Atualizada às 11h54.Um grupo de alunos do 10º período do curso de direito e alguns professores Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia, entram com uma ação na Justiça contra a Google Brasil Internet Ltda. Os universitários alegam que ao usar o Google para pesquisar o significado de professora na segunda opção, como brasileirismo, aparece “prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual”.Na manhã desta quarta-feira (23), a reportagem do POPULAR fez a pesquisa e o resultado que apareceu foi o mesmo. No entanto, quando a busca é realizada usando a palavra no masculino, a resposta que aparece é pessoa que ensina ciência, arte, técnica ou outros conhecimentos.O professor da disciplina Prática Jurídica quatro, Clodoaldo Moreira, explicou que, na tarde desta terça-feira (22), na sala dos professores da PUC-GO algumas docentes comentaram sobre a situação e se mostraram chocadas e indignadas.Ao entrar na sala do 10º período e comentar o assunto, os universitários resolveram montar a petição e encaminhá-la à Justiça. “O poder judiciário é quem deve determinar que o Google retire essa informação depreciativa as professoras do brasil, por que a mesma fere a dignidade humana”, ressaltou o educador.Na ação, os alunos alegam que o fato causou preocupação e a viralização das imagens referentes ao significado do termo “professora” na barra de buscas do Google, já começou a ser motivo de piadas, chacotas e ataques pessoais em redes sociais. Os universitários alegam ainda que tal fato fere a imagem da mulher e é um verdadeiro retrocesso cultural.Um dos advogados do grupo, Lucas Ferreira Pires Bueno, explicou que isto acontece com várias palavras, mas este processo focou no significado da palavra professora. Na ação, os alunos pedem a suspensão do segundo resultado deste item de pesquisa. “Os alunos manifestaram indignação. A inteligência artificial tem que ser melhor desenvolvida”, pontuou.A reportagem entrou em contato com a PUC-GO e a assessoria informou que a unidade está de recesso. Até a publicação desta a reportagem não conseguiu contato com a Google.