Publicações de um tenente do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais viralizaram após ele se manifestar contrário à expedição conduzida pelo coach goiano Pablo Marçal ao topo do Pico dos Marins, no interior de São Paulo. Em seu Instagram, Pedro Aihara falou com indignação sobre a atitude arriscada do grupo, que terminou com o resgate de 32 pessoas pelos bombeiros, na última quarta-feira (5).“Um ‘coach’ irresponsável fanfarrão coloca 60 pessoas para subir o Pico do Marins debaixo de chuva. Sem conhecimento técnico, sem suporte adequado, sem estrutura, porque, segundo ele, ‘é tudo emocional’. PS: respeito profundamente quem exerce adequadamente a profissão de coach, que definitivamente não é o caso desse indivíduo”, escreveu Aihara, que ficou conhecido nacionalmente durante o resgate de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho.Outra atitude reprovada pelo militar foi o fato de que, mesmo diante do perigo ao qual estavam expostos, o coach sequer agradeceu a corporação. “Não satisfeito em colocar todas essas pessoas em risco altíssimo (CBMMG já buscou muita gente sem vida no Marins em outras ocorrências inclusive), o cara ainda paga de gatão nas redes sociais e sequer cita o fato de terem sido resgatados pelos irmãos do @corpodebombeirosdapmesp e ainda aproveita para vender a imersão/curso dele como se tivesse tudo certo”.Pablo Marçal, por sua vez, usou as redes sociais para comentar o trabalho dos bombeiros, minimizando a situação. Segundo ele, o chamado de socorro ocorreu apenas por precaução. “Decidi chamar os bombeiros porque perdemos a comunicação por rádio com o grupo que ficou na base do pico. Mas descobrimos no outro dia que estavam todos em paz com o guia deles”, escreveu.ResgateO grupo de 32 pessoas foi resgatado na última quarta-feira (5) enquanto participava de um treinamento motivacional do coach. A expedição contava com 60 integrantes, mas quase a metade deles desistiu por cansaço ou pelas más condições do tempo. Nos vídeos publicados por Marçal é possível ver que, já na saída para a caminhada, as condições climáticas não eram adequadas para a trilha. Mesmo assim, o coach insistiu na continuidade da expedição, chamando uma oração para que Deus pudesse “parar o vento”.