Treze pessoas envolvidas na comercialização de ouro extraído ilegalmente de garimpos na Amazônia foram denunciadas. A denúncia ocorreu depois de investigação da Polícia Federal ter chegado ao grupo que retirava minérios do Mato Grosso e os enviava para a Itália. A investigação começou em Goiás depois que foram descobertos 110 quilos de ouro com notas fiscais falsas em uma aeronave no Aeroporto Santa Genoveva, em 2019.O Ministério Público Federal (MPF) informou que a denúncia das 13 pessoas constam os crimes: organização criminosa, receptação qualificada, extração/transporte/comercialização de ouro sem título minerário e sem licenciamento ambiental, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O esquema criminoso, só no ano de 2019, comercializou mais de 1,5 tonelada de ouro usurpado da União, cujo valor seria, de acordo com a cotação atual, superior R$ 440 milhões.O MPF informou que a organização criminosa usava uma empresa de fachada para comprar ouro ilícito, proveniente de garimpos ilegais no sul do Pará e no norte do Mato Grosso. O metal era adquirido de garimpeiros ilegais. Para camuflar a origem ilícita do ouro, a organização criminosa indicava que a lavra teria ocorrido na área do título minerário regular, localizado no município de Colniza (MT), pertencente à empresa New Stone Mineração Ltda, o que se provou falso.O MPF também informou que peritos foram ao local e confirmaram que lavra estava inativa. Posteriormente, o ouro era revendido para a empresa CHM do Brasil Metais Ltda, de propriedade e administração de dois italianos, que o exportava para a Itália como se fosse lícito.Leia também:- Procuradora do MPF-GO diz que pode acionar Justiça se PRF não retomar Comissões de Direitos Humanos- MPF dá dez dias para Telegram explicar como faz o combate de fake news no app