Goiânia poderá receber seus primeiros ônibus elétricos do Eixo Anhanguera até abril de 2023, caso as adaptações no edital sejam finalizadas até o mês de novembro. Essa é a expectativa do Governo de Goiás, depois que o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) determinou a suspensão cautelar, e por tempo indefinido, do edital de pregão eletrônico para locação de 114 ônibus elétricos que seriam usados no Eixo Anhanguera, na região metropolitana de Goiânia.Em entrevista à rádio CBN, o secretário-geral da governadoria, Adriano da Rocha Lima, disse que alguns pontos apontados na decisão eram coisas que já haviam sido feitas, mas não constam no edital por serem medidas internas. Informou ainda que outra recomendação foi a retirada da margem de 5% de negociação do leiloeiro. No levantamento feito pelos técnicos do TCE foram observados os seguintes pontos: “planejamento deficiente, com erro metodológico na comparação dos custos de veículos a combustão e veículos elétricos”; “edital de termo de referência com riscos financeiros não considerados”; “aspectos orçamentários”; e o fato de a delegação da Metrobus em relação ao Eixo Anhanguera vai até 2031, enquanto o contrato de locação iria até 2038.O secretário também citou outro aspecto que poderia atrasar o cronograma: a alta demanda por ônibus elétricos. “Obviamente, ônibus elétrico não é algo que você tem em prateleira, que você chega e tem para comprar. O mercado, não só o brasileiro, está com alta demanda, tantos de ônibus elétricos, quanto ônibus convencionais. Só São Paulo está prevendo a compra de 1.000. É um mercado em franca expansão”, pontuou. Leia também:- TCE libera aluguel de ônibus elétrico para o Eixão em Goiânia - MPGO recomenda à Metrobus que suspenda pregão para locação de ônibus elétricos Em abril, o Ministério Público de Goiás recomendou ao presidente da Metrobus, Francisco Caldas, que suspendesse o Pregão Eletrônico até a conclusão do estudo de viabilidade econômico-financeira do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). Segundo o entendimento da promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, antes de a licitação devem ser verificados alguns aspectos, como a vantagem em optar pela locação dos veículos, ao invés da aquisição de uma frota própria com possibilidade de venda futura. Vale lembrar que, no edital de licitação, foi usada a justificativa de que a locação em detrimento da compra seria a melhor alternativa devido à rapidez na manutenção, tendo em vista que, por se tratar de uma tecnologia nova, sem precedentes no Brasil, haveria a transferência de todo o serviço para o detentor da tecnologia.Frota elétricaO edital para contratação de 114 ônibus elétricos via locação previa o pagamento mensal de R$ 69.594,84 por ônibus, gerando um custo global do contrato, ao longo de 16 anos, de R$ 1.460.726.096,76. Segundo o documento, a opção é uma tendência mundial, “principalmente devido à rapidez no que tange ao processo de manutenção e reposição dos veículos”.-Imagem (Image_1.2447274)