O goiano João Carlos Rodovalho Costa, de 38 anos, que tem a perna esquerda amputada em virtude de um câncer no joelho, subiu mais de 2.500 metros durante sete dias até chegar ao acampamento base do Monte Everest, no Nepal.João Saci, como é conhecido, pratica crossfit, trabalha na área de controladoria de uma empresa, é palestrante e compartilha sua história de vida nas redes sociais. Além de outras montanhas, ele tem o sonho de saltar de paraquedas.CirurgiaAos 17 anos, João Saci precisou amputar a perna após uma cirurgia para retirada de um tumor. A equipe médica não conseguiu fazer a remoção completa e, após 20 dias, ele foi informado que o tumor havia necrosado e não teria como ser feita biópsia. João começou a fazer quimioterapia e, com isso, o tumor teria crescido após a ressonância, sendo necessário amputar a perna.Segundo informações do Portal Extremos, que realiza o monitoramento dessas aventuras, em torno de 40 mil pessoas do mundo todo chegaram ao acampamento base do Monte Everest e 30 brasileiros concluíram a jornada.Segundo o portal, entre 40% e 50% das pessoas realizam o trajeto sem auxílio de agência. Embora, não seja possível mensurar todos os sul-americanos que chegaram ao local, João Saci seria o primeiro amputado dessa região do planeta a realizar o percurso.O percursoJoão Saci relata que saiu do Brasil no dia 6 de abril e chegou na capital Katmandu, em Nepal no dia 8, seguindo com um voo para Lukla. Foram sete dias de caminhada para chegar ao acampamento base, com passagens em diversos vilarejos.Ele teve que realizar parada em dois deles e ficar por dois dias. A primeira para foi a 3.400 metros de altitude, em Namche Bazaar, e a segunda foi de 4.400 metros, em Dingboche.Leia também:- Goiano fica próximo de ir à Áustria disputar Mundial de Aviãozinho de Papel