Chegou a Goiânia na tarde desta quinta-feira (9) um lote com 11.200 doses da vacina Janssen que serão aplicadas como segunda dose. Ao todo, 27.178 pessoas tomaram o imunizante na Capital.princípio, a vacina foi aplicada como dose única, mas com a orientação do Ministério da Saúde (MS), agora haverá uma segunda. As doses estarão disponíveis em 18 pontos da capital, com atendimento das 8h às 17h.O secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, pede para que não haja correria aos postos. “É importante que esses moradores de Goiânia que vão tomar a segunda dose da Janssen entendam que não há necessidade de correria aos postos, pois temos a informação de que mais doses chegarão nos próximos dias. Podem ficar tranquilos, vamos vacinar todos”, diz.&nbsp; Locais de vacinação da Janssen:Distrito Campinas-Centro – Unidade de Saúde da Família (USF) Leste Universitário, Centro de Saúde (CS) Jardim e CS&nbsp; Negrão de LimaDistrito Sudoeste – Ciams Novo Horizonte, USF Condomínio das EsmeraldasDistrito Sul – Clube da Caixa e CS Parque AmazôniaDistrito Noroeste – USF Vila Mutirão; USF Boa Vista; USF Alto do ValeDistrito Oeste – USF São Francisco e USF Vera IIDistrito Leste – Upa Novo Mundo, Upa Dr Paulo Garcia de Siqueira, USF Recanto das Minas Gerais, CS Água BrancaDistrito Norte – CS Balneário e CS Guanabara

Aplicação da segunda dose da vacina Janssen começa nesta sexta (10), em Goiânia

Cidades

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Matéria - Cidades

WEBSTORIES - Goiânia terá 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês

<img attr-cid="policy:1.1995103" attr-version="policy:1.1995103:1711340052" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.1995103/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Vacina é a forma mais eficaz de evitar contaminação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Goiânia contará com um total de 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês, segundo a prefeitura. O objetivo da medida é&nbsp;descentralizar o serviço e facilitar o deslocamento das pessoas em busca dos imunizantes. Os locais começarão a funcionar neste sábado (5), das 8h às 17h (veja a lista com os endereços ao final da matéria).&nbsp;&nbsp;

As salas incluem os quatro pontos de vacinação que já funcionam aos sábados e domingos. Conforme a prefeitura, O Centro Municipal de Vacinação, localizado no Setor Pedro Ludovico, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jardim América e o Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) do Novo Horizonte e Urias Magalhães seguem com o atendimento normal durante os finais de semanas seguintes. Assim, no primeiro sábado de cada mês, a população goianiense terá mais 22 opções de locais.&nbsp;&nbsp;

<ul>
	<li>Veja no g1 Goiás:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/06/29/governo-de-goias-decreta-situacao-de-emergencia-e-sindrome-respiratoria-aguda-grave-diz-secretaria-de-saude.ghtml" target="_blank">Governo decreta situação de emergência por Síndrome Respiratória Aguda Grave, diz Secretaria de Saúde</a></li>
</ul>

Ao POPULAR, o secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, detalhou a importância da ampliação.

<cite>Muitas vezes aquela pessoa que trabalha das 8h às 17h durante a semana quer se vacinar, quer levar o seu filho para se imunizar e não consegue por falta de tempo. Então, a gente está oferecendo uma situação em que ela também consegue fazer isso durante o final de semana, quando não está trabalhando", explicou.</cite>

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<div attr-cid="policy:1.3284672" attr-version="policy:1.3284672:1751651159" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3284672" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3284672', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3284672">WEBSTORIES - Goiânia terá 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês (1.3284672)</a></div>

O secretário também revelou que a <a href="https://opopular.com.br/cidades/secretario-de-saude-diz-que-fake-news-atrapalham-vacinac-o-contra-gripe-em-goias-1.3282954" target="_self">cobertura vacinal contra a gripe</a> em Goiânia está atualmente em 42,9%. Além disso, Pellizzer fez uma alerta à população sobre as condições do tempo. "Período mais frio e mais seco com certeza influencia diretamente para o aumento das&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/aumento-nos-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-grave-e-ocupac-o-das-utis-levaram-a-decreto-de-emergencia-diz-governo-1.3282712" target="_self">infecções respiratórias</a> causadas por vírus", enfatizou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as salas ofertarão doses tanto da vacina contra Influenza quanto dos demais imunizantes que compõem o calendário vacinal. Para saber mais informações, a pessoa pode acessar o <a href="https://www.goiania.go.gov.br/" target="_blank">site da prefeitura</a> ou ligar no telefone (62) 3524-1500. &nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/reforco-da-vacina-para-bebes-contra-meningite-tera-protec-o-ampliada-em-goias-diz-governo-1.3283496" target="_self">Reforço da vacina para bebês contra meningite terá proteção ampliada em Goiás, diz governo</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/secretario-de-saude-diz-que-fake-news-atrapalham-vacinac-o-contra-gripe-em-goias-1.3282954" target="_self">Secretário de Saúde diz que fake news atrapalham vacinação contra gripe em Goiás</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/aumento-nos-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-grave-e-ocupac-o-das-utis-levaram-a-decreto-de-emergencia-diz-governo-1.3282712" target="_self">Aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e ocupação das UTIs levaram a decreto de emergência, diz governo</a></div>

<h4>Lista dos 26 postos de vacinação&nbsp;</h4>

Distrito Sanitário Norte

<ul>
	<li>CS Vila Clemente - Rua dos Tamoios Qd 06 Lt 03/04 Vila Clemente</li>
	<li>CSF Vale dos Sonhos - Rua Maria de Jesus S/Nº Qd 57 Lt 12 Residencial Vale dos Sonhos</li>
	<li>CSF São Judas Tadeu - Av Brasília Qd 30 S/Nº Setor São Judas Tadeu</li>
	<li>CIAMS Urias Magalhães - R. Guajajaras, S/N Urias</li>
</ul>

Distrito Sanitário Noroeste

<ul>
	<li>USF Estrela D’Alva - Rua 16 de Maio Qd 04 Lt 32 Setor Estrela Dalva</li>
	<li>USF Jardim Curitiba - Rua JC22 Área Verde Jardim Curitiba II</li>
	<li>USF Novo Planalto - Rua VM 3E Qd 95 APM Setor Novo Planalto</li>
	<li>USF Jardim Primavera - Rua CP38 Qd 47 Lt 01/03 Jardim Primavera</li>
</ul>

Distrito Sanitário Oeste

<ul>
	<li>CSF São Francisco - Av das Palmeiras Qd 89 Lt 10 Bairro São Francisco</li>
	<li>CSF Parque Buritis - Rua Rosimira Marques S/Nº Parque dos Buritis</li>
	<li>CSF Buena Vista - Rua João Amoreles Qd APM II Lt Zero Residencial Buena Vista I</li>
	<li>CSF Jardim do Cerrado IV - Rua JC204 APM 03 Jardim do Cerrado VI</li>
</ul>

Distrito Sanitário Sudoeste

<ul>
	<li>CSF Condomínio das Esmeraldas - Rua 17 Qd 39 Lt 04 S/Nº Condomínio das Esmeraldas I</li>
	<li>CS Vila Boa - Avenida Barão do Rio Branco S/Nº Vila Boa</li>
	<li>CIAMS Novo Horizonte - Rua Engenheiro José Martins Filho Setor Novo Horizonte</li>
	<li>CS Vila Mauá - Avenida das Bandeiras Qd 35 Lt 11/12 Vila Mauá</li>
</ul>

Distrito Sanitário Leste

<ul>
	<li>UPA Novo Mundo - Avenida New York Qd 137 Jardim Novo Mundo</li>
	<li>UPA Chácara do Governador - Rua DF02 Lt 14 Chácara do Governador</li>
	<li>CAIS Amendoeiras - Avenida Francisco Ludovico de Almeida Qd 24 Setor Parque das Amendoeiras</li>
	<li>USF Dom Fernando - Rua 218 Qd 30 S/Nº Jardim Dom Fernando II</li>
</ul>

Distrito Sanitário Campinas Centro

<ul>
	<li>CS Crimeia Oeste - Avenida Goiás Norte Setor Criméia Oeste</li>
	<li>CSF Leste Universitário - Rua 218 Qd A2 Lote 10 Setor Leste Universitário</li>
	<li>CSF Santa Helena - Rua 21 Qd 01 Lt 22/23 Vila Paraíso</li>
</ul>

Distrito Sanitário Sul

<ul>
	<li>UPA Jardim América - Praça C-201 S/Nº Jardim América</li>
	<li>Centro Municipal de Vacinação (CMV) - Av Edmundo P. de Abreu S/N Setor Pedro Ludovico</li>
	<li>CS Parque Amazônia - Praça José Rodrigues de Morais Neto S/Nº Parque Amazônia</li>
</ul>

Goiânia terá 26 pontos de vacinação no primeiro sábado de cada mês, anuncia prefeitura

AMPLIAÇÃO

Vacina meningite

<div attr-cid="policy:1.3283501" attr-version="policy:1.3283501:1751454152" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3283501" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3283501', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3283501">Vacina meningite (1.3283501)</a></div>

O reforço da vacina contra a meningite para bebês terá proteção ampliada em Goiás, segundo o governo do estado. Antes, o esquema vacinal era realizado com uma dose da Meningocócica C aos 3 meses, outra aos 5 e um&nbsp;reforço aos 12. Agora, esse reforço será feito com a vacina ACWY, que protege contra mais sorogrupos da bactéria causadora da doença. A mudança foi anunciada em um vídeo da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e passou a valer a partir de 1º de julho (assista acima).&nbsp;&nbsp;

No vídeo, além de explicar a novidade, a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, também destacou a importância de proteger as crianças e adolescentes. “Se sua criança está com seu esquema atrasado, procure um posto de vacinação. Lembrando que essa vacina ‘ACWY’ também está disponível para adolescentes de 11 a 14 anos. A meningite é uma doença muito grave que pode levar a criança a sequelas, inclusive à morte”, enfatizou. &nbsp;

<ul>
	<li>Veja reportagem do g1 Goiás:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/06/30/aumento-de-mais-de-50percent-nos-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-grave-e-ocupacao-de-85percent-dos-leitos-de-uti-motivaram-decreto-de-emergencia-diz-governo.ghtml" target="_blank">Aumento de mais de 50% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e ocupação de 85% dos leitos de UTI motivaram decreto de emergência, diz governo</a></li>
</ul>

Conforme a secretaria, crianças que já completaram o esquema vacinal contra a meningite&nbsp;não precisam receber a ACWY. Por outro lado, aquelas que ainda não foram vacinadas aos 12 meses poderão receber a dose de reforço com a ACWY. A cobertura vacinal para crianças menores de 1 ano da vacina Meningocócica C em Goiás é de 85,61%, segundo dados colhidos até março de 2025.&nbsp;

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A SES-GO reforçou que a substituição da dose de reforço está de acordo com a Nota Técnica n.º 77/2025, que traz recomendações sobre esquemas vacinais. Em caso de dúvidas, a pessoa pode procurar o posto de vacinação mais próximo de sua residência. Outra opção é entrar em contato com a secretaria pelos telefones (62) 3201-3479 e 0800 643 3700.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/secretario-de-saude-diz-que-fake-news-atrapalham-vacinac-o-contra-gripe-em-goias-1.3282954" target="_self">Secretário de Saúde diz que fake news atrapalham vacinação contra gripe em Goiás</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-decreta-situac-o-de-emergencia-apos-alta-de-casos-de-sindrome-respiratoria-aguda-grave-diz-saude-1.3282518" target="_self">Goiás decreta situação de emergência após alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, diz Saúde</a>&nbsp; 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/faltou-tratamento-adequado-para-60-das-pessoas-que-morreram-por-dengue-em-goias-1.3231277" target="_self">Faltou tratamento adequado para 60% das pessoas que morreram por dengue em Goiás</a></div>

Meningite&nbsp;

Segundo a Saúde em Goiás, a meningite é uma doença que gera a inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos. As sequelas incluem perda auditiva, dificuldades motoras e problemas na fala, entre outras. Em casos extremos, a doença pode levar à morte. &nbsp;

Conforme a pasta, a transmissão da forma bacteriana acontece principalmente de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias. Além disso, existem casos&nbsp;que podem surgir após complicação de infecções, como sinusite ou otite não tratadas. &nbsp;

No ano de 2024, em Goiás, foram confirmados 290 casos de meningite e 50 óbitos. Neste ano, até o momento, ocorreram&nbsp;76 casos e 11 mortes. Os números foram divulgados pela SES-GO. A principal forma de prevenção contra a doença&nbsp;é a vacinação.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3283499" attr-version="policy:1.3283499:1751453579" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3283499/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-07-02T075256.491.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Criança sendo vacinada. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

&nbsp;

Reforço da vacina para bebês contra meningite terá proteção ampliada em Goiás, diz governo

SAÚDE

Conteúdo analisado:&nbsp;Post com vídeo&nbsp;em que uma mulher afirma ter sido encaminhada ao Conselho Tutelar em Santa Catarina após se recusar a vacinar seu bebê contra a covid-19. 
 
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Onde foi publicado: X.

Contextualizando:&nbsp;Uma postagem na qual uma mulher diz ter sido denunciada para o Conselho Tutelar de sua cidade após a recusa de vacinar seu bebê de um ano contra a covid-19 viralizou nas redes sociais, gerando dúvidas. O Comprova não conseguiu encontrar a autora da publicação, mas traz aqui informações sobre o que ocorre em casos semelhantes.

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/video-mostra-debate-sobre-ac-es-de-alexandre-de-moraes-n-o-de-condenac-o-do-ministro-nos-eua-1.3252906" target="_blank">Vídeo mostra debate sobre ações de Alexandre de Moraes, não de condenação do ministro nos EUA</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/estudo-sobre-eficacia-de-vacina-da-gripe-n-o-conclui-que-imunizante-aumenta-o-risco-da-doenca-1.3253355" target="_blank">Estudo sobre eficácia de vacina da gripe não conclui que imunizante aumenta o risco da doença</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/video-mostra-lula-em-feira-de-construc-o-civil-e-n-o-em-casa-de-mentira-do-minha-casa-minha-vida-1.3253685" target="_blank">Vídeo mostra Lula em feira de construção civil e não em "casa de mentira" do Minha Casa Minha Vida</a></div>

Em março deste ano,&nbsp;<a href="https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/2025/21032025-Pais-que-nao-vacinarem-filhos-contra-a-Covid-19-podem-ser-multados--decide-Terceira-Turma.aspx" target="_blank">o Superior Tribunal de Justiça decidiu</a>&nbsp;que pais e mães que se recusam a imunizar seus filhos contra a covid-19 estão sujeitos à multa, que pode variar entre três e 20 salários mínimos. O órgão considerou que a vacinação foi recomendada em todo o país a partir de 2022, e que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a obrigatoriedade da imunização, “desde que a vacina tenha sido incluída no Programa Nacional de Imunizações, ou que sua aplicação seja imposta por lei ou, ainda, determinada pelo poder público com base em consenso científico”.

A decisão segue também o<a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm" target="_blank">&nbsp;Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)</a>, que, em seu artigo 14, diz que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.

Ainda em 2020,&nbsp;<a href="https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=457462" target="_blank">o STF concluiu&nbsp;</a>que “o Estado pode impor aos cidadãos que recusem a vacinação as medidas restritivas previstas em lei (multa, impedimento de frequentar determinados lugares, fazer matrícula em escola), mas não pode fazer a imunização à força”. Na época, o ministro Kassio Nunes Marques disse que a liberdade de crença dos pais não pode ser imposta aos filhos quando se trata de protegê-los.

A história do post que deu origem a esta apuração teria ocorrido em Santa Catarina. Ao pesquisar no Google, o Comprova encontrou como resultado um&nbsp;caso anterior, semelhante, ocorrido em Brusque, no oeste do estado catarinense.

O Comprova contatou o Conselho Tutelar da cidade. O órgão&nbsp;afirmou&nbsp;que cerca de 70 famílias assinaram, após orientações e tentativa de conscientização, o Termo de Recusa Vacinal nas Unidades Básicas de Saúde da cidade desde janeiro de 2024 (quando a vacina se tornou obrigatória para crianças a partir de 6 meses).

O termo é enviado ao Conselho Tutelar, que pede que os responsáveis compareçam ao órgão, onde lhes são dadas mais informações e, “caso necessário, é aplicada uma advertência”. É dado um prazo para que eles vacinem o filho e, se continuarem se recusando, o caso é enviado ao Ministério Público.

”É importante salientar que a maioria dos genitores compreendem as orientações e vacinam seus filhos antes da comunicação ao MP”, afirmou o conselho de Brusque. Esse processo é feito em casos envolvendo qualquer uma das vacinas obrigatórias, não apenas a da covid-19.

O imunizante contra o novo coronavírus para crianças de seis meses a menores de 5 anos&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2024/01/vacina-contra-a-covid-entra-para-o-calendario-infantil-do-ministerio-da-saude.shtml" target="_blank">entrou no Programa Nacional de Imunizações (PNI)&nbsp;</a>em 1º de janeiro de 2024 – desde então, é obrigatório.&nbsp;<a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/covid-19/esquemas-vacinais/esquema-vacinal-covid-19" target="_blank">Segundo o Ministério da Saúde</a>, o bebê pode tomar o produto da Moderna, em duas doses, ou da Pfizer, em três. Como doenças evitadas com a vacina, o ministério inclui em seu site “as formas graves e complicações pela covid-19″.

Sobre os&nbsp;<a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2025/fevereiro/por-que-as-criancas-devem-se-vacinar-contra-a-covid-19" target="_blank">efeitos colaterais</a>, o Ministério da Saúde diz que eles “têm sido, em sua maioria, de leves a moderados e não duram mais do que alguns dias”. Segundo o órgão, entre os efeitos mais comuns estão dor no local da injeção, febre, fadiga, dor de cabeça, dor muscular, calafrios e diarreia.

A vacina contra a covid-19 tem sua segurança e eficácia reconhecidas por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos. Por lá, a vacinação não é obrigatória, mas&nbsp;<a href="https://www.cdc.gov/vaccines/covid-19/clinical-considerations/interim-considerations-us.html#:~:text=Groups%20recommended%20for%20vaccination,younger%20than%20age%206%20months." target="_blank">o FDA recomenda</a>&nbsp;que crianças a partir dos 6 meses a recebam.

No Brasil, entidades como a&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/pais-que-nao-vacinam-filhos-contra-covid-19-podem-ser-multados/" target="_blank">Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)</a>&nbsp;e a&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/pais-que-nao-vacinam-filhos-contra-covid-19-podem-ser-multados/" target="_blank">Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)&nbsp;</a>também defendem a vacinação de bebês.

Fontes consultadas: Ministério da Saúde, Anvisa, Conselho Tutelar de Brusque, OMS e reportagens sobre vacinas contra a covid.

Por que o Comprova contextualizou este assunto: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta nesse monitoramento um tema que está sendo descontextualizado, o Comprova coloca o assunto em contexto. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Para se aprofundar mais: Recentemente, a seção Comprova Explica mostrou&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-a-desinformacao-sobre-vacinas-distorce-dados-e-compromete-a-confianca-publica/" target="_blank">como a desinformação sobre vacinas distorce dados e compromete a confiança pública.</a> Ainda sobre conteúdos questionando os imunizantes contra o novo coronavírus, o projeto O projeto concluiu ser&nbsp;falso vídeo que usa história de criança sul-africana para alegar paralisia por causa da vacina no Brasil&nbsp;e que&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/pais-que-nao-vacinam-filhos-contra-covid-19-podem-ser-multados/" target="_blank">estudos mostram benefícios do produto, diferentemente do que afirma post</a>.

Pais que não vacinam filhos contra covid-19 podem ser multados

Matéria - genérica

Comprova 

Conteúdo investigado:&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/02/00-Conteudo-investigado-FALSO-Reportagem-revela.jpg" target="_blank">Vídeo</a>&nbsp;que mostra uma reportagem que aborda os supostos efeitos colaterais da vacina contra o papilomavírus humano (HPV), vírus causador do câncer de colo de útero.

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Onde foi publicado: X.

Conclusão do Comprova: Pesquisas apontam que os benefícios da vacinação contra o HPV superam os riscos causados por eventuais efeitos adversos, considerados raros. Um vídeo publicado no X mostra uma reportagem antiga sobre o caso de uma ação ajuizada em 2015 pelo Ministério Público Federal (MPF) de Uberlândia (MG), que pedia a suspensão do imunizante em todo o país. Em 2017, a Justiça&nbsp;<a href="https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/05/05/interna_gerais,867179/juiza-nega-pedido-de-medico-mineiro-e-mantem-vacinacao-contra-hpv.shtml" target="_blank">não acatou o pedido do MPF.</a>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://az.opopular.com.br/comprova/livro-sobre-documentos-da-pfizer-n-o-comprova-que-vacina-de-covid-tenha-causado-centenas-de-mortes-1.3234959" target="_blank">Livro sobre documentos da Pfizer não comprova que vacina de covid tenha causado centenas de mortes</a> 
<a href="https://az.opopular.com.br/comprova/n-o-ha-registros-de-que-agua-tenha-invadido-imoveis-entregues-por-lula-em-belem-1.3233553" target="_blank">Não há registros de que água tenha invadido imóveis entregues por Lula em Belém&nbsp;</a> 
<a href="https://az.opopular.com.br/comprova/video-mostra-replicas-usadas-em-airsoft-para-acusar-justica-de-devolver-armas-do-crime-organizado-1.3233196" target="_blank">Vídeo mostra réplicas usadas em airsoft para acusar Justiça de devolver armas do crime organizado</a> 
&nbsp;</div>

O assunto chegou ao MPF&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2015/12/mpf-de-uberlandia-pede-proibicao-da-vacina-contra-o-hpv-em-todo-pais.html" target="_blank">por meio de representação feita pela mãe de uma adolescente</a>&nbsp;que, após receber a vacina, desenvolveu problemas de saúde. A ação envolvia também outros jovens que, segundo um neurocirurgião ouvido pelo Ministério Público, relataram quadros clínicos neurológicos após receberem o medicamento.

Porém, no processo, a juíza Anna Cristina Gonçalves, da 14ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais, considerou que não havia provas científicas de que o imunizante teria causado efeitos colaterais nos adolescentes vacinados.

O caso repercutiu e gerou receio na população sobre a segurança do medicamento. Na época, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) repudiou a ação do Ministério Público Federal.&nbsp;<a href="https://sbim.org.br/images/files/posicionamento-sbim-frente-a-acao-do-mpf-18.12.15.pdf" target="_blank">Por meio de nota oficial</a>,&nbsp;a organização destacou que a atitude colocava em risco a saúde de milhares de brasileiras.

“As vacinas HPV são seguras, fato referendado por inúmeros estudos científicos e resultados práticos de países que adotaram a vacinação em larga escala desde 2007. Já foram aplicadas mais de 200 milhões de doses e as reações adversas se mostraram pouco frequentes (10-20%). O quadro nesses casos costuma ser leve”, destacou a SBIm.

Estudos realizados ao longo dos anos&nbsp;<a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28750853/" target="_blank">descartam a relação entre o imunizante e o surgimento de doenças autoimunes</a>.&nbsp;E outras entidades além da SBIm atestam a segurança da vacina, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Geyson Florêncio, especialista em clínica médica do Hospital Oto Meireles, de Fortaleza, reforça que a vacina contra o HPV é amplamente reconhecida por sua eficácia na prevenção de infecções pelo vírus e suas complicações. “Estudos corroboram a segurança da vacina, indicando que eventos adversos são raros e que os benefícios superam amplamente os riscos potenciais”, explicou.

O Comprova entrou em contato com a autora da publicação compartilhada no X, via mensagem direta por meio do aplicativo, mas não recebeu resposta até a publicação desta verificação. Também buscamos a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia.

Em nota, o órgão afirmou que não poderia fornecer informações sobre os casos dos adolescentes que levaram à ação do MPF em razão da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). “A Secretaria de Saúde esclarece que não repassa dados pessoais e médicos dos pacientes. Essas informações são preservadas pela LGPD e pelas legislações que regulam o sigilo médico”, informou a entidade.

<a href="https://projetocomprova.com.br/about/" target="_blank">Enganoso</a>, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. O vídeo alcançou mais de 191,4 mil visualizações e quase dois mil compartilhamentos até o dia 26 de fevereiro.

Fontes que consultamos: Foram consultadas as bulas das vacinas contra o HPV disponíveis no SUS, além de pesquisas que analisaram a relação entre o imunizante e o surgimento de doenças autoimunes ou outras condições. Também foram consultadas matérias que trataram do caso na época em que a ação foi ajuizada. Ainda foi ouvido o especialista em clínica médica do Hospital Oto Meireles, Geyson Florêncio. Além disso, a reportagem procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia.

<h2>Reportagem não é atual</h2>

O vídeo compartilhado no X é um recorte do programa Interesse Público que é transmitido pela TV Justiça e por mais de 30 emissoras parceiras em diferentes estados brasileiros. O trecho foi publicado em 16 de fevereiro de 2016 no canal do MPF no YouTube.&nbsp;

A reportagem mostra que o MPF havia ajuizado uma ação civil pública pedindo que a Justiça Federal&nbsp;<a href="https://www.mpf.mp.br/mg/sala-de-imprensa/noticias-mg/mpf-pede-a-proibicao-da-vacina-contra-o-hpv-em-todo-o-pais-1" target="_blank">proibisse a aplicação da vacina contra o HPV</a>&nbsp;na rede pública de saúde em todo o país. O processo também pedia a anulação de todos os atos normativos da Anvisa que autorizaram a importação, produção, distribuição e comercialização do imunizante no Brasil.

O autor da ação, o procurador Cléber Eustáquio Neves, justificou o pedido alegando que a vacina seria responsável por muitos efeitos colaterais, entre eles paralisia, alterações do sistema imunológico, respiratório e até infertilidade. Segundo o MPF, também foi ouvido um neurocirurgião de Uberlândia que relatou a ocorrência de quadros clínicos neurológicos em pacientes que haviam tomado o imunizante.

No período da ação,&nbsp;<a href="https://sbim.org.br/images/files/posicionamento-sbim-frente-a-acao-do-mpf-18.12.15.pdf" target="_blank">por meio de nota oficial</a>,&nbsp;a SBIm destacou que a atitude do MPF colocava em risco a saúde de milhares de brasileiras. Além disso, reforçou que a relação entre o HPV e o câncer de colo de útero é indiscutível.

Em 2017, o jornal Estado de Minas noticiou que&nbsp;<a href="https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/05/05/interna_gerais,867179/juiza-nega-pedido-de-medico-mineiro-e-mantem-vacinacao-contra-hpv.shtml" target="_blank">a Justiça Federal não acatou o pedido de liminar do MPF</a>&nbsp;para suspender a vacinação contra o HPV. A juíza Anna Cristina Gonçalves considerou que o procurador não conseguiu provar a conexão entre a vacina e as condições desenvolvidas por adolescentes que receberam o imunizante.

“Diante da fragilidade das alegações relativas a eventuais efeitos colaterais e levando-se em conta as milhares de doses já aplicadas na população brasileira desde 2011, observo que os poucos relatos apresentados, sem prova científica de que a vacina teria causado efeitos colaterais, não são suficientes para amparar a pretensão ministerial de suspender a aplicação da vacina contra HPV em todo o território nacional”, considerou a magistrada.

<h2>HPV e câncer</h2>

O papilomavírus humano é transmitido por meio das relações sexuais e pode ocasionar o aparecimento de verrugas na pele e nas regiões oral, anal e genital. Existem mais de cem tipos do vírus, mas os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero no mundo, segundo&nbsp;<a href="https://hpvcentre.net/statistics/reports/XWX.pdf" target="_blank">relatório da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer</a>,&nbsp;entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na maioria dos casos, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas, por isso as mulheres devem se submeter ao exame ginecológico preventivo com regularidade. Para a prevenção, além do uso de preservativos, a medida mais eficaz é a vacinação. Atualmente, os imunizantes registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são o do Instituto Butantan e o da farmacêutica Sharp &amp; Dohme.

Desde 2014, a vacina do Butantan está&nbsp;<a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv/publicacoes/esquema-vacinal-hpv" target="_blank">disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)</a>,&nbsp;sendo distribuída para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. O imunizante também é ofertado para pessoas de 9 a 45 anos com condições clínicas específicas, como HIV, além de transplantados, pacientes oncológicos e vítimas de abuso sexual. A indicação é que a vacinação ocorra antes do início da vida sexual.

O medicamento do laboratório brasileiro protege contra o HPV de baixo risco, dos subtipos 6 e 11, e de alto risco, dos subtipos 16 e 18, que causam câncer de colo de útero, de pênis, anal e oral. Já a vacina da farmacêutica Sharp &amp; Dohme, chamada de Gardasil 9, protege contra outros cinco subtipos do HPV: 31, 33, 45, 52 e 58. Ela<a href="https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2017/registrada-vacina-do-hpv-contra-9-subtipos-do-virus" target="_blank">&nbsp;foi aprovada pela Anvisa em 2022</a>, indicada para pessoas de 9 a 26 anos.

Em abril de 2024, o Ministério da Saúde, por meio da&nbsp;<a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2024/nota-tecnica-no-41-2024-cgici-dpni-svsa-ms" target="_blank">Nota Técnica nº 41</a>,&nbsp;adotou o esquema de vacinação em dose única contra o HPV. Anteriormente, eram necessárias duas aplicações.&nbsp;<a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/abril/ministerio-da-saude-adota-esquema-de-vacinacao-em-dose-unica-contra-o-hpv" target="_blank">O órgão informou</a>&nbsp;que a decisão foi tomada com o objetivo de intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus.

<h2>Eventos adversos</h2>

Após mais de 20 anos no SUS, a vacina contra o HPV ainda é alvo de desinformação. Em 2014, ano em que teve início a oferta do imunizante na rede pública de saúde,&nbsp;<a href="https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/efeitos-da-desinformacao-medo-de-vacina-contra-hpv-gera-sintomas-de-fundo-emocional/?srsltid=AfmBOool1vtBQsXjracsm45xn5kzVsJ_qM2vCcy1PQsnQIyiOqokd54Z" target="_blank">um grupo de mães no Acre alegou que meninas vacinadas em escolas apresentaram efeitos</a>&nbsp;como convulsões e dormência nas pernas. O caso repercutiu nas redes sociais, especialmente no Facebook, e gerou&nbsp;<a href="https://www.aosfatos.org/noticias/como-desinformacao-provocou-rejeicao-de-jovens-vacina-contra-hpv-no-acre/" target="_blank">uma campanha de desinformação</a>.

Diante do ocorrido, o Ministério da Saúde solicitou que a Universidade de São Paulo (USP) realizasse uma pesquisa para averiguar os possíveis efeitos da vacina nas crianças. O estudo apontou que não havia relação entre as propriedades do imunizante e os sintomas relatados. Foi demonstrado que ocorrências como perda de consciência e abalos motores tratavam-se de&nbsp;<a href="https://www.paho.org/pt/noticias/29-11-2019-estudo-conclui-que-sintomas-neurologicos-pos-vacinacao-contra-hpv-no-acre" target="_blank">crises psicogênicas causadas pelo estresse do ato de vacinar e não pelos compostos da vacina</a>.

Organizações como a&nbsp;<a href="https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/vacinas/vacina-hpv/" target="_blank">Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP</a>)&nbsp;e a&nbsp;<a href="https://familia.sbim.org.br/hpv" target="_blank">SBIm</a>&nbsp;atestam a segurança e a eficácia da vacina. Entre os efeitos colaterais, a SBP cita aqueles comuns a vacinações em geral, como dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação, além de febre, dor de cabeça e mal estar, porém todos sintomas leves e de curta duração. Os mesmos eventos adversos estão descritos nas bulas dos imunizantes&nbsp;<a href="https://butantan.gov.br/assets/arquivos/soros-e-vacinas/2024/Bula%20HPV%20-%20PC.pdf" target="_blank">do Butantan</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="https://saude.msd.com.br/wp-content/uploads/sites/91/2022/12/G9-bula-paciente.pdf" target="_blank">da Sharp &amp; Dohme</a>.

Outras reações relatadas após o uso do medicamento do Butantan são dificuldade para respirar, falta de ar (broncospasmo), urticária e erupções cutâneas. Em ambas as bulas, as farmacêuticas enfatizam que, assim como qualquer imunizante, as vacinas contra o HPV podem causar efeitos adversos, mas raramente são graves.

<h2>Benefícios superam potenciais riscos</h2>

Segundo o médico Geyson Florêncio, todas as vacinas apresentam efeitos adversos. No caso do HPV, já foram relatados a trombose de vasos venosos e a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença autoimune rara que ocorre quando o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso. Mas diversos estudos publicados ao longo dos anos apontam a raridade desses eventos.

Geyson cita&nbsp;<a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28750853/" target="_blank">uma pesquisa que avaliou a associação entre a vacinação contra o HPV e o aparecimento de doenças autoimunes</a>.&nbsp;O estudo analisou mais de dois milhões de meninas na França, com idade entre 13 e 16 anos, que haviam recebido o imunizante. “Os resultados indicaram que não há aumento significativo no risco de doenças autoimunes após a vacinação”, enfatizou o médico.

Além disso, ele destaca&nbsp;<a href="https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8796292/" target="_blank">uma meta-análise que compilou dados de vários ensaios clínicos</a>&nbsp;para avaliar a segurança da vacina quadrivalente contra o HPV. A meta-análise é um método que agrega os resultados de dois ou mais estudos sobre uma mesma questão de pesquisa. “Os achados confirmaram um perfil de segurança favorável, com eventos adversos geralmente leves e temporários”, explicou. O levantamento apontou que, com base em 10 milhões de relatórios analisados, os casos de SGB decorrente da vacina eram raros.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Outras checagens sobre o tema: O UOL Confere já&nbsp;<a href="https://noticias.uol.com.br/confere/ultimas-noticias/2017/12/06/vacina-de-hpv-pode-causar-paralisia-ela-pode-passar-o-virus.htm" target="_blank">desmentiu que a vacina contra o HPV cause paralisia</a>. O Comprova explicou que a&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/vacina-contra-a-covid-19-e-segura-e-nao-gera-hiv-cancer-ou-hpv/" target="_blank">vacina contra a covid-19 é segura e não gera HIV, câncer ou HPV&nbsp;</a>e também que livro sobre documentos da Pfizer não comprova que vacina de covid&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/livro-sobre-documentos-da-pfizer-nao-comprova-que-vacina-de-covid-tenha-causado-centenas-de-mortes/" target="_blank">tenha causado centenas de mortes</a>.&nbsp;A Agência Lupa publicou que a&nbsp;<a href="https://lupa.uol.com.br/jornalismo/2024/01/19/acao-de-procurador-de-uberlandia-para-proibir-vacinacao-em-criancas-e-antiga-e-foi-indeferida" target="_blank">ação do procurador de Uberlândia foi indeferida</a>.&nbsp;Além disso, o Estadão Verifica apurou que é falso que a vacina contra o HPV&nbsp;<a href="https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/vacina-hpv-esterilidade-menopausa-falso/?srsltid=AfmBOopQQDU2XZ8iagmArqQYcEj3Tts5t452uNac44McZXPjX5TPEeeM" target="_blank">cause esterilidade e menopausa precoce</a>.

Notas da comunidade: Até a publicação desta verificação, não havia notas da comunidade publicadas junto ao post no X.