Uma operação da Polícia Civil cumpre 19 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em Goiás. Até o momento, 14 pessoas já foram presas e 37 mandados cumpridos. Segundo informações da polícia, o usuário fazia o pedido da droga por telefone ou aplicativo de mensagens e um entregador levava o entorpecente no local combinado. Durante a ação, a PC também apreendeu carros de luxo, motos aquáticas e outros bens avaliados em R$ 7 milhões.A Operação Haustórios foi deflagrada no dia 30 de novembro. No dia, 13 pessoas foram detidas em Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A investigação teve início em novembro de 2021 a partir de uma denúncia anônima. Desde o começo, o alvo principal era um suposto esquema criminoso voltado para o tráfico de drogas, na modalidade disque-drogas, conhecida como sistema delivery, ou seja, onde o usuário entra em contato com a central de vendas via telefone ou WhatsApp e recebe a droga no local desejado via entregador.Segundo o delegado Fabrício Flávio, os mandados foram cumpridos em Goiás e no Pará, onde o suposto líder do esquema morava. No mesmo Estado, o investigado abriu empresas no shopping da cidade e outra próxima ao centro, tentando dar legalidade ao que arrecadava do tráfico. “O suposto líder do esquema, identificado como Cristiano, foi detido em uma casa de luxo onde morava, em Santarém. Ele se mudou para o Pará para fugir de uma facção criminosa que o ameaçava de morte aqui em Goiás, tendo, inclusive, sofrido tentativas de homicídio”, disse o delegado. Até a última atualização desta reportagem, o POPULAR não havia obtido contato com as defesas dos suspeitos para que se posicionem.No estado paraense, o suspeito teria aberto pelo menos duas empresas, inclusive uma no shopping com o objetivo de dar “legalidade” aos valores que ele arrecadava com o tráfico de drogas.Leia também: - Motorista é preso com cocaína dentro de caminhonete, em Corumbá de Goiás- Polícia Federal deflagra operação em Goiás contra tráfico internacional de drogas- PM condenado por homicídio em Goiânia consegue cargo de voltaDe acordo com as investigações, o grupo operava um grande laboratório de drogas, localizado no Setor Bueno, em Goiânia. Durante a operação, foram apreendidos mais de mil envelopes, com cocaína embalada, além de 9 kg de cocaína refinada e mais 12 kg de insumo. Outras apreensões, feitas em Goiás e no Pará, incluem 25 carros, duas motos aquáticas, 30 celulares, cinco armas de fogo e mais de R$ 300 mil em espécie. A polícia disse que, além de Cristiano, outros suspeitos, entre presos e foragidos, também se beneficiavam do crime, abrindo lojas de compra e venda de veículos usados para lavar dinheiro.O delegado disse que eles devem responder por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo ele, as penas totais, se aplicadas no máximo, podem chegar a 33 anos de reclusão.