Após decisão judicial deste domingo (19), que suspendeu a tramitação do projeto que revisa o Plano Diretor de Goiânia, a Câmara de Vereadores convocou nesta segunda-feira (20) nova audiência pública. A reunião, presencial e remota, será realizada às 9 horas do dia 4 de janeiro de 2022, no Plenário Trajano Guimarães. Antes da intervenção do Judiciário, a intenção era de que o documento fosse votado pela Comissão Mista da Casa nesta segunda-feira (20) e fosse para o plenário até o dia 24 de dezembro.Como mostrou O POPULAR, a determinação da juíza plantonista Patrícia Machado Carrijo ocorreu em consequência de uma ação promovida pelo vereador Mauro Rubem (PT) e sob o argumento de irregularidade da audiência pública realizada no último dia 10, que não respeitou os 15 dias de publicidade do evento, conforme determina o Estatuto das Cidades e Resolução Concidades nº 25/2005. A Câmara Municipal recorreu da decisão, por meio de um agravo de instrumento, ainda na noite de domingo (19), mas o recurso foi negado pelo juiz plantonista Silvânio Divino de Alvarenga.O procurador da Câmara, Kowalsky Ribeiro, afirma que a decisão pegou de surpresa a Casa, visto que a argumentação do vereador foi em relação à falta de transparência das emendas, apesar de que ainda não havia qualquer emenda apresentada.A convocação da audiência pública para 4 de janeiro foi publicada em Suplemento do Diário Oficial do Município. A Comissão Mista, na qual o PLC do Plano Diretor está em apreciação, vai definir novo cronograma de votação da matéria.Juíza havia negado pedido de promotoraA juíza Patrícia Carrigo havia negado na última sexta-feira (17) um pedido da promotora Alice de Almeida Freire, da 7ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), para suspender a tramitação do Plano Diretor da capital. Segundo determinação da magistrada, não cabe ao MP-GO questionar previamente uma possível inconstitucionalidade do projeto. A ação dos promotores se daria somente após a aprovação e sanção da lei. No documento do Ministério Público também é questionada a falta de tempo hábil para a participação popular.