A Universidade Federal de Goiás (UFG) abriu, nesta quarta-feira (9), as portas da nova sede do Hospital das Clínicas (HC) para a imprensa em Goiás. O local, que já está realizando atendimento de pacientes com Covid-19 em enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), agora se prepara para exercer sua capacidade total com 600 leitos e possibilidade de até 140 cirurgias de média complexidade por dia. A estimativa é que em até dois anos o local possa operar em capacidade máxima. Isso porque, esta contratação depende da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) em parceria com o Ministério da Educação (MEC). As obras tiveram início há 18 anos e em agosto passado começou os atendimentos de casos de Covid-19. Inicialmente foram disponibilizados 30 leitos de UTI e o mesmo número de vagas na enfermaria para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2. O atendimento só foi possível, entretanto, porque foi fechada uma parceria entre Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, UFG e EBSERH. O contrato segue até 31 de dezembro, mas o reitor da universidade garante que mesmo sem renovação os pacientes serão absorvidos pela unidade. “Como foi uma obra que não havia recursos nem por parte do Ministério da Educação (MEC), nem do Ministério da Saúde (MS), a alternativa que a universidade encontrou, foi sensibilizar os nossos parlamentares. Demorou porque essas emendas não eram impositivas, então o governo não era obrigado a pagar. Quando passaram a ser impositivas, a obra foi finalizada”, completa o reitor da UFG, Edward Madureira. Ele pontua ainda que a relevância da unidade de saúde é nacional, tendo em vista que é um hospital de alta complexidade. Há uma possibilidade de criação de uma unidade de transplante multivisceral, que seria a primeira do país e está em fase de negociação com o Ministério da Saúde. Além de dobrar a capacidade de atendimento, também foi destacada a formação de profissionais de saúde de todas as instituições e especialidades. Isso porque, como hospital escola também possui como função ensino e pesquisa. “Será um dos maiores hospitais escolas do país. Ligado a uma universidade federal, talvez seja o maior. Agora, sem falsa modéstia, acho que não tem em outro local do país com as instalações modernas, equipamentos e pessoal como teremos hoje”, finalizou Edward. ReferênciaO HC-UFG possui vários serviços que transformaram a unidade em referência não só para o Estado, mas para o Centro-Oeste. Entre os principais está o Núcleo de Neurociências com atendimentos de epilepsia, Parkinson, esclerose múltipla, tratamentos de coluna, ambulatórios de doenças neuromusculares, demências e transtornos de humor.Já o Centro Avançado de Diagnóstico da Mama (CORA) realiza atendimento ambulatorial e desenvolve projetos em pesquisa acadêmica e clínica relacionados às enfermidades da mama; prevenção primária e rastreamento do câncer de mama; tratamentos oncológico e cirúrgico e reabilitação. Entre os diferenciais estão a realização da mamotomia, da tomossíntese de mama, da mamografia contrastada (com sala sensorial) e ultrassonografia automatizada (ultrassom de mama 3D). Os exames são menos invasivos, mais específicos que os tradicionais ou indicados para casos de alto risco.A unidade conta também com um Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), Núcleo de Estudos da Doença de Chagas, maternidade de alto risco e trata de medicina cardiovascular avançada.-Imagem (1.2163845)