americano Fox News que o governo fará esforços para triplicar o número de detenções de imigrantes feitas por agentes do ICE. "Estamos buscando estabelecer uma meta de, no mínimo, 3.000 prisões pelo ICE por dia", disse ele.

Segundo Miller, Trump "continuará pressionando para aumentar esse número a cada dia", com o objetivo de "expulsar todos os imigrantes ilegais de [Joe] Biden", em referência ao ex-presidente democrata.

Desde o período pré-eleitoral - e também na campanha -, Trump manifestou seu compromisso em deportar imigrantes em situação ilegal que, segundo ele, estariam "formando um exército" para "atacar [os EUA] de dentro". Já durante o governo do republicano, agentes de imigração intensificaram as ações longe da fronteira, aumentando a pressão sobre as pessoas que não têm a documentação em dia.

Em operação nesta quinta, agentes de imigração prenderam mais de cem imigrantes em situação irregular durante operação num canteiro de obras em Tallahassee, na Flórida, segundo nota divulgada pelo ICE.

No mês passado, Trump invocou a Lei de Inimigos Estrangeiros, que concede ao presidente autoridade para expulsar "inimigos estrangeiros" sem o devido processo legal, em casos de guerra ou invasão, para fazer deportações em massa.

A lei, criada no século 18, só havia sido usada durante a guerra de 1812 contra o Império Britânico e suas colônias no Canadá, e nas duas guerras mundiais. Grupos que atuam com direitos humanos, porém, apontam excessos, e a medida tem sido contestada nos tribunais.

Governo Trump ameaça mais de 500 locais que protegem migrantes nos EUA

Governo Trump ameaça mais de 500 locais que protegem imigrantes nos EUA

CIDADANIA

Webstories - Goiânia cai na qualidade de vida

Goiânia caiu quatro posições dentre as capitais brasileiras com melhor qualidade de vida. Ao ser divulgado em 2024, o relatório de Índice de Progresso Social (IPS) Brasil mostrava a cidade na 2ª colocação, atrás apenas de Brasília. Neste ano, contudo, o estudo mostra o município em 6º – em um cálculo que considera 57 indicadores sociais e ambientais. Dentre os fatores que mais impactaram na queda, como fatores estão homicídio de jovens, famílias em situação de rua e a baixa cobertura vacinal de poliomielite.&nbsp;

Criado em 2014 nos Estados Unidos pela organização sem fins lucrativos Social Progress Imperative (SPI), em conjunto com outras instituições, como a Universidade Harvard, o índice é publicado anualmente em ao menos 170 países. No Brasil, a primeira edição foi publicada em 2024 com a proposta de medir o desempenho de fatores sociais e ambientais em cada um dos 5.570 municípios brasileiros. Antes disso, era produzido considerando apenas as cidades da Amazônia Legal.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

No primeiro estudo que incluiu todos os municípios brasileiros, Goiânia alcançou um índice de 70,49 – em uma escala que vai de zero a 100. Neste ano, foi de 68,21. Além de Brasília, que já estava à frente no ranking, Curitiba (PR), Campo Grande (MS), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) ultrapassaram a capital goiana. Por outro lado, ao contrário do que se mostrava no ano passado, nenhuma capital alcançou índice superior a 70. No topo da lista, Curitiba obteve 69,89 (veja quadro abaixo).

O IPS é dividido em três dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Dentro de cada uma delas, há os chamados componentes. Na primeira dimensão, constam informações relativas à nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, moradia e segurança pessoal. Em bem-estar, concentram-se dados relacionados ao acesso ao conhecimento básico, à informação e comunicação, saúde e bem-estar, e qualidade do meio ambiente. Por fim, oportunidades consideram fatores tais como direitos e liberdades individuais, inclusão social e acesso à educação superior.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/pessoas-que-vivem-na-rua-em-goiania-ficam-a-merce-da-violencia-1.3267893" target="_self">Pessoas que vivem na rua em Goiânia ficam à mercê da violência</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-da-base-defendem-retirada-de-moradores-de-rua-1.3266510" target="_self">Vereadores da base defendem retirada de moradores de rua</a></div>

Em outra subdivisão, os componentes contam com indicadores diversos. Eles são obtidos por meio de dados públicos atualizados obtidos por meio do Departamento de Informação e Informática do SUS (DataSUS), Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), MapBiomas, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entre outros.&nbsp;

Coordenadora do IPS Brasil, Melissa Wilm comenta que o estudo visa resultados dos municípios, desconsiderando o investimento aplicado, “mas o impacto que eles tiveram na vida das pessoas”. Ela explica que, para chegar ao indicador, os dados públicos passam por uma modelagem específica. “São informações brutas, mas tratadas metodologicamente, estatisticamente. Toda análise que a gente faz, por exemplo, é comparativa com a quantidade de pessoas que há na região, às vezes por faixa etária. Vai depender muito do indicador, mas existe esse tratamento estatístico para deixar os dados comparáveis entre si”, pondera.

Entre os componentes que tiveram queda de 2024 a 2025 em Goiânia e impulsionaram o rebaixamento na lista, o quesito nutrição e cuidados médicos básicos teve variação pequena, mas foi puxada especialmente pela cobertura vacinal de poliomielite. Além deste, segurança pessoal foi reduzida, diante do assassinato de jovens. O acesso à informação e comunicação também registrou queda sob a influência de cobertura de internet móvel 4G e 5G. Outros como saúde e bem-estar, qualidade do meio ambiente, direitos e liberdades individuais também tiveram decréscimo.

Por outro lado, por mais que tenham apresentado um leve aumento no comparativo dos dois anos, a inclusão social tem um ponto de atenção classificado como fraco: o quantitativo de famílias em situação de rua. O acesso ao conhecimento básico também tem o desempenho no ensino fundamental, calculado por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), no vermelho, mas sem mudanças bruscas. Os demais indicadores estão no verde ou amarelo (forte ou neutro).&nbsp;

A Prefeitura de Goiânia pondera, em nota, que “entre os pontos destacados pelo estudo e que fortemente merecem atenção estão a cobertura vacinal, a violência contra jovens, o desempenho no ensino fundamental, a cobertura de internet móvel e a situação de famílias em &lt;/CW&gt;&lt;CW-21&gt;situação de rua”. Dessa forma, cita ações feitas para melhorias dos indicadores em vermelho – entre elas, a ampliação de pontos de vacinação e ações itinerantes nas escolas; programas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) voltadas à prevenção da violência e à juventude; e formação continua de professores e a implementação de programas de reforço escolar.

“Quanto à conectividade, a gestão municipal já encaminhou tratativas com empresas do setor e articula parcerias para a ampliação do acesso à internet móvel nas regiões com menor cobertura”, complementa. Além disso, diz que tem feito o cadastro e recadastro de pessoas em situação de rua e a ampliação de oferta de vagas em centros de acolhimento. O prefeito Sandro Mabel (UB) tem a proposta de retirar todos os que residem nas ruas até dezembro deste ano. “Também estão em andamento programas de reinserção social e acesso ao trabalho para pessoas em situação de vulnerabilidade”, finaliza.

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<h2>Variação</h2>

Considerando todos os municípios brasileiros, Goiânia alcançou na edição deste ano a 56ª posição. Nesse cenário, a queda foi ainda mais brusca, haja vista que em 2024 a capital goiana estava na 4ª colocação. No ano anterior, perdia apenas para Gavião Peixoto (SP) – cidade que segue no topo da lista em 2025 –, Brasília e São Carlos (SP). Entre as 20 mais bem posicionadas, há apenas cidades dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná, além da capital federal.

Conforme a coordenadora do IPS Brasil, essas variações são mais perceptíveis em nível municipal. No Brasil, contudo, isso foi discreto, saindo de 62,51 para 61,96. “Quando a gente chega à escala municipal, percebe que independentemente do tamanho do município e da da condição que ele tem, dos investimentos feitos, aqueles que têm uma gestão focada em resultados que monitoram políticas públicas com dados, geralmente aparecem com bom desempenho no IPS. Isso pode, sim, ser refletido de um ano ao outro, embora de forma geral seja algo tímido, já que são vistos ao longo do tempo, de forma gradual”, cita.

Em nível nacional, também se veem índices menores relacionados à segurança pessoal (59,57) e direitos individuais (32,41). Com exceção do primeiro, os itens de necessidades básicas são os mais bem avaliados, variando de 73,95 (nutrição e cuidados médicos básicos) a 87,74 (moradia). O acesso ao conhecimento básico é o mais bem avaliado dos fundamentos do bem-estar, com 72,94. Nessa dimensão, o fator saúde e bem-estar tem o menor índice, com 57,60. Já em relação a oportunidades, liberdade individual obteve 57,26, enquanto inclusão social, 47,21.

<h3>Goiás também cai no ranking</h3>

Além da capital, Goiás também caiu no ranking do Índice de Progresso Social (IPS), mas de forma discreta. Em 2024, o Estado ocupava a 6ª posição, com 62,79. No ano seguinte, ao obter 62,63, foi para a 7ª. O índice foi puxado para baixo, especialmente, por indicadores relacionados a água e saneamento, moradia, acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, qualidade do meio ambiente, direitos individuais e acesso ao ensino superior. Ao mesmo tempo, além desses que tiveram queda, com exceção de moradia, que ainda se mantém elevada, os componentes de segurança pessoal e liberdades individuais seguem sendo gargalos da administração estadual.

Os municípios menores, com até 20 mil habitantes, são justamente aqueles que têm pior colocação dentro do Estado. Monte Alegre de Goiás, na região Nordeste, teve o menor índice: 50,31. O componente de direitos individuais foi o principal gargalo na localidade.

Logo depois, Baliza aparece com 50,47, tendo o acesso à educação superior com os piores indicadores. Esse também é o fator que mais atravanca o índice de Bonópolis e Mundo Novo. Por fim, direitos individuais é o componente mais crítico para Turvânia, o 5º pior colocado em Goiás.

No topo da lista, além da capital, Rio Quente (67,18), Catalão (66,08), Urutaí (65,53) e Goianésia (65,48) se destacam, com índices avançados por fatores como água e saneamento e moradia.

<h3>Aparecida</h3>

Em todo o Estado, o segundo maior município goiano ocupa a 49ª posição, com 61,79. Ainda enfrenta gargalos em indicadores mais bem avaliados em outras localidades, como saneamento básico. O índice, que varia de zero a 100, não é ruim para o município, mas conforme o IPS Brasil 2025, dentre as cidades com mais de 500 mil habitantes, Aparecida tem a 8ª pior colocação. Ao todo, o País conta com quase 50 municípios com população superior a mencionada.

Em nota, a Prefeitura diz que o índice “demonstra os desafios da cidade, que tem quase 600 mil habitantes” e que “a nova gestão, sob o comando do prefeito Leandro Vilela (MDB), realiza um diagnóstico profundo, por meio do Instituto Áquila, para melhorar vários indicadores ao longo deste mandato de quatro anos”.

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