Mais um investigado na 2ª fase da Operação Limpeza Geral, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no último dia 07, foi solto neste domingo (25). Depois de a Justiça decidir pela soltura de Werlan Moura na última sexta-feira (23), Fernando Antonio da Mata foi beneficiado em decisão do juiz plantonista Alvenir Passo de Oliveira e também responderá o processo em liberdade.Em contrapartida, o juiz determina que o investigado deverá cumprir algumas medidas cautelares, como: comparecer periodicamente em juízo para informar e justificar atividades, não manter contato com os demais investigados e não acessar ou frequentar as instalações de prédios públicos da Prefeitura de Pirenópolis e de outros municípios citados na investigação do MPGO, não ser para cuidar da própria saúde.Ele também não poderá se ausentar da cidade por mais de três dias sem autorização do juiz e deverá entregar o passaporte às autoridades. Na decisão, o magistrado levou em consideração as alegações do advogado de Fernando da Mata, que, afirmou que a decisão que decretou a prisão do investigado foi baseada em prints de supostas conversas sobre procedimentos licitatórios entre ele e Weder Alves de Oliveira, que supostamente evidenciaram a existência de provas de que ele estava envolvido na fraude das licitações. O advogado de Fernando da Mata, Lucas Marcelo de Oliveira, explicou que entrou com o pedido de habeas corpus alegando que o cliente é réu primário, possui trabalho e residência fixa e, ainda, tendo por base a decisão que soltou Werlan Moura, na última sexta-feira. Entenda a OperaçãoA operação acontece por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Foram ser cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao grupo.De acordo com o MPGO, além das fraudes, o grupo é suspeito de desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e outros crimes. Conforme divulgado pelo órgão, o grupo criou várias empresas em nomes de "laranjas" para simular concorrências em licitações.A investigação mostrou que, além das fraudes nas licitações, os membros do grupo, que têm envolvimento de agentes públicos, forjavam a contratação sem licitação das empresas para facilitar os desvios de recursos públicos, por serviços ou bens que não eram executados ou entregues.Leia também:- Dono de empresa de eventos é preso suspeito de integrar grupo investigado por fraudes em licitações- Filho de empresário investigado por esquema milionário de fraudes em shows comemora soltura do pai