Atualizada às 13h01.A paralisação dos motoristas de quatro das cinco concessionárias do transporte coletivo que pegou os usuários de surpresa na manhã deste sábado (19) seria uma “farsa”, segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo), Carlos Alberto dos Santos.Em um vídeo, Carlos diz que a paralisação é “totalmente de autoria dos empresários e não tem nenhuma relação com o Sindicato dos trabalhadores”. O diretor afirma que os empresários estão impedindo na garagem que os trabalhadores saiam com os carros e façam a captação dos usuários. “Estão passando a papeleta normal para os trabalhadores não perderem o dia de trabalho, mas os estão impedindo de sair.”Carlos frisa que a paralisação é totalmente atípica e que não possui relação com o sindicato. “O Sindicoletivo jamais faria uma paralisação sem cumprir todos os requisitos legais, de avisar a população e a imprensa com 72 horas de antecedência. Os trabalhadores estão sendo coagidos, sendo assediado, com medo de perder os empregos a aderir a esta paralisação.”Também por vídeo, o presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Público de Passageiros de Goiânia (SET), Adriano Oliveira, repudiou as declarações feitas pelo diretor financeiro do Sindicoletivo, Carlos Alberto, de que a paralisação seria obra das empresas e dos sindicatos e não dos trabalhadores. “Isso não é verdade, é uma mentira irresponsável do Sindicoletivo.”Em sua fala, Adriano diz que o movimento é genuíno e espontâneo dos trabalhadores preocupados com a pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2) e com a situação laboral. “O Sindicato não concorda com paralisação em momento algum. É ruim para os usuários, trabalhadores e para a cidade.”Na gravação, Adriano diz que o SET está tentando acabar com esta paralisação e que o Sindicoletivo deveria era buscar solução para os problemas. “O problema real hoje do transporte é uma necessidade de aporte de recursos, de atenção especial do poder público. Esse deveria ser o papel de um sindicato sério e que pretende ter a representação da sua categoria”, finaliza.