Um bebê teve o braço quebrado durante o parto na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, no dia 18 de dezembro. Vanessa Tomé Vieira, mãe de João Lucas, registrou o Boletim de Ocorrência e levou o recém-nascido para fazer o exame de corpo de delito do Instituto Médico Legal (IML), que confirmou a fratura. Segundo a mãe do bebê, a única assistência que recebeu da maternidade, foi ser encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Buriti Sereno, onde foi feita uma avaliação e o braço do filho imobilizado. "A gente nunca sabe o motivo do choro dele, se é o braço, se é uma cólica. É complicado porque não temos experiência, nunca passei por isso", conta Vanessa.Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida disse que essas intercorrências podem acontecer durante o procedimento de parto normal. Vanessa conta, aos prantos, que está revoltada com a situação. "É muito difícil você escutar de alguém que infelizmente isso acontece e que é normal. É revoltante, estou revoltada. Eu peço por favor que alguém se manifeste e ajude meu filho, ele é só um bebê", desabafa.Na consulta de retorno, após novos exames, o médico informou que o osso de João Lucas não está cicatrizando da forma correta e que é necessário esperar a criança se desenvolver. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).O que diz a PrefeituraA Secretaria de Saúde de Aparecida lamentou o fato e disse que esse tipo de intercorrência pode acontecer durante o parto normal e que tem dado todo apoio à mãe do bebê. A pasta também informou que começou a apurar o que aconteceu e enviou os prontuários da paciente para a Comissão de Ética do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego).Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde do município, o recém nascido passou por uma avaliação com ortopedista que adotou o tratamento conservador da fratura. Além disso, ressaltou que o retorno ao profissional acontece depois do tempo determinado, mas atendendo o pedido de Vanessa, irá agendar uma nova consulta com especialista.Confira a íntegra do posicionamento:A Secretaria de Saúde de Aparecida informa que já abriu uma sindicância para apurar os fatos e enviou todos os prontuários da paciente para a Comissão de Ética do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). A SMS lamenta profundamente o ocorrido e destaca que, infelizmente, essas intercorrências, no caso, uma fratura de clavícula do bebê, podem acontecer durante o procedimento de parto normal e que a equipe da Maternidade tem dado todo o apoio à mãe e à criança.O recém-nascido passou por avaliação com ortopedista da rede municipal e o profissional adotou o tratamento conservador de fratura. A Secretaria informa que o retorno ao profissional ocorre depois de um prazo determinado pelo médico, conforme orientado na consulta, mas que em caso de dor aguda os familiares podem buscar assistência na UPA Buriti, que oferece atendimento emergencial em ortopedia 24 horas.A Secretaria de Saúde informa também que, atendendo ao pedido da mãe, irá agendar uma nova consulta eletiva com especialista.