Há pelo menos 20 vacinas contra o vírus H5N1, que <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-decreta-situac-o-de-emergencia-zoossanitaria-preventiva-contra-a-gripe-aviaria-1.3265621" target="_blank">provoca a gripe aviária</a>, licenciadas em todo o mundo. Segundo um artigo da Lancet, revista científica de prestígio internacional, os imunizantes têm caráter emergencial e são produzidos em países da Europa, da Ásia e Oceania (Austrália).

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A maioria demonstrou ser eficaz contra a nova cepa do vírus, descoberta em 2024. Os 20 foram considerados seguros pelas agências reguladoras de saúde de seus países, com dados clínicos de pelo menos 32 mil pessoas, incluindo crianças, adultos saudáveis, idosos e pessoas com comorbidades.

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Apenas a Finlândia implementou um programa de vacinação para grupos de risco da doença. A consulta da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o uso de imunizantes contra uma possível pandemia de<a href="https://opopular.com.br/cidades/gripe-aviaria-em-granja-no-brasil-marca-nova-etapa-do-virus-diz-fao-1.3265214" target="_blank"> gripe aviária</a> foi realizada em setembro de 2024, com base em dados públicos e informações informais.

A publicação da Lancet também destaca que, apesar da maioria dos casos humanos registrados até agora nos Estados Unidos serem leves, o vírus pode sofrer mutações rapidamente. A principal estratégia de prevenção para reduzir os efeitos da doença ainda é a vacina.

PRODUÇÃO DAS VACINAS

Segundo a publicação, as vacinas são produzidas de duas formas: cerca de 80% utiliza vírus inativado proveniente de ovos de galinha. Há também os imunizantes feitos com H5N1 atenuado por meio de culturas de células.

Mesmo que uma eventual escassez de ovos limite a produção, as vacinas com base em cultivo celular podem ser alternativas.

Todas as vacinas seguem o esquema de duas doses. Dez imunizantes são indicados tanto para crianças a partir de seis meses quanto para adultos com 65 anos ou mais.

A maioria das vacinas tem adjuvantes, substâncias que potencializa o efeito principal do imunizante contra a <a href="https://opopular.com.br/economia/carne-de-frango-pode-ficar-mais-barata-apos-gripe-aviaria-no-rs-1.3266056" target="_blank">gripe aviária</a>. A combinação demonstrou maior eficácia e economia na quantidade de antígenos—responsáveis pela proteção contra a doença— utilizados.

POSSÍVEIS REAÇÕES

As reações adversas mais comuns provocadas pelas vacinas variam de leves a moderadas. Os sintomas incluem dor no local da aplicação, fadiga e dor de cabeça. Em crianças, os efeitos mais frequentes são febre, irritabilidade e alterações no apetite.

Vacinas com adjuvante tendem a causar mais reações locais, mas elas foram consideradas seguras para os públicos indicados. Não há registros de reações graves. De acordo com a Lancet, ainda há poucos dados sobre segurança para gestantes, lactantes e pessoas com doenças preexistentes.

A GRIPE NO BRASIL

Os países onde as vacinas estão licenciadas foram produzidas são Reino Unido, Japão, Coreia do Sul, Austrália, França, e China. No Brasil, o Instituto Butantan aguarda autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os estudos clínicos para o desenvolvimento de uma vacina.

Segundo a Lancet, como a equidade é um ponto central para combater uma possível pandemia, a OMS assegurou 11% da produção global de vacinas para países em desenvolvimento. A distribuição deve ser feita conforme o risco e a necessidade.

Cientistas alertam que a doença pode se tornar a próxima pandemia, e que os Estados Unidos já ultrapassaram o "ponto de virada" devido à vigilância falha. O vírus circula há meses e foi detectado no Brasil em uma granja comercial no Rio Grande do Sul no dia 16 de maio. O estabelecimento produzia ovos férteis para produção de frango no estado.

Anteriormente, o vírus havia sido encontrado apenas em aves silvestres migratórias e em aves de subsistência. A detecção teve um impacto imediato nas exportações de frango brasileiras. A China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações do produto.

Mundo tem 20 vacinas contra gripe aviária licenciadas

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Europa, Ásia e Oceania

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(Divulgação/ Unimed Goiânia)

Mais do que perfumes, flores ou chocolates, neste Dia das Mães, a Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico propõe um presente com significado duradouro: o cuidado. A campanha da cooperativa é voltada a quem deseja retribuir o carinho materno com saúde e proteção. A ação, intitulada “Você chamou sua mãe a vida inteira. Quer saber? Ela merece Unimed.”, está vigente até o dia 31 de maio e oferece condições exclusivas para novos contratos.

Entre os benefícios estão 30% de desconto nas 3ª, 6ª e 9ª mensalidades dos planos de saúde, além de gratuidade total na contratação do plano odontológico, desde que vinculada à manutenção do contrato médico. As vantagens são válidas apenas para novas adesões aos planos individuais/familiares, a partir de uma vida, e coletivos empresariais, a partir de duas vidas, na modalidade coparticipativa. Migrações, upgrades ou adesões realizadas após a assinatura do contrato não são elegíveis.

Para o diretor de mercado da Unimed Goiânia, Dr. Frederico Xavier, a campanha é um convite para demonstrar cuidado genuíno. “Oferecer um plano de saúde para a mãe é mais do que um presente simbólico. É assumir o compromisso de proporcionar a ela acesso contínuo a uma rede de qualidade. É dizer ‘eu me importo com você todos os dias’”, afirma.

Com ampla estrutura assistencial, mais de 3 mil médicos cooperados e foco em ações preventivas, a Unimed Goiânia reforça sua missão de promover saúde integral com acolhimento e excelência. A cooperativa acredita que cuidar de quem sempre cuidou de você é uma das formas mais poderosas de expressar gratidão. Neste mês das Mães, a lembrança pode ir além do gesto. Pode ser proteção. Pode ser amor em forma de cuidado.

Unimed Goiânia transforma carinho em proteção com campanha especial de Mães

Infomercial

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INFOMERCIAL

O registro de um foco de gripe aviária no Brasil obrigou as autoridades federais e estaduais a agirem rapidamente. Em Goiás, o governo decretou emergência zoossanitária preventiva, cuja publicação ocorreu ainda no sábado (17), apenas um dia após a divulgação, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do caso em Montenegro (RS).Goiás é um importante ator nesse mercado: é o quarto maior produtor brasileiro, atrás apenas dos estados da Região Sul — Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.De acordo com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), cerca de 280 mil pessoas atuam no setor. Alguns municípios se destacam, como Itaberaí e Rio Verde. Emirados Árabes, Arábia Saudita, Japão e China estão entre os maiores compradores do produto goiano.Por enquanto, não há sinais de que a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) possa causar um surto no País, nem há suspeitas de casos em território goiano. Contudo, como o vírus pode ser transportado por aves silvestres migratórias, é importante agir com agilidade nas medidas de mitigação de risco.Em Goiás, todo o rigor é necessário para reduzir qualquer impacto na economia local.

Gripe aviária

Editorial

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Bater a meta diária de consumo de proteína virou quase uma obsessão entre quem busca uma vida mais saudável e ganho de massa muscular. Nas redes sociais, o consumo do macronutriente — encontrado nos ovos, carnes, laticínios, leguminosas e suplementos como whey protein — é frequentemente tratado como essencial e inquestionável. No entanto, o que pouca gente sabe é que o excesso de proteína pode sobrecarregar os rins, causar desequilíbrios no organismo e até comprometer a saúde a longo prazo.

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Consciente desses riscos, o policial civil aposentado Ricardo Cezar Soares, de 64 anos, mantém sua ingestão de proteínas sob rigoroso acompanhamento médico. “Sou praticante assíduo de musculação. Faço uso da proteína com orientação de uma nutróloga e realizo exames periódicos para garantir que minha saúde esteja sempre em dia”, afirma. A dedicação de Ricardo à musculação começou há alguns anos e se fortaleceu com o tempo, tornando-se parte fundamental de seu estilo de vida. Hoje, ele compartilha sua rotina de treinos e alimentação no perfil @sr.sarado, no Instagram, incentivando outras pessoas a envelhecer com força e vitalidade.

A proteína é realmente essencial para a construção e a manutenção dos músculos, além de desempenhar um papel fundamental na recuperação muscular, no funcionamento do sistema imunológico e na produção de hormônios e enzimas. O problema é a quantidade. “As redes sociais e o marketing criaram um ambiente em que muitas pessoas se sentem compelidas a consumir mais proteína do que realmente necessitam, motivadas por promessas de um corpo perfeito ou melhor desempenho físico”, alerta a médica nutróloga Thais Aquino. Nos últimos anos, prateleiras foram invadidas por itens como barras de proteína, bebidas lácteas, cafés, sopas, massas para panquecas e até cremes de avelã enriquecidos com o nutriente.

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Médica nutróloga Thais Aquino: "As redes sociais criaram um ambiente em que muitas pessoas sentem-se compelidas a consumir mais proteína do que realmente necessitam" (Divulgação)

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Ultrapassar a meta de vez em quando não causa grandes danos, mas o consumo excessivo a longo prazo pode, segundo a médica nefrologista Waleska Bernardes, que atua no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), em alguns casos sobrecarregar os rins e elevar os riscos de doenças cardiovasculares. Ela reforça a importância de um acompanhamento nutricional voltado para cada necessidade. “O acompanhamento deve ser direcionado para objetivos específicos, como emagrecimento, perda de gordura, ganho de massa ou desempenho esportivo, sempre sem prejuízo de uma alimentação saudável.”

O consumo excessivo de proteínas pode aumentar a predisposição à formação de cálculos renais e elevar os níveis de ácido úrico mesmo em indivíduos saudáveis. Em pacientes que já apresentam algum grau de doença renal, dietas ricas em proteínas devem ser evitadas, pois podem, segundo a médica, acelerar a piora da função dos rins e antecipar a necessidade de hemodiálise. “Por isso, é fundamental realizar uma avaliação médica e nutricional antes de recorrer ao uso indiscriminado de proteínas”, alerta.

O cardiologista Murilo Meneses, do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia, destaca que, além dos riscos para os rins, o consumo excessivo de proteínas, especialmente de carnes vermelhas, pode afetar negativamente o coração. Ele explica que dietas hiperproteicas, geralmente ricas em gorduras saturadas, podem elevar os níveis de LDL, o “colesterol ruim”, favorecendo a formação de placas nas artérias, o que aumenta o risco de aterosclerose, enfarte e AVC. Além disso, o consumo elevado de proteínas de origem animal pode elevar a pressão arterial, contribuindo ainda mais para o risco de doenças cardiovasculares. “Por isso, é essencial que qualquer estratégia alimentar seja equilibrada e avaliada dentro do contexto da saúde geral do indivíduo”, enfatiza.

Estrela das dietas&nbsp;

Ao lado da gordura e dos carboidratos, a proteína é um dos macronutrientes essenciais para uma alimentação equilibrada. No entanto, enquanto gordura e carboidrato frequentemente são demonizados nas redes sociais, a proteína tem se destacado como a estrela &nbsp;das dietas. Entre 2021 e 2023, o consumo de suplementos como whey protein e outros concentrados de proteína cresceu 25% no Brasil, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad).

O médico pós-graduado em nutrologia e endocrinologia e químico Danillo Rodrigues explica que o consumo de proteína é, sim, fundamental, mas alerta que a quantidade precisa ser ajustada conforme o objetivo e o perfil de cada pessoa. “A recomendação média para esse público varia entre 1,6 e 2,2 g por quilo de peso corporal por dia, podendo chegar a 3 g/kg em casos específicos, como no fisiculturismo”, explica. Segundo ele, mais proteína não significa necessariamente mais resultado, e o ideal é que a ingestão seja equilibrada com outros macronutrientes e distribuída ao longo do dia.

Danillo critica a influência das redes sociais, que muitas vezes supervalorizam a proteína como solução mágica para um corpo perfeito, levando a um consumo excessivo e desequilibrado. Além da sobrecarga renal em indivíduos predispostos, o excesso causa desidratação, alterações no perfil lipídico e até prejuízos no microbioma intestinal. “É possível atingir as necessidades diárias de proteína com uma alimentação variada e natural, sem depender de produtos ultraprocessados ou modismos. O ideal é sempre buscar orientação de profissionais capacitados”, explica.

Diretrizes da OMS&nbsp;

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece recomendações claras sobre a ingestão diária de proteínas, levando em conta fatores como idade, peso, nível de atividade física e condições específicas de saúde. Confira a seguir:

Ingestão diária recomendada

Adultos saudáveis:

0,83 g de proteína por quilo de peso corporal por dia.

Exemplo: uma pessoa de 70 kg deve consumir aproximadamente 58 gramas de proteína por dia.

Praticantes de atividades intensas (musculação, atletas):

1,2 a 2 g de proteína por quilo de peso corporal por dia.

Exemplo: uma pessoa de 70 kg deve consumir entre 84 e 140 gramas de proteína diariamente.

Idosos:

1 a 1,2 g de proteína por quilo de peso corporal por dia.

Exemplo: uma pessoa de 70 kg deve consumir entre 70 e 84 gramas de proteína diariamente.

Considerações importantes

A quantidade ideal de proteína varia de acordo com a idade, peso, nível de atividade física e objetivos pessoais como ganho de massa muscular, emagrecimento ou manutenção da saúde.

Vegetarianos e veganos podem ter dificuldade em atingir a meta de proteína por excluírem fontes animais, que são mais concentradas e completas em aminoácidos.&nbsp;

As opções vegetais exigem maior volume, planejamento e combinações para garantir qualidade e quantidade adequadas, especialmente em dietas com alta demanda proteica.

O ideal é calcular a ingestão com a ajuda de um nutricionista ou médico, garantindo que o consumo seja adequado e equilibrado.

Aliado ou vilão: consumo de proteína exige atenção para não comprometer a saúde

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SAÚDE

Este nosso 2025 está de amargar. Não bastassem a perversidade de Donald Trump, a guerra sem fim na Ucrânia e o aniquilamento de Gaza, o ambiente no Brasil se deteriora perigosamente numa polarização insana em que os dois lados se autodestroem e preocupam o País. Assim, o primeiro caso da gripe aviária chega na pior hora e o que menos interessa na criação de uma CPMI do INSS é justamente o interesse nacional.

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Um dado particularmente cruel é o efeito da crise aviária no Rio Grande do Sul, mas o impacto é nacional. O embargo ao frango brasileiro começou com China, União Europeia, Argentina, Uruguai e Chile e continua, com perdas que podem atingir US$ 200 milhões e neutralizar a expectativa de uma supersafra de 326 milhões de toneladas na agricultura. Alegria de pobre dura pouco. 
 
Como tanta insegurança externa e interna, o que o Brasil lucra com uma CPMI sobre o INSS, que dará palanque a uma disputa política em que nenhum dos lados tem a ganhar? Será um perde e perde, expondo uma roubalheira que o governo Bolsonaro fingiu não ver, explodiu no governo Lula e foi atacada em 2025. E mais: uma CPMI vai expor um Congresso caro e atolado em privilégios e disputas mesquinhas. 
 
Estamos em maio e o que foi votado de relevante na Câmara e no Senado? A conclusão da reforma tributária? Políticas para transporte, educação, ambiente? O pacote da Segurança? A PEC dos militares, contra a política nas Forças Armadas? E a regulamentação das redes sociais? Só quando o "especialista em censura" da China chegar? 
 
O que importa no escândalo do INSS é investigação implacável da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União, compensação eficiente de quem foi lesado, punição das entidades fraudadoras e prisão e bloqueio de bens dos criminosos. Além de uma revolução interna na fiscalização e na própria gestão do órgão. A corrupção é parte das mazelas. E a fila do INSS? Os 2,7 milhões à espera de seus direitos? 
 
Uma CPMI não contribui em nenhuma dessas frentes, só vai consumir a (já baixa) energia do Congresso na guerra política e gerar muito material para as redes sociais baterem bumbo para o seu lado, atacarem o lado adversário e desacreditarem ainda mais a política, os políticos, as instituições e, em última instância, a democracia. 
 
Há, ainda, a questão temporal. Uma CPMI na ribalta, sob holofotes, vai varar o segundo semestre e se embolar com o julgamento do golpe de Estado no STF, a cúpula dos Brics no Rio e até com a COP 30 em Belém. Uma barafunda, um pandemônio, com o Congresso afundando nas suas próprias picuinhas e na sua própria lama. E o País, como fica?

*Comentarista da Rádio Eldorado, da Rádio Jornal (PE) e do telejornal Globonews