O novo projeto para retomada de bicicletas compartilhadas em Goiânia terá integração com o transporte coletivo da cidade. O serviço público será incluído nos terminais e cobrado junto à tarifa do ônibus. O passageiro terá duas horas e meia para utilizar o transporte dentro da sua rota, ou seja, realizar a locomoção de ônibus, microonibus ou bicicleta, assim que forem colocados em prática, segundo o superintendente de mobilidade urbana, Marcos Villas Boas, da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM). O projeto também contará com um serviço privado, executado por empresas do mercado.A execução faz parte de um conjunto, chamado de Central Digital de Controle do Trânsito, lançado na manhã desta quinta-feira (22), e que contém 12 ações com mudanças no tráfego na capital. Além do retorno das bicicletas compartilhadas, o programa prevê a troca das lombadas eletrônicas, adoção da Área Azul Digital, entre outras.IntegraçãoA integração com o transporte público se dará com as bicicletas do sistema público que servirão aos terminais de passageiros, pontos de embarque de alta demanda ou regiões geradoras de viagens. Dividido em dois tipos de serviços, o que possui responsabilidade da Prefeitura de Goiânia será construído dentro do sistema de transporte.A solução será feita em parceria com a SMM, responsável pela malha cicloviária, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), que cuidará da regulação e fiscalização do serviço e, por fim, o consórcio Redemob, responsável pela execução do serviço complementar de bicicletas integradas ao transporte. Aprovado em janeiro de 2022 em reunião da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), o serviço está em fase de projetos para a construção da malha cicloviária que servirá às regiões geradoras de viagens, conforme afirma Villas Boas.Isento de licitação para execução pública, visto ser um serviço complementar que faz parte do sistema de transporte público coletivo, o superintendente avalia que a mudança no sistema de bicicletas compartilhadas pode atrair mais usuários para o sistema, por devolver qualidade. “É um projeto muito importante para aumentar a atratividade e para diminuir a emissão de carbono das linhas alimentadoras”, considera.Leia também:- Goiânia faz licitação para lombada e área azul digital- Chuva deixa bairros sem energia e semáforos inoperantes na Grande Goiânia- Seinfra deve entregar em 30 dias a nova ponte Acary Passos, no Vale do Araguaia, em GoiâniaEm relação ao custo calculado, Villas Boas reforça que será incluído como parte da tarifa técnica considerada pelo sistema. “A expectativa é de que seja altamente sustentável em todos os aspectos”, afirma.Já o serviço as bicicletas compartilhadas exploradas por empresas privadas pode ser iniciado a qualquer momento, de acordo com Villas Boas, visto que o decreto de abertura depende apenas da revisão do Gabinete Civil. “Vai ter mais tecnologia, mais qualidade e, principalmente, mais proteção ao usuário”, explica o superintendente a respeito do serviço que já existiu anteriormente no município.Visando explorar espaços com mais concentração de lazer, como os parques, Villas Boas avalia que haverá mais unidades da iniciativa privada nesses locais. No entanto, precisará seguir um decreto regulamentador e solicitar o licenciamento junto à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh).O superintendente ressalta, também, que não haverá uma licitação para o serviço privado e não há impedimentos para qualquer empresa interessada explorá-lo, desde que se enquadre na regulamentação da Prefeitura sobre qualidade do equipamento para o serviço, responsabilidade civil e proteção ao usuário. (Manoella Bittencourt é estagiária do GJC em convênio com a PUC-Goiás, sob supervisão do editor Rodrigo Hirose).