A esperança que ronda a missão internacional aprovada na Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro passado para apoiar a polícia nacional do Haiti a combater a galopante crise de segurança urbana que assola o país do Caribe parece retrair a cada dia dados os últimos acontecimentos no Quênia, a nação africana que se dispôs a liderar a operação. No mais recente capítulo de uma batalha judicial que ganhou fôlego com o sinal verde dado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para a missão de apoio, o Supremo Tribunal do Quênia prorrogou no final desta quinta-feira (16) uma ordem anterior que impede de maneira temporária o envio de mil policiais quenianos ao Haiti. A decisão ocorreu apenas horas após o Parlamento do país aprovar na capital Nairóbi o pedido do governo do presidente William Ruto para enviar a força de segurança, em um debate acalorado.