Como faz todos os anos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já deu início à mobilização nacional para a campanha Dezembro Laranja, uma iniciativa para chamar a atenção para o perigo do câncer de pele, o tipo mais comum da doença no Brasil, atingindo a cada ano 180 mil pessoas no país. Em Goiânia, no sábado, 7 de dezembro, a SBD Goiás fará das 9 às 15 horas uma grande ação no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), com atendimento gratuito da população para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele.Em Goiás, além do HC-UFG, que fica na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário, médicos voluntários vão atender também em Porangatu, na Unidade de Saúde Maringá - Rua Coronel Antônio Martins, n° 33, Setor Nossa Senhora da Piedade. Em 2018, 459 pacientes foram atendidos em Goiânia e 183, em Porangatu, tendo sido diagnosticados, respectivamente, 78 e 29 casos de câncer de pele, pacientes que foram encaminhados para tratamento. A SBD estima que 30 mil pessoas serão atendidas em todo o país neste sábado por 4 mil dermatologistas e voluntários.&nbsp;A campanha, realizada há 21 anos e desde 2014 batizada de <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/ludovica/comportamento/dezembro-laranja-aproveite-o-ver%C3%A3o-sem-descuidar-da-sa%C3%BAde-1.1687283" target="_blank">Dezembro Laranja, é realizada no mês que antecede as férias de ver</a>ão quando, normalmente, muitas famílias viajam para praias ou outros locais ensolarados. A SBD lembra que a exposição prolongada ao sol, das 10 às 16 horas, é a medida mais importante para prevenir o câncer de pele, além do uso de filtro solar, chapéu de abas largas, óculos escuros e roupas mais fechadas. Quando diagnosticada no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.&nbsp;&nbsp;O Instituto Nacional do Câncer (Inca) considera alarmantes os 180 mil casos novos de câncer de pele diagnosticados anualmente no Brasil. Isso significa que 1 em cada 4 casos novos de câncer no país, é de pele. Ou seja, 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele.&nbsp;Para o biênio 2018/2019, a estimativa é de 165.580 mil novos casos de câncer de pele não melanoma. Um dado novo desse período é que, em relação à última estimativa do Inca (2016/2017), a doença acometerá mais homens (85.170 mil) do que mulheres (80.410 mil). Outra notícia é sobre a estimativa de novas ocorrências de câncer da pele não melanoma ter diminuído em 10 mil casos de um biênio para o outro.

Ação gratuita para prevenir câncer de pele será realizada em Goiânia

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Um pequeno caroço na nuca. A doença começou de uma forma tão sutil e silenciosa que o advogado Rafael Rahif, de 60 anos, levou cerca de três meses até procurar ajuda médica. “Parecia algo comum, mas passei a sentir dor e começou a coçar. Foi quando despertou em mim o sinal de alerta. Fui ao dermatologista e ele pediu um exame que constatou o câncer”, conta. O caroço era, na verdade, um carcinoma basocelular de pele, um dos mais frequentes dentre os tipos de câncer de pele.O diagnóstico precoce foi fundamental para que hoje o advogado estivesse bem de saúde. “Reforcei os cuidados, com o uso de protetor solar, e tenho feito acompanhamento médico periódico”, conta. Com cerca de 180 mil novos casos ao ano no Brasil, o câncer de pele é considerado pelos especialistas como uma doença silenciosa. Normalmente não causa dor, nem sintomas e para ser descoberto é necessário o olhar atento de um profissional.Voltada para a orientação sobre a importância da prevenção da doença, a campanha Dezembro Laranja é realizada há oitos anos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura”, explica o dermatologista Eduardo Miranda Álvares, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás.A entidade médica sugere que as pessoas aliem nesse verão a prevenção ao coronavírus com a proteção contra o câncer de pele. A mensagem da campanha é Adicione Mais Fator de Proteção ao Seu Verão. Não é à toa que a campanha é no mês que marca o início do verão. “Os cuidados devem ser redobrados em ambientes com muita exposição solar como praias e clubes. Os protetores devem ser reaplicados a cada duas ou três horas. É importante usar chapéu e óculos de sol para proteger couro cabeludo, orelhas e olhos, regiões muitas vezes negligenciadas nos momentos de lazer”, ensina a dermatologista Gislaine Sales Gomes Lara.Diretamente ligada à exposição solar, a doença é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no País. “Há dois tipos básicos de câncer de pele, o não melanoma, que origina da camada superficial da pele, e o melanoma, que tem origem nos melanócitos, células que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele. O não melanoma representa 95% do total dos casos de câncer de pele”, explica a dermatologista Julyanna do Valle. A profissional explica que a radiação ultravioleta do sol, que penetra na pele, tem efeito cumulativo.Os raios UV danificam o DNA de células ocasionando lesões cancerígenas. “Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos e aquelas que possuem histórico de câncer de pele na família estão mais sujeitas a desenvolver a doença. Assim como quem também se expôs muito ao sol ao longo da vida”, ressalta. A lesão maligna de pele geralmente é rósea, avermelhada ou escura, e apresenta crescimento lento, mas progressivo.O câncer de pele também pode ter o aspecto de ferida que não cicatriza, ou de pintas que crescem devagar, mas que coçam, sangram ou apresentam alterações de cor, consistência e tamanho. Outras características importantes dessas lesões, segundo os especialistas, são a assimetria e as bordas irregulares. “Todos os tipos de câncer de pele devem ser tratados. A escolha do tratamento vai depender do tipo e da extensão da doença. O mais comum é a cirurgia excisional, que consiste na remoção do tumor com um bisturi e possui altos índices de cura”, explica a dermatologista Ludmila Miranda.Tumores menores também podem, segundo a médica, ser tratados com métodos que destroem o tumor, como a eletrodissecção, que promove a raspagem da lesão com uma cureta, enquanto um bisturi eletrônico destrói as células cancerígenas. Para não deixar vestígios de células tumorais, repete-se o procedimento algumas vezes. “Outras modalidades como radioterapia, quimioterapia e imunoterapia são necessárias em casos de tumores mais agressivos”, destaca Ludmila.Casos na família&nbsp; Familiares de pacientes diagnosticados com câncer de pele devem se submeter a exames preventivos regularmente. O alerta é da médica oncologista Danielle Laperche. "A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma, mas também pode influenciar nos casos de carcinomas de pele. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau. Após avaliação de cada caso, pode ser indicada a pesquisa genética de mutações em genes de alta penetrância que podem estar envolvidos", explica.O tratamento do melanoma quando realizado prematuramente obtém taxas de cura muito altas. Nesse momento, o tratamento é basicamente cirúrgico, devendo o dermatologista ou cirurgião oncológico respeitar os protocolos vigentes, que determinam as margens cirúrgicas do tumor. “Já para melanoma metastático, para o qual até há alguns anos somente era oferecido cuidados paliativos, com a chegada da imunoterapia e da terapia-alvo, atualmente há novas drogas que vêm alcançando altas taxas de sucesso”, explica Danielle.De toda forma, o diagnóstico tardio dificulta o tratamento, pois a ressecção da lesão tumoral se torna mais desafiadora pela invasão de outras estruturas próximas e isso diminui as chances de cura. Existe também o risco de disseminação do câncer para outros órgãos, principalmente no melanoma que tem, segundo a especialista, alta possibilidade de provocar metástase. Estar atento aos sinais na pele e procurar ajuda médica é fundamental. A identificação do câncer de pele normalmente é feito pelo dermatologista ou cirurgião, por meio de exame clínico.&nbsp;Regra do ABCDEA Regra do ABCDE pode auxiliar na identificação de lesões suspeitas de serem câncer de pele:• Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;• Bordas irregulares: contorno mal definido;• Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);• Diâmetro: maior que 6 milímetros;• Evolução: mudanças de tamanho, forma ou cor.Obs: Importante salientar que essa regra auxilia na identificação de sinais suspeitos, mas não substitui a consulta e avaliação médica.

Câncer de pele exige atenção redobrada de médicos e pacientes

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O deputado federal José Nelto (Podemos) passou por uma cirurgia no sábado (21) para retirar uma mancha no rosto. O objetivo foi evitar que um câncer de pele se desenvolvesse. Recuperado, o parlamentar diz que a retirada o curou da doença, mas que já é a segunda vez que ele precisa fazer esse tipo de procedimento.Segundo o deputado, que está em casa, foi um procedimento simples, realizado pelos médicos Luiz Fernando Fleury e Fernanda Fayad em Brasília. No mesmo dia ele recebeu alta e agora deve se proteger do sol até o dia 2 de setembro.Nelto conta ainda que os médicos explicaram que como era uma mancha localizada, apenas a cirurgia de retirada já era suficiente para resolver. "É a segunda que eu tiro, a outra também tinha sido no rosto", diz o deputado, que não vai precisar usar medicamentos.O parlamentar diz que continua trabalhando, remotamente, para se resguardar do sol. "Mas eu até posso sair de casa, só preciso me proteger. Então eu posso ir ao meu escritório, por exemplo, à Câmara dos Deputados, só não posso pegar sol no rosto", diz.&nbsp;Na manhã desta terça-feira (24), o governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que o deputado havia passado por uma "cirurgia extensa, em plano profundo".

José Nelto faz cirurgia para evitar o desenvolvimento de um câncer de pele

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A estudante Ricelly Pires Vieira, de 24 anos, viu seu pai Vicente Donanete Batista, de 60 anos, trabalhar em Bela Vista de Goiás como carteiro desde que nasceu. Também conhecido como Vicente dos Correios, durante 33 anos seguiu a rotina de entregar cartas de segunda a sexta-feira exposto ao sol. “Ao longo desse tempo, ele desenvolveu várias manchas solares e pintas por todo o corpo, principalmente no braço. Após vários pedidos meus, ele começou a ter acompanhamento dermatológico e descobriu que possui uma queratose actínica no rosto devido à exposição solar”, conta.A lesão é uma neoplasia benigna da pele, mas que pode tornar-se maligna e, por isso, é preciso acompanhamento e cuidados frequentes. “A família não possui histórico de câncer de pele, mas somos bastante cuidadosos. Todos da casa usam protetor solar e fazem acompanhamento dermatológico periodicamente”, revela a estudante. “Os autoexames na pele são extremamente importantes. Quando possível, tente conhecer suas pintas e sinais e, assim, identificar alguma alteração com mais facilidade”, orienta a dermatologista Marília Prego Guimarães, voluntária da campanha Dezembro Laranja.“Se você tem uma pinta que aumentou de tamanho, alterou a aparência, formato ou cor; se quando divide a pinta ao meio, os dois lados são diferentes, cores heterogêneas, borda irregular ou relevo; uma lesão que não cicatriza, coça, arde, descama ou sangra, você possui sinal de alerta para câncer de pele e precisa consultar o dermatologista o quanto antes”, frisa. As pessoas mais propensas ao câncer de pele são as que possuem pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; pessoas com muitas pintas pelo corpo e pacientes idosos imunossuprimidos ou transplantados.A dermatologista explica que o câncer de pele é causado pelo crescimento anormal das células que compõem as camadas desse órgão, causado por uma alteração no DNA celular. “Essa mutação pode acontecer se você tiver um acúmulo muito grande de radiação UV na sua pele. Quando bem utilizados, os filtros solares evitam as queimaduras que podem levar ao surgimento de alguns tipos de melanoma, o câncer de pele de pior prognóstico”, comenta. “O filtro solar é eficaz em prevenir os danos cutâneos causados pela radiação UVB, tanto agudos, como queimaduras solares, quanto crônicos, como manchas, fotoenvelhecimento e o próprio câncer de pele.”Mesmo que o rosto seja o mais lembrado, é preciso lembrar de aplicar o protetor em todas as áreas expostas. “Filtro solar deve ser usado e reaplicado ao longo do dia em todas as áreas expostas do corpo, incluindo áreas esquecidas, próximas ao olho, orelhas, mãos e nuca”, diz. É importante que o uso do protetor solar seja feito não só em momentos de atividades ao ar livre e em dias quentes e ensolarados. “Mesmo em dias nublados, a radiação ultravioleta A está presente o tempo todo. É preciso fazer a proteção contra essa radiação, não só contra ultravioleta B, presente em menor intensidade nos dias nublados”, explica.Sobre a quantidade ideal, Marília traz as recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia: uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça; uma colher de chá para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás; uma colher de chá para cada braço e uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna. “A aplicação deve ser generosa e uniforme em todo o corpo, incluindo mãos, pés e orelhas”, diz. E qual o filtro ideal? “O filtro ideal é o que você aplica pela manhã e lembra de reaplicar durante o dia.”&nbsp;Pilares da prevenção do câncer de peleProcurar uma sombraUma forma de limitar a exposição à radiação ultravioleta é evitar a exposição prolongada diretamente à luz solar, especialmente entre as 10 e 16 horas, quando a luz UV é mais intensa.Roupas especiaisUsar roupas de mangas longas, especiais com proteção UV, principalmente quem faz atividades ao ar livre.Chapéu e óculosChapéus e bonés com abas largas ajudam a proteger as áreas expostas ao sol. Usar óculos de sol.Protetor solarAqui, incluindo protetores labiais e fator de proteção de, no mínimo, 30. É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, após muita transpiração, exposição solar prolongada ou após sair da água.AutoexamePrestar atenção em pintas irregulares.Consulta de rotinaO dermatologista está na linha de frente na prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento do problema. Procure esse profissional caso tenha outras dúvidas.<div attr-cid="policy:Image_1.2163558" attr-version="policy:Image_1.2163558" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.2163558" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.2163558', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.2163558">Imagem (Image_1.2163558)</a></div>

Use filtro solar e previna-se do câncer de pele

Antônio Filho Damião Silva, de 36 anos, observou o surgimento de uma pinta escura na parte interna do seu pé esquerdo. No primeiro momento, não deu muita importância; com o passar do tempo, o sinal foi aumentando de tamanho, ficando dolorido e coçando. “Depois de cerca de oito meses, esses sintomas começaram a ficar incômodos. Quando completou um ano, procurei um médico e ele passou um antibiótico. Quando comecei a tomar o medicamento, a pinta aumentou de tamanho muito rápido e ficou mais dolorida”, lembra.Ao ser encaminhado à dermatologista, a biópsia apontou o diagnóstico de melanoma. “Foi uma notícia difícil e impactante, mas logo comecei o tratamento. Fiz uma cirurgia para retirada e, um mês e pouco depois, passei por mais duas para ampliação da borda e retirada de linfonodos na virilha, que já estavam bem grandes”, conta. Atualmente, Antônio ainda está fazendo quimioterapia e dando início à radioterapia. “Apesar de o carcinoma escamoso e o carcinoma basocelular terem uma chance de progressão local e de deixar alguma sequela caso sejam diagnosticados tardiamente, eles têm um baixo potencial de produzir metástase. O melanoma é uma doença que, quando se desenvolve, tem uma progressão mais rápida e o risco bem aumentado de se disseminar para outros órgãos”, explica a oncologista Danielle Laperche. Por isso, ressalta-se a importância do diagnóstico precoce para tratar a doença antes do surgimento dessas lesões. “Quando temos as metástases, o tratamento da doença é bem mais complexo”, comenta.