Nesta terça-feira (21), o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Islane Pereira Saraiva Xavier, de 20 anos. A jovem é acusada de tentativa de homicídio, ao atear fogo numa colega de 17, no dia 31 de março deste ano, no interior de uma escola no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. Islane continua presa e por determinação do magistrado será submetida à perícia para averiguar possível insanidade mental. Em sua decisão, o juiz Jesseir de Alcântara disse que a soltura não se justificava porque no dia do crime a jovem não esboçou reação diante da colega com o corpo em chamas. As duas jovens não eram amigas e não tinham nenhum tipo de convivência. Pelos autos, a agressão se deu porque Islaine suspeitou que M. estaria por trás de comentários sobre seu bronzeamento.M. teve quase 50% do corpo atingido pelo fogo provocado por um líquido inflamável e um isqueiro acionados por Islaine. Ela estava na fila da lanchonete quando tudo aconteceu. Levada para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), M. ficou internada na UTI por mais de dois meses, passou por cirurgias, raspagens e transfusões de sangue. Segundo seu pai, Marcelo Areco, M. recebeu alta há pouco mais de um mês e continua em tratamento, fazendo curativos em dias alternados, além de fisioterapia. A adolescente sofreu uma trombose na UTI e precisou ser assistida por um hematologista. O pai explicou ao POPULAR que o tronco, as pernas e o braço direito já foram liberados, mas ela segue usando malhas de proteção e que vai passar por acompanhamento psicológico. Marcelo Areco se mostrou cuidadoso ao comentar a decisão judicial desta quinta-feira (21), mas ressaltou que já esperava pela alegação de insanidade mental, um argumento que vem sendo utilizado com o objetivo de amenizar prováveis condenações.Leia também: Pai de adolescente queimada por colega tenta entender o que aconteceuEstudante acusada de jogar fogo em colega de escola tem liberdade negada pela Justiça