-Imagem (1.2003336)Atualizado às 19h53A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) anunciou, nesta quarta-feira (29), que unidades de saúde particulares reduzirão a capacidade de internação a partir de 1º de maio. De acordo com o presidente da entidade, Haikal Helou, as medidas adotadas visam reduzir o impacto da crise causada pela alta taxa de ociosidade existente atualmente em decorrência da redução dos atendimentos eletivos. Entre as mudanças, estarão o fechamento de leitos, a suspensão de atendimentos em prontos-socorros e “outras ações necessárias para assegurar a sobrevivência da rede hospitalar privada de alta complexidade”, segundo a Ahpaceg, que representa hospitais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.Em nota, a entidade diz que esses hospitais estão funcionando com equipes e estoques plenos, mas cerca de 60 a 70% dos leitos ociosos, o que acarreta em queda no faturamento. O problema, continua a entidade, foi alertado há pouco mais de um mês a operadoras de planos de saúde e ao governo e nenhum apoio teria sido obtido para enfrentar a questão durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).“Os hospitais estão sendo obrigados a reduzir o atendimento para garantir seu equilíbrio econômico-financeiro e, acima de tudo, preservar a qualidade e a segurança dos serviços prestados”, diz o texto.Ainda de acordo com Helou, que se pronunciou em vídeo, as ações não são uma forma de pressionar os órgãos envolvidos. “Até esse momento, todo o custo de funcionamento nesse isolamento social, com a queda imensa na nossa capacidade de atendimento, foi nosso. Nós não conseguimos mais bancar isso”, afirma ele. “Isso não é, de forma nenhuma, uma ameaça ou uma tentativa de pressionar. É uma obrigação social de informarmos à nossa clientela de que não conseguimos mais segurar esse bastão.”Procurada na noite desta quarta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) não respondeu às questões feitas pela reportagem, referentes à solicitação de apoio pela Ahpaceg, à resposta ao pedido e a possíveis medidas adotadas diante da mudança no funcionamento dos hospitais privados. A pasta disse apenas que o decreto estadual publicado em 19 de abril "permite o funcionamento de todas as unidades de saúde privadas, exceto as de cunho exclusivamente estético".