Atualizada às 15h52minComeçou na manhã desta terça-feira (17), no Fórum Cível Dr. Heitor Moraes Fleury, o julgamento de Pedro Henrique Martins Soares, acusado de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, no escritório onde eles trabalhavam, no setor Aeroporto, em Goiânia, no dia 28 de outubro de 2020A sessão é presidida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida.De acordo com as investigações, o fazendeiro Nei Castelli contratou Pedro Henrique para matar os advogados após eles terem êxito em um processo de reintegração de posse de uma fazenda da família Castelli.A propriedade rural, que fica na região de São Domingos, Nordeste de Goiás, foi avaliada em R$ 46,7 milhões. A investigação apontou que o fazendeiro chegou até Pedro Henrique por meio do empresário Cosme Lompa Tavares, acusado de ser o intermediário do crime.Outra pessoa acusada de envolvimento no duplo homicídio é Hélica Ribeiro Gomes, namorada do acusado de ser executor. Apesar de ser ré, ela foi ouvida nesta terça-feira durante o julgamento de Pedro como testemunha.Ela saberia do crime e teria dado abrigo ao namorado fugitivo. Além disso, ela teria realizado a coleta de R$ 5 mil, a pedido de Pedro Henrique, com o empresário Cosme Lompa Tavares. O dinheiro seria utilizado para ajudar na defesa de Pedro.Marcus Aprigio era filho do ex-presidente do TJ-GO, Leobino Valente Chaves, e Frank Alessandro, filho do delegado aposentado Francisco de Assis. Segundo as investigações, o agricultor pagaria R$ 100 mil para os contratados para cometerem o crime caso eles saíssem impunes e R$ 500 mil se fossem presos. Leia também:- STF nega soltura de agricultor apontado como mandante das mortes de advogados, em Goiânia- Suspeitos estudaram rotina de advogados assassinados em Goiânia-Imagem (1.2457205)