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Autismo é tema de podcast de grupo goiano

Diferencial do Introvertendo é que programa é produzido por grupo de jovens diagnosticados com o espectro. Temas diversos são abordados em primeira pessoa

Parte da equipe: da esquerda para direita, Luca Nolasco, Marcos Carnielo Neto, Otavio Crosara e Tiago Abreu

Parte da equipe: da esquerda para direita, Luca Nolasco, Marcos Carnielo Neto, Otavio Crosara e Tiago Abreu (Rafael Barbosa)

O podcast, que vêm se popularizando como um meio de comunicação nos últimos anos e ganhando cada vez mais adeptos, foi o canal escolhido por um grupo de jovens goianos diagnosticados com a Síndrome de Asperger, condição agregada como o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) desde 2013, para tratar da condição. O trabalho foi iniciado há quase dois anos por meio do programa Introvertendo.

"Nosso podcast não apenas aborda o tema do autismo, como é produzido por dez autistas atualmente, trazendo uma visão em primeira pessoa sobre o assunto", destaca o apresentador e fundador do projeto, o jornalista Tiago Abreu, diagnosticado com o transtorno em 2015. O programa de áudio é o primeiro do tipo feito coletivamente por autistas no mundo, de acordo com os rapazes.

O conteúdo abordado no Introvertendo envolve discussões sobre o transtorno nos contextos de saúde mental, cidadania e cultura. "Com especialidades diferentes, cada um de nós traz pontos de vista distintos, que oferecem inúmeros temas a serem levantados em cada episódio. Vão desde coisas mais simples, como músicas, até mais complexos e sérios, como um que fizemos a respeito da depressão", exemplifica o apresentador. Além do bate-papo entre os integrantes, o programa inclui participações de figuras que se destacam no ativismo do autismo no Brasil. Neste período de isolamento social, o grupo teve de se adaptar. O diálogo ocorre de forma remota entre os participantes.

Já foram ao ar até agora 96 capítulos. A cada semana, um novo episódio é colocado à disposição da audiência do programa. Toda sexta-feira, sempre à meia noite.

A celebração do Dia Internacional do Autismo, marcado no calendário dia 2 de abril em todos os anos, levou o grupo lançou na data um episódio que trata dos três graus do autismo. "O foco foi tirar as duas principais dúvidas que existem quando se fala de autismo", esclarece o apresentador. A primeira explicação abordou "O que é o autismo" e depois "Quais as classificações do autismo". "O conceito pode parecer bobo ou simples, mas é essencial, e no segundo momento, explicamos os níveis que existem e as características de cada um deles.

O jornalista comenta que já pesquisava a respeito do formato e tinha gosto pelo estilo de mídia havia anos, mas buscava parceiros. "A proposta é mostrar também nossa comunicação atípica em uma conversa. Sempre que procurei modelos de podcast, assim encontrei apenas produções individuais, nunca em grupo e com periodicidade", relata.

O programa está disponível nas plataforma que agregam podcasts e também no site do Introvertendo, o https://www.in trovertendo.com.br/.

Estimativas apontam que o Brasil tem cerca de 2 milhões de autistas. O cálculo é feito com base em uma análise do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, de que a cada 110 pessoas, uma é autista.

Acessibilidade

Os integrantes do Introvertendo decidiram dar mais um passo rumo à inclusão e passou neste ano a oferecer o conteúdo também na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para pessoas que não têm acesso ao conteúdo em áudio. A iniciativa também é pioneira no Brasil. O último Censo, de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que no País existem cerca de 10 milhões de deficientes auditivos, sendo que 80% deles possuem dificuldade de compreensão da língua portuguesa.

"Meu objetivo com esta ação é de influenciar outros podcasters e produtores de conteúdo da internet a também tornarem seus conteúdos acessíveis às pessoas com deficiência", destaca o jornalista Tiago Abreu. A iniciativa veio por meio da parceria com uma startup brasileira que faz tradução digital de conteúdo em texto para Libras por meio de inteligência artificial. O grupo relata que todos os episódios do podcast lançados em 2020 já contam com a ferramenta e a previsão é que os mais antigos, pouco a pouco, também tenham o recurso.

Para Michael Ulian, um dos co-fundadores do podcast e diagnosticado com autismo em 2012, a capacidade de transformar uma hora de áudio em algo compreensível para alguém que não pode ouvir é algo imprescindível. Thaís Mösken, uma das três integrantes mulheres do grupo, considera fundamental reconhecer as diferenças entre as pessoas na produção de conteúdos na internet, como os podcasts. "O importante é que todos (os produtores de podcast)tenham uma proposta de conteúdo inclusivo e deem importância ao tema", frisa.

O programa também é transcrito na íntegra e no dia posterior ao áudio que foi ao ar, também fica disponível para quem quiser acessar. "Antes os deficientes auditivos que nos acompanhavam usavam a legenda que aparece como opção na internet, mas ela vem cheia de erros de português", esclarece o jornalista Tiago Abreu. A ideia não atende somente a que não escuta, mas também aos autistas que não gostam de áudio ou possuem dificuldades em lidar com o som do programa e preferem ler.

Barreiras quebradas

O apresentador do programa, o jornalista Tiago Abreu conta que eles não enfrentam preconceito pela criação do programa. No entanto, na comunidade do autismo em geral, há uma certa barreira, segundo diz. "Autistas falando sobre autismo nem sempre são bem vistos, especialmente em termos de ativismo, porque as demandas de pessoas com este transtorno podem não ser iguais às das mães e pais, por exemplo", explica. Buscando superar tais obstáculos, Abreu teve a ideia de criar o podcast.

Em 2016, os primeiros integrantes se conheceram. Abreu e mais quatro universitários tinham mais do que os estudos na Universidade Federal de Goiás (UFG) em comum. Todos recebiam atendimento na instituição de ensino na época, em Goiânia, e buscavam outras pessoas dos demais câmpus que passavam pelo mesmo processo. O projeto, que visava ajudá-los nas questões de saúde mental e permanência no ensino superior, trouxe a aproximação dos jovens. O resultado foi que em maio de 2018, o grupo tornou disponível o primeiro programa.

O público a princípio, conforme o jornalista, começou sendo apenas de autistas e depois se expandiu para as mães de autistas. "Eles são até hoje majoritariamente os que nos ouvem", garante. No entanto, atualmente também abrange mais gente. "Pessoas que aguardam ainda o diagnóstico para autismo acompanham o programa muitas vezes, até mesmo para entender melhor a comunidade. Uma outra parcela é de pessoas que possuem déficit de atenção ou até mesmo algumas que buscam conhecimento do assunto", relata.

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"Especificidades ficam esquecidas no processo", afirma Lucelmo Lacerda

Formado em História e doutor em Educação, o especialista se consolidou como uma referência sobre o autismo no Brasil, não apenas por sua atuação acadêmica, mas também por sua contribuição às discussões sobre o assunto. Em entrevista ao POPULAR, o pesquisador compartilha uma reflexão mais profunda sobre os desafios do autismo, cujo Dia Mundial de Conscientização é celebrado neste 2 de abril

Lucelmo Lacerda: "O verdadeiro objetivo da terapia é proporcionar ao indivíduo as ferramentas para viver de forma mais independente e confortável"

Lucelmo Lacerda: "O verdadeiro objetivo da terapia é proporcionar ao indivíduo as ferramentas para viver de forma mais independente e confortável"

A jornada pessoal e profissional do pesquisador, ativista e educador Lucelmo Lacerda se entrelaçaram em 2011, quando recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) de seu filho. O fato o impulsionou a se aprofundar no estudo da condição, levando-o, anos depois, a descobrir que também fazia parte do espectro. Formado em História e doutor em Educação, Lucelmo se consolidou como uma referência no tema no Brasil, não apenas por sua atuação acadêmica, mas também por sua contribuição às discussões sobre o assunto. Em seu canal no YouTube, ele dissemina amplamente o conhecimento sobre práticas educacionais inclusivas. "Em tese, a alocação de crianças e adolescentes neurodivergentes ou com alguma deficiência no ensino regular é essencial para a promoção dos ideais de inclusão social. Na prática, no entanto, a precariedade das escolas brasileiras, especialmente nas mantidas pelo poder público, cria uma lacuna de aprendizagem que limita os avanços daqueles que mais necessitam de atenção especial", afirma Lucelmo em seu livro Crítica à Pseudociência em Educação Especial (Editora Luna Edições). Em entrevista ao POPULAR, o pesquisador compartilha uma reflexão mais profunda sobre os desafios do autismo, cujo Dia Mundial de Conscientização é celebrado neste 2 de abril. Confira.

O senhor afirma que a "inclusão total" nas escolas prejudica alunos com deficiências. Quais os principais obstáculos enfrentados pelas escolas públicas para implementar essa abordagem e como as práticas baseadas em evidências podem ajudar?

A inclusão total pressupõe que não deve haver adaptação individualizada para nenhum estudante. Isso acaba sendo um problema porque muitos estudantes vão precisar delas. As especificidades e singularidade ficam esquecidas no processo. Muitos deles vão falhar no desenvolvimento acadêmico e pessoal dentro do contexto da escola. Temos um cenário muito difícil para essas crianças que precisam de ajuda e uma parte desse apoio é individualizado. As práticas baseadas em evidências ajudam a gente a interpretar essa realidade, ou seja, se eu não individualizar nada para ninguém, isso é positivo ou é negativo? A gente tem um caminhão de pesquisas sobre isso e todas elas apontam que isso é negativo. Precisamos olhar para essa singularidade para que a gente possa entregar uma boa educação inclusiva. Essa é uma decisão baseada em evidências, ou deveria ser.

O senhor critica a falta de formação técnica para educadores que lidam com alunos neurodivergentes. Qual é a sua proposta para capacitar esses profissionais de forma eficaz?

Os professores enfrentam desafios enormes no processo educacional, especialmente quando lidam com alunos neurodivergentes. A formação oferecida pelas instituições geralmente foca em discursos genéricos sobre respeito à diversidade, mas falta uma capacitação técnica mais profunda e prática. O que os educadores realmente precisam é aprender como lidar com as especificidades do ensino para alunos com deficiência intelectual, como desenvolver planos educacionais individualizados e como agir em situações específicas, como crises em sala de aula ou dificuldades sociais de alunos autistas. A proposta é que as formações sejam mais práticas e direcionadas à resolução de problemas do cotidiano escolar, com um foco técnico claro. Os professores precisam entender a teoria, mas, mais importante, precisam ser capazes de aplicar essas teorias de forma eficaz.

O senhor defende a criação de escolas especializadas para alunos com necessidades específicas. Não vê uma contradição entre essa abordagem e as práticas de inclusão escolar?

Não existe contradição. As escolas especializadas devem fazer parte de uma abordagem inclusiva. É o sistema que deve ser inclusivo. Esse sistema deve comportar em si escolas especializadas, salas especializadas e salas comuns. O objetivo é sempre que o indivíduo esteja num ambiente menos restritivo possível. E a gente vai trabalhar sempre por isso. Mas você achar que todos os indivíduos estando na sala comum, que isso é inclusão, estão com grande equívoco. Não podemos tratar todos os alunos como se fossem iguais, pois cada um tem necessidades únicas. Há casos, como o autismo severo, que podem exigir escolas especializadas para garantir que o aluno receba o apoio adequado. Estudos internacionais, como o da Finlândia, mostram que uma porcentagem significativa de alunos com casos mais severos está em escolas especializadas, enquanto outros estão em salas especializadas ou transitam entre a sala comum e a especializada. Isso não significa que a maioria dos alunos com necessidades especiais deva estar em escolas especializadas, mas sim que devemos respeitar essas necessidades e oferecer opções adequadas para cada caso.

A terapia ABA (Análise Comportamental Aplicada) é criticada por alguns como uma abordagem que tenta "curar" o autismo ou modificar comportamentos considerados "não normativos", como estereotipias ou dificuldades sociais. Como o senhor responde a essa crítica e qual a sua visão sobre o uso da terapia ABA?

Sinceramente, é difícil entender de onde as pessoas estão tirando essas informações. É um discurso claramente negacionista. Não existe nenhum tipo de perspectiva nem de curar nem de tirar comportamentos não normativos. Esse discurso é muito perigoso, porque, na verdade, quer dizer que pessoas autistas não podem aprender nada. É um discurso profundamente capacitista. A terapia ABA busca melhorar a qualidade de vida do indivíduo e vai fazer isso por meio de métodos cientificamente validados. Ela não busca mudar a identidade do indivíduo autista, mas melhorar a qualidade de vida deles, ajudando a lidar com comportamentos prejudiciais. Quando falamos em modificar comportamentos considerados "não normativos", como a dificuldade de fazer amigos, não estamos falando em mudar a identidade da pessoa, mas em ajudá-la a desenvolver habilidades sociais que facilitarão sua interação e inserção no mundo social. O verdadeiro objetivo da terapia é proporcionar ao indivíduo as ferramentas para viver de forma mais independente e confortável.

O excesso de informações sobre o autismo nas redes sociais ajuda ou prejudica o entendimento do transtorno?

Essa é uma questão complexa, pois, como em muitos temas, há dois lados dessa moeda. Por um lado, há problemas como a divulgação de informações falsas e a propagação de equívocos por pessoas que acreditam entender do assunto. Um exemplo é o autodiagnóstico. Por outro lado, a divulgação de informações baseadas em ciência nas redes sociais têm um impacto positivo. Quando profissionais qualificados participam desse debate, ajudam a capacitar as famílias e os próprios indivíduos, permitindo que tomem decisões mais conscientes sobre suas vidas e saúde. O que define qual lado será mais predominante é a presença de especialistas qualificados no debate público.

A sociedade pressiona para que pessoas autistas se adaptem a normas sociais. Qual é a sua visão sobre essa pressão e o respeito à individualidade delas?

Essa é uma questão muito difícil de ser enfrentada, porque não diz respeito ao comportamento individual, diz respeito à cultura de toda a sociedade. Por exemplo, os ambientes de trabalho, eles não são preparados para pessoas autistas. Esse é só um exemplo, mas isso pode se estender à universidade, às próprias relações pessoais, em muitos contextos. O que a gente precisa é mudar toda essa cultura, para que a cultura se torne mais inclusiva, para que pessoas autistas não precisem, obviamente, tentar parecer não autista. Precisamos promover a aceitação das estereotipias e comportamentos repetitivos que muitas vezes são estigmatizados. Se esses comportamentos não causarem danos à saúde, não há razão para que sejam tratados como problemáticos. Devemos respeitar a individualidade das pessoas autistas.

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Goiás terá primeiro mesário com deficiência visual nas eleições de 2024

Veimatos Caldeira Duarte, de 51 anos, será voluntário na 1ª Zona Eleitoral, que fica em Goiânia. Este é o segundo caso no Brasil em que uma pessoa com deficiência visual total trabalha como mesária no sistema eleitoral

Veimatos Caldeira Duarte, de 51 anos, o primeiro mesário com deficiência visual total de Goiás. (Arquivo pessoal/Veimatos Duarte)

Veimatos Caldeira Duarte, de 51 anos, o primeiro mesário com deficiência visual total de Goiás. (Arquivo pessoal/Veimatos Duarte)

Pela primeira vez na história, Goiás terá um mesário com deficiência visual total trabalhando nas eleições. O servidor municipal Veimatos Caldeira Duarte, de 51 anos, será voluntário na 1ª Zona Eleitoral, em Goiânia, durante a votação deste ano. A iniciativa foi oficializada em uma reunião que Veimatos participou com a juíza eleitoral Maria Zorzetti na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), que fica no Setor Central da capital.

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Em entrevista ao O Popular , Veimatos, que vota desde os 16 anos, descreveu como está encarando a questão de trabalhar efetivamente nas eleições:

Eu gosto de desafios, de abrir portas, de encorajar as pessoas a fazerem. Nós, deficientes, precisamos de oportunidades, e somos capazes de fazer muitas coisas. Eu sinto felicidade em poder realizar um sonho", afirmou.

Para atuar como mesário, Veimatos vai usar uma tecnologia chamada NVDA. Trata-se de um programa de computador que lê documentos e emite uma voz sintética. O voluntário será responsável por coletar o nome e o número de inscrição do eleitor e, em seguida, passar os dados para a presidente da sessão.

A presidente da sessão onde Veimatos será mesário é Tatiana Vilela, de 46 anos. Ela também é servidora municipal e trabalha com Veimatos desde 2018. Tatiana revelou que a vontade de trabalhar nas eleições partiu do amigo. "Ele que manifestou o desejo de ser mesário", afirmou a servidora. Tatiana citou também que o treinamento da dupla, que envolve todo o sistema de adaptação para Veimatos, deve começar em breve.

Inclusão

Ao falar mais sobre sua condição física, Veimatos revelou que nasceu com retinose, uma doença progressiva que ataca a visão. O servidor explicou que conseguia enxergar quando era criança, mas, devido ao avanço da doença, ele ficou totalmente cego ainda na infância. Mesmo com a deficiência, Veimatos enfatizou que espera colaborar com a Justiça Eleitoral e inspirar outras pessoas.

Vale lembrar que este é o segundo caso no Brasil em que uma pessoa com deficiência visual total trabalha como mesária no sistema eleitoral. O primeiro aconteceu nas eleições de 2022, no estado do Ceará , Região Nordeste do país.

Encontro entre Veimatos e a juíza eleitoral Maria Zorzetti, na sede do TRE-GO. (Reprodução/TRE-GO)

Encontro entre Veimatos e a juíza eleitoral Maria Zorzetti, na sede do TRE-GO. (Reprodução/TRE-GO)

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Lei em Goiânia garante teletrabalho para cuidados especiais

Legislação sancionada pelo prefeito Rogério Cruz assegura benefício a servidores que tenham parentes com TEA e síndrome de Down

Prefeito Rogério Cruz e o presidente Romário Policarpo: nova lei assegura benefício ao servidor que tenha parentes que demandam cuidados especiais

Prefeito Rogério Cruz e o presidente Romário Policarpo: nova lei assegura benefício ao servidor que tenha parentes que demandam cuidados especiais (Diomício Gomes)

Servidores da Prefeitura de Goiânia e da Câmara Municipal que têm cônjuges, filhos ou dependentes com transtorno do espectro autista (TEA) e síndrome de Down já podem assegurar o exercício das atividades funcionais por teletrabalho, na forma prevista na Lei Complementar nº 335, de 1º de janeiro de 2021, para a qual ainda faltava regulamentação.

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Entre os critérios, está o de que a função exercida permita o formato de teletrabalho. A maioria dos beneficiados, portanto, devem ser os que exercem atividades de cunho administrativo na própria sede dos poderes. Mas a partir da demanda é que será possível estabelecer a quantidade de pessoas com direito a trabalhar remotamente, tanto na Câmara quanto na Prefeitura de Goiânia.

A Lei nº 11.235 sancionada pelo prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) e publicada no Diário Oficial do Município de quarta-feira (31) assegura de imediato o benefício aos servidores do Legislativo e autoriza o chefe do Executivo a estender, mediante edição de decreto, o direito aos efetivos ou comissionados da administração pública municipal.

A proposta inicial do presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), previa a concessão do benefício a servidores com parentes com TEA, mas emenda apresentada pelo vereador Willian Veloso (PL) estendeu o benefício aos que têm parentes com síndrome de Down.

Critérios

Além de a função exercida pelo servidor, efetivo ou comissionado, permitir o formato de teletrabalho, existem outros critérios para garantir o benefício. É obrigatória a apresentação de laudo médico e, no caso da Câmara, avaliação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt).

Para os servidores da administração municipal, além do laudo médico, serão necessárias duas avaliações, da Junta Médica do Município de Goiânia e do setor competente de cada órgão.

Também está previsto que os servidores já em regime de teletrabalho no mesmo cargo e função por pelo menos 90 dias têm o direito garantido automaticamente, a partir da publicação da lei. "Nossa intenção foi apresentar uma alternativa viável e necessária para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA ou síndrome de Down", diz Policarpo.

"Com essa lei, os servidores poderão exercer suas atividades com a mesma qualidade e, ao mesmo tempo, acompanhar o desenvolvimento de seus filhos e dependentes com o cuidado que necessitam", concluiu.

Casos de distúrbios que também demandam cuidados especiais, mas não se enquadram como TEA e Down, definidos pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde (OMS), devem ter os laudos médicos apresentados pelo servidor que solicitar o benefício avaliados pelo Sesmt, na Câmara, e pela Junta Médica, na Prefeitura.

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Vila Nova faz campanha de Conscientização para Autistas em jogo contra o Avaí

Ao entrarem em campo, os jogadores dos dois times estavam acompanhados de pessoas autistas, entre outras ações durante a partida

Campanha de Conscientização para Autistas no jogo Vila Nova x Avaí, pela Série B

Campanha de Conscientização para Autistas no jogo Vila Nova x Avaí, pela Série B (Fábio Lima / O Popular)

Na partida deste domingo (14), no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), Vila Nova e Avaí promoveram ação solidária direcionada aos autistas. As duas equipes usaram camisas alusivas à campanha.

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Ao entrarem em campo, os dois times também estavam acompanhados de pessoas autistas, assim como na execução do hino nacional. A ação foi denominada Conscientização para Autistas.

A camisa do Vila Nova teve um coração, formado por quebra-cabeça, sobre o escudo do clube. Um pouco abaixo, também aparecem mais quebra-cabeças, destacando o símbolo da causa e da campanha abraçada pelo clube. A peça vilanovense teve mais desenhos relativos à causa autista.

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