Ômicron contaminará 50% da população de Goiás até fevereiro, diz secretárioA metade da população de Goiás deve ser contaminada pela variante ômicron do coronavírus (Sars-CoV-2) dentro das próximas três semanas. A estimativa é do secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino. Considerando a evolução da doença no último mês, Alexandrino diz que a contaminação em massa não deve ser acompanhada por aumento de óbitos.A avaliação do secretário leva em consideração o salto da taxa de positividade entre os testes realizados, que saiu de 6% em novembro para 28% nesta semana. Além da predominância da ômicron, que também nesta semana chegou a 100% no levantamento genético feito pelo estado. “Isso nos sugere que teremos pelo menos metade da população contaminada até meados da primeira quinzena de fevereiro”, aponta Alexandrino.Ano começa com queda nas vendas em GoiâniaEste ano não começou bem para boa parte do comércio lojista da capital. A reclamação generalizada é de que as vendas estão bem abaixo do registrado em janeiro de 2021 e que estão ocorrendo até demissões, ao invés da efetivação de temporários contratados para o último fim de ano. Entre os motivos, estão a pressão da inflação sobre os orçamentos, que reduziu o poder de compra e obrigou as famílias a cortar supérfluos, e o alto índice de contaminação pela variante ômicron, que tem feito muita gente voltar ao isolamento.O comércio atacadista da Região da 44 é um dos mais afetados. O proprietário da Rogério Calçados, Paulo Rogério Silva, que está na região há 13 anos, reclama que as vendas começaram o ano com queda de até 70% em relação ao mesmo período de 2021. “Está assustador. Não vendi nem metade das primeiras semanas de janeiro do ano passado e tive até que dispensar um funcionário”, conta. Segundo ele, em dezembro já houve uma queda de até 40% sobre o mês anterior. “Acho que as pessoas estão sem dinheiro, com medo de gastar, tem muita gente viajando ou em casa com Covid ou gripe. As chuvas também atrapalharam”, acredita.Caiado quer manter ICMS congelado em ano eleitoralO governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), assumiu um novo discurso, nesta quinta-feira (20), ao anunciar que está trabalhando pela continuidade do congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis. Em outubro, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou o congelamento do valor do imposto sobre os combustíveis por 90 dias, com prazo que se encerra no dia 31 de janeiro.O congelamento foi definido em outubro em uma tentativa dos governadores mostrarem que o preço do imposto estadual não influencia no valor final dos combustíveis. Esse é um debate político que se travou no país, provocando enfrentamentos entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e chefes dos executivos estaduais. Em Goiás, os altos preços da gasolina foram apropriados pelo debate político local e acabaram se tornando munição nas mãos de adversários de Caiado.