Francisco morreu nesta segunda-feira (21) sem fugir dos assuntos espinhosos. Embora muitas vezes de forma ambígua, posicionou-se sobre questões como a relação da Igreja com a comunidade LGBTQIA+ e o aborto. Defendeu a união civil gay e lançou a célebre questão "quem sou eu para julgar", mas condenou o casamento homossexual nos termos da Igreja, para ele um "ataque destrutivo aos planos de Deus". Em privado, usou expressões preconceituosas, como "um ar de viadagem" no Vaticano. Também falou da própria saúde com franqueza, admitindo ter crises de ansiedade, e opinou sobre assuntos da vida cotidiana, desde o uso do celular entre jovens até a saudade que sentia de ir comer pizza num restaurante. Saudade que declarou não sentir de sua Argentina natal, para onde nunca mais foi quando iniciou seu papado, em março de 2013.