Com a ampliação do leque de imunização contra Covid-19, alcançando profissionais da educação, cresce a esperança de retomada das atividades letivas com um mínimo de regularidade. Esta é a expectativa dos estabelecimentos da rede privada em Goiás que marcou para o dia 2 de agosto o retorno das aulas, agora com 50% da capacidade no modelo presencial. Nas universidades públicas, a recomendação é pela manutenção da modalidade remota. Presidente da Associação das Instituições Particulares de Ensino de Goiás (Aipeg), Eula Wamir Macedo Vilela Gomes afirma que um número maior de alunos poderá voltar a frequentar as escolas. “Estamos muito felizes porque tivemos aumento de 30% para 50% de capacidade nas aulas presenciais. A antecipação da campanha de imunização para os professores nos deixou confiantes no retorno da normalidade. Temos de continuar cumprindo todos os protocolos sanitários, mas estamos bastante esperançosos.” Eula estima que mais de 90% dos trabalhadores da educação da rede privada receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19 e grande parte desse porcentual estará com a segunda dose na retomada das atividades em agosto.Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe) e do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro, prefere se manifestar após a reunião do COE, disse, em entrevista na sexta-feira (16), ao POPULAR, que há pedidos para reduzir o distanciamento das carteiras nas salas de 1,5 metro para 1 metro. O ensino híbrido está normatizado pelo CEE para o restante do ano letivo de 2021. A rede pública, que ficou um ano e cinco meses somente com aulas virtuais, adota o modelo híbrido no segundo semestre, com critérios diferenciados e sem obrigatoriedade. Nas escolas estaduais o início das atividades será no dia 2 de agosto com 30% da capacidade. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) 97% dos professores tomaram a primeira dose da vacina, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) defende imunização para todos da comunidade escolar, não somente para os docentes. Nas escolas vinculadas ao Município de Goiânia, incluindo os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), as atividades serão retomadas no dia 16, com 50% da capacidade. A Secretaria de Educação de Goiânia garante que 100% dos trabalhadores receberam a primeira dose da vacina.Ensino superiorA Universidade Federal de Goiás (UFG) programou o retorno das aulas correspondente ao primeiro semestre letivo de 2021 para segunda-feira (26). O planejamento pedagógico das unidades acadêmicas, unidades acadêmicas especiais e do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) será concluído na sexta-feira (23) e a orientação é para que seja mantida a modalidade remota. Exceções somente para aulas práticas. Na abertura da semana de planejamento a reitora em exercício da instituição, Sandramara Martins falou dos princípios que têm pautado as ações da UFG na pandemia: “a preocupação com a segurança em saúde da nossa comunidade, o tratamento isonômico dos nossos estudantes e a qualidade das atividades desenvolvidas.”O modelo remoto também permanece na Universidade Estadual de Goiás (UEG) que inicia no dia 2 de agosto as aulas relativas ao 1º semestre letivo de 2021 para alunos ingressantes e veteranos. Os últimos vão retomar as atividades que começaram em maio último. Até esta quarta-feira (21) podem ser feitos o cadastramento e a matrícula dos candidatos convocados em primeira chamada no vestibular 2021/1. Em nota, a UEG informou que a maioria dos docentes está imunizada com a primeira dose, mas um retorno mais seguro, na modalidade presencial, se dará com o avanço da vacinação atingindo também os estudantes.Está prevista para o dia 9 de agosto a retomada das aulas na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), para calouros e veteranos, assim como nos programas de pós-graduação e no Centro de Idiomas. De acordo com a assessoria de comunicação da instituição, a modalidade permanece híbrida, com 30% da capacidade, embora a universidade esteja preparada para ampliar o retorno presencial, dentro de um rígido protocolo. Mas tudo vai depender do cenário sanitário e das deliberações do COE e do CEE.