O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) foi acionado na tarde desta segunda-feira (5) por volta das 16h30 para combater um incêndio nas proximidades do Centro Cultural Oscar Niemeyer. De acordo com a corporação, há três viaturas e 12 bombeiros trabalhando em várias frentes no local devido a grande quantidade de queimadas.&nbsp;As chamas estão cobrindo a visibilidade das rodovia BR-153 e GO-020 e podem ser vistas à distância. Os bombeiros relataram que uma das queimadas começou depois que pneus velhos foram incendiados na região e as chamas se espalharam.&nbsp;O local é uma área residencial e a preocupação é de que as chamas se aproximem das casas. Só nesta segunda-feira (5), os bombeiros tiveram 31 chamados para apagar incêndio.&nbsp;Até a publicação desta matéria, às 20h12, os bombeiros ainda estavam no local.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/ap%C3%B3s-atingir-150-hectares-inc%C3%AAndio-pr%C3%B3ximo-ao-parque-jo%C3%A3o-leite-%C3%A9-controlado-1.2522621" target="_blank">-&nbsp;Após atingir 150 hectares, incêndio próximo ao Parque João Leite é controlado</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/fogo-destr%C3%B3i-morro-dos-macacos-no-conjunto-vera-cruz-em-goi%C3%A2nia-veja-v%C3%ADdeo-1.2519907" target="_blank">-&nbsp;Fogo destrói Morro dos Macacos no Conjunto Vera Cruz, em Goiânia; veja vídeo</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/inc%C3%AAndio-atinge-120-hectares-de-%C3%A1rea-de-prote%C3%A7%C3%A3o-ambiental-na-chapada-1.2518356" target="_blank">-&nbsp;Incêndio atinge 120 hectares de área de proteção ambiental na Chapada</a>

Bombeiros combatem incêndio de grandes proporções em área próxima ao Oscar Niemeyer, em Goiânia

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A população acompanha e sente na própria saúde as consequências das queimadas que ocorreram e ainda ocorrem no Brasil. O fenômeno das queimadas nos leva a pensar na relação que precisa existir entre ecologia e consciência. Os estudiosos explicam que “o termo ecologia é formado das palavras gregas oikos (casa) e logos (conhecimento). Portanto, ecologia é a ciência da nossa ‘casa comum’: o meio ambiente, a natureza, a Terra” (Jungues).

O homem é indiscutivelmente um ser de relação. Ora, sendo relação, ele precisa ser concebido como alguém capaz de viver “uma conversão ecológica pela qual o ser humano deixe de se autocompreender como indivíduo separado para se ver como parte de um conjunto de inter-relações naturais e sociais”, escreve o teólogo citado anteriormente. A “conversão ecológica” ensina-nos que ser humano e ecologia caminham unidos, pois ambos fazem parte de um mesmo sistema planetário.

Sem criar uma cultura da consciência, talvez nada possa ser feito no que toca aos efeitos catastróficos da ação do ser humano na natureza, especialmente no que se refere às queimadas. A constituição pastoral Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II ensina que Deus não criou o homem como realidade isolada, mas, ao contrário: “O homem é, com efeito, por sua natureza íntima, um ser social”. Com essa característica peculiar de ser social, portanto, relacional, o ser humano é convidado a repensar como vem ocorrendo sua relação com a natureza.

A consciência faz lembrar que existe, em nossa estrutura psíquica, uma lei. Essa, por sua vez, não deve ser tomada simplesmente como um imperativo fundamentado no dever, mas proporciona ao ser humano a capacidade de refletir e pensar sobre as consequências do seu agir, de suas intenções, de sua intencionalidade, que decorrerá em forma de comportamento.

Sabiamente, a Gaudium et Spes recorda aos homens e mulheres de boa vontade: “Na intimidade da consciência o homem descobre uma lei: faz isto, evita aquilo. A consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem, onde ele está sozinho com Deus e onde ressoa sua voz”.

A Igreja Católica, por meio da Campanha da Fraternidade de 2011, convidou-nos a repensar nossas ações relacionadas com as demais vidas no planeta. E, mais recentemente, o Papa Francisco, por meio da Encíclica Laudato Si, lembra que “as mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade”.

Por isso, reflitamos sobre nosso comportamento relacionado aos desafios ecológicos da atualidade, sobretudo diante das inúmeras queimadas que matam os animais, destroem a vegetação e comprometem a saúde de todos nós, seres humanos.

Pe. Elismar Alves dos Santos, pós-doutor em Teologia Moral e professor de Teologia na PUC Goiás

Ecologia e consciência

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Padre Elismar Alves

Queimadas O tempo passa, o tempo voa e a direita continua do mesmo jeito: destilando ódio, injúrias e inverdades. Nada de novo! Infelizmente preferem viver alimentados por maus pensamentos e condutas, frutos de um fenômeno negacionista plantado em seus tristes corações por Jair Bolsonaro, seu guru(?) Olavo de Carvalho e asseclas de plantão. Enfrentamos hoje um alarmante problema: as queimadas! Tudo muito triste e devastador! E neste ínterim incansavelmente aparece quem se disponha a inflamar ainda mais o fogo que nos consome. Sei bem que os governos federal, estaduais e municipais podem e devem fazer muito mais pelo controle das queimadas, mas, sobretudo, pela prevenção das mesmas, bem como a preservação do meio ambiente. Este é simplesmente o dever de casa de todos, a começar da própria população. Mas gostaria de frisar que todo este processo histórico de queimadas em nosso país tem como origem a ambição desenfreada do agronegócio em todo o território nacional. O que se vê nas últimas décadas é o nosso meio ambiente ser totalmente destruído para as superproduções de monoculturas e criação gado, com a falsa alcunha de fazer do Brasil o celeiro do mundo. Meganegócios que enriquecem poucos, mas nada (ou quase nada) refletem positivamente no bolso e no prato do povo brasileiro, sobretudo aqueles que estão do meio para baixo na chamada pirâmide social. Louvo sim os heroicos homens e mulheres deste país que sustentam ao menos 70% de toda a nação brasileira com a saudável agricultura familiar. Estes sim cuidam bem da terra, preservam a natureza com suas matas, mananciais e animais silvestres, e ainda nos abastecem com produtos de boa qualidade. O resto? O agronegócio? Sinônimo de degradação dos ecossistemas com a visão reta do mercado exterior. E a culpa é de todos nós que tantas vezes fazemos vistas grossas para essas atrocidades. Roberto Célio P. Silva Setor Pedro Ludovico - Goiânia	  Octo Marques Nosso saudoso e estimado artista Octo Outuniro Marques, um autêntico poeta da imagem, um documentarista da vida vilaboense; nasceu no dia 8 de outubro de 1915. Documentou o cotidiano de sua terra natal, a cidade de Goiás, em seus mínimos detalhes, com um olhar atento, afetuoso e originalíssimo. Octo registrou o regionalismo de um povo, não só nas artes plásticas, mas também na literatura e no jornalismo. Morreu no dia 22 de abril de 1988, ou seja, há 36 anos. Por todo legado nas artes, pelo incondicional amor a sua terra, pela relevância de seus registros históricos, quem sabe, em futuro próximo, ao menos um busto lhe seja dedicado em sua cidade mãe, Patrimônio Cultural da Humanidade. Marly S. Mendanha Bavani Cidade de Goiás

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Segundo filhote Onça

<div attr-cid="policy:1.3181591" attr-version="policy:1.3181591:1727779882" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3181591" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3181591', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3181591">Segundo filhote Onça (1.3181591)</a></div>

A onça-pintada Amanaci, <a href="https://opopular.com.br/cidades/onca-vitima-de-queimada-no-pantanal-sera-tratada-com-ozonio-1.2122857" target="_blank">que teve as patas queimadas</a> em um incêndio no Pantanal, se tornou mãe pela segunda vez. Um vídeo mostra o filhote, que ganhou o nome de Erê, sendo cuidado e limpado pela mãe dentro do recinto de um santuário, em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (assista acima).

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O segundo filhote nasceu no dia 1° de setembro deste ano. Amanaci já tinha <a href="http://opopular.com.br/cidades/filhote-de-onca-pintada-resgatada-em-incendio-no-pantanal-se-chamara-apoena-1.2419779" target="_blank">dado à luz o macho Apoena</a> em fevereiro de 2022. A mãe e os dois filhotes estão sendo cuidados no&nbsp;Instituto de Preservação e Defesa de Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção (NEX).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/filhote-de-onca-pintada-resgatada-em-incendio-no-pantanal-se-chamara-apoena-1.2419779" target="_blank">Filhote de onça-pintada resgatada em incêndio no Pantanal se chamará Apoena</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/santuario-de-oncas-em-corumba-de-goias-abre-as-portas-para-visitac-o-1.3155631" target="_blank">Santuário de onças em Corumbá de Goiás abre as portas para visitação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/habitat-reduzido-multiplica-aparic-o-de-oncas-em-goias-1.3133856" target="_blank">Hábitat reduzido multiplica aparição de onças em Goiás</a></div>

A mãe Amanaci foi resgatada em 2020, quando teve queimaduras de 3° grau nas duas patas e precisou ser tratada com células-tronco e ozônio. Como ela perdeu as garras, não pôde voltar ao pantanal. Atualmente, ela vive em uma grande área, onde estão outras 25 onças.

Segundo o Instituto, o primeiro filhote tem um problema de visão&nbsp;que o impede de ser solto na natureza. Já o segundo filho tem um mês de vida,&nbsp;está bem de saúde e deve ser solto no pantanal quando completar dois anos de idade, no mesmo período em que acontece uma separação no habitat natural.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3181593" attr-version="policy:1.3181593:1727780269" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3181593/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-10-01T075743.767.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
À esquerda, o segundo filhote Erê. À direita, a mãe Amanaci junto ao primeiro filhote Apoena. (Divulgação/Instituto Nex)

<h2>Resgate de Amanaci</h2>

Na época, em 2020, a&nbsp;administradora da NEX, Daniela Gianni, contou ao O POPULAR que&nbsp;a fêmea Amanaci chegou ao recinto pesando 70 quilos e com queimaduras de terceiro grau nas duas patas. Ela destacou que o estado de saúde da onça era pior do que de outros animais tratados no local.&nbsp;

<cite>Ela teve as patas completamente queimadas e os tendões perderam toda a funcionalidade. "Ela não consegue mais expor as garras, e por isso, não consegue mais caçar, nem se defender adequadamente", relata Daniela Gianni.</cite>

Daniela acredita que Amanaci tenha se queimado tanto durante um incêndio, por conta do fato de, possivelmente, estar com filhotes. "É bem provável que ela tenha permanecido pisando sobre o fogo, ou brasa, procurando por eles. Ela também chegou aqui com as mamas inchadas", relata.

<cite>Ela chegou aqui tremendo de dor. Nunca vimos uma onça em uma situação tão ruim quanto a dela. É possível que por conta das queimadas, as patas dela fiquem sensíveis e ela precise de alguma calçadeira ou adaptação para andar normalmente. Entretanto, só vamos saber quando ela se recuperar totalmente", disse Daniela.&nbsp;</cite>

Onça que teve patas queimadas em incêndio no Pantanal é mãe pela segunda vez; vídeo

NATUREZA

As altas temperaturas, a baixíssima umidade do ar e a incerteza quanto à chegada das chuvas regulares em Goiás exigirão maior cautela dos agricultores para início do plantio da próxima safra. O cuidado e o planejamento não deverão existir apenas em áreas de sequeiro, mas também em lavouras irrigadas, onde os produtores devem estar atentos à disponibilidade de água nos reservatórios. O objetivo é evitar a necessidade de replantio e o risco de perda de produtividade.

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Por enquanto, as previsões indicam a chegada de chuvas regulares somente na segunda quinzena de outubro. Para o gerente técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag), Leonardo Machado, a perspectiva é de uma safra de grandes desafios, pelas questões econômicas, com custo de produção maior e preços menores, além do fenômeno La Niña, que atrasa as chuvas. “Não temos condições climáticas para plantar neste momento. Quem arriscar, pode ter custos bem maiores se houver necessidade de replantio, reduzindo a rentabilidade”, alerta.&nbsp;

Segundo ele, o ideal é plantar na segurança, com chuvas regulares e umidade suficiente no solo para garantir a germinação com vigor. Sem isso, a produtividade pode ser comprometida, no melhor dos casos, com necessidade do replantio nos casos mais graves.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/jabuticaba-tem-propriedades-antioxidantes-e-e-rica-em-vitaminas-fibras-e-regulam-o-intestino-1.3180656" target="_blank">Jabuticaba tem propriedades antioxidantes e é rica em vitaminas, fibras e regulam o intestino</a> 
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Os produtores que tiveram a palhada queimada, que é um protetor natural do solo, podem ter mais problemas de produtividade. “Por isso, a recomendação é planejamento, gestão de risco, com seguro rural, plantar num momento mais seguro em relação umidade e manter custo produção na ponta do lápis”, alerta.

Para o produtor e presidente Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO), Clodoaldo Calegari, apesar da semeadura já estar autorizada, de maneira geral, o produtor em áreas de sequeiro não tem condições de plantio e nem está disposto a começar porque não há previsão de chuvas contínuas nos próximos dias.

“Sabemos da safra difícil que teremos e não podemos errar. A recomendação é que o produtor comece a plantar quando tiver segurança de chuvas para estabelecer a cultura de forma segura, sem necessidade de um replantio, ou seja, aguarde segurança hídrica”, diz.

Segundo ele, alguns produtores de áreas irrigadas já começaram a plantar, mas outros ainda estão apreensivos e com medo de iniciar e não terem água suficiente para irrigação, caso as chuvas demorem a começar. “Como está muito seco e a temperatura elevada, a exigência hídrica é maior e o produtor precisa irrigar mais vezes. Com longo período de estiagem, a reposição dos reservatórios e mananciais é mais lenta”, alerta.&nbsp;

Mesmo com pivôs e barragens, a água pode não ser suficiente para manter o sistema de irrigação por um período longo. Por isso, alguns ainda precisam esperar mais para avaliar a capacidade de seus reservatórios para que não falte água até que a chuva chegue. “Em Silvânia, só algumas áreas irrigadas iniciaram o plantio, mas sem condição para o sequeiro, por enquanto, que só deve iniciar na segunda quinzena de outubro.”&nbsp;

O presidente da Aprosoja lembra que a última vez que choveu em sua propriedade foi no dia 6 de abril. “Uma chuva não será suficiente para o solo ter condições de fazer o plantio com germinação satisfatória”, prevê.

O produtor de grãos e diretor da Aprosoja e da Faeg, José Fava, de Campo Alegre, diz que é normal plantar na primeira quinzena de outubro em regiões onde, normalmente, a chuva atrasa. Já no Sudoeste, o plantio já está em atraso, pois ele começa logo após o fim do vazio sanitário, que terminou no dia 24 de setembro.

Ele lembra que um dos maiores impactos de atrasos é sobre o plantio do milho 2ª safra, no início do ano seguinte. “Quanto mais cedo plantar a soja, melhor a produtividade da safrinha. Como a previsão é ruim para os próximos dias, se a chuva só chegar depois de 15 de outubro, tudo que atrasar acima disso é prejuízo para a safrinha”, explica.&nbsp;

Por isso, hoje, já há prejuízo para safrinha de milho em regiões onde o plantio é mais cedo, como no Mato Grosso e Sudoeste de Goiás. “Como tem previsão de chuva nos próximos 10 dias, tudo que atrasar posterga a colheita de soja e a produtividade do milho. Quanto mais cedo ele for plantado, no começo de fevereiro, melhor”, adverte.

<h2>Queimadas</h2>

Já a soja precisa ser plantada até 20 de novembro para não ter perda de produtividade. Depois disso, há grande chance dela ser afetada. “Eu mesmo tenho de esperar a chuva para plantar porque minha área é de sequeiro. Como os custos estão altos diante dos preços, há um risco muito grande de plantar agora”, diz o produtor, que também teve prejuízos com queimadas, com a perda de palhada em suas propriedades rurais.

Produtora rural no município de Jataí, Lia Helena Katzer, diz que vai esperar um volume de chuva e umidade de solo mais ideais para plantar, pelo menos até 10 de outubro. Segundo ela, é preciso uma chuva de, pelo menos, 110 a 120 milímetros para restabelecer o solo. “Pelas previsões, isso só acontecerá depois do dia 10. Se não chover, não vou plantar”, avisa.&nbsp;

Helena conta que pretende plantar a mesma área da última safra. “Mas, neste ano, farei diferente: em 20% da área vou plantar soja com ciclo tardio, de mais de 120 dias para ficar pronta porque nesta área não farei safrinha”, explica. O resultado deve ser uma maior produtividade de soja. Com isso, ela não tem pressa para plantar e vai fazer plantio escalonado, pois não precisará correr para a safrinha.

Quero alta produtividade de soja. Nestes 20%, vou entrar com outra cultura que não é de risco, mas ainda estou decidindo qual. Este plano é por causa dos altos custos de implantação de lavouras de soja e de milho, principalmente operacionais”, justifica. A produtora planta um porcentual de plantio de ciclo curto, outro de ciclo médio e outro de ciclo tardio. Ela diz que já está preparada para uma safra de margens menores e conta que também teve prejuízos com a queima de palhada, que afetaram a saúde do solo.

<h3>Plantio dependerá da chegada de chuvas regulares</h3>

O presidente da Agrodefesa, João Ricardo Caixeta Ramos, lembra que os produtores estão autorizados a iniciar a semeadura da soja em Goiás desde o último dia 25 de setembro, com o término do vazio sanitário. O período de semeadura da soja vai até 2 de janeiro de 2025. Porém, no fim de 2023, a Agrodefesa solicitou junto ao Mapa a prorrogação até 12 de janeiro de 2024, por causa do fenômeno El Niño, que deixou as chuvas irregulares no segundo semestre. “Não sabemos ainda se essa seca também vai impactar nessa janela e levar os produtores a pedirem a prorrogação de novo”, diz.

Caixeta também alerta que o clima ainda não é favorável ao plantio. Apesar de Goiás ter uma área irrigada considerável, as altas temperaturas não são propícias. “Rio Verde chegou aos 41 graus nesta semana, o que faz com que o solo não fique favorável ao desenvolvimento das plantas. A previsão é que as chuvas regulares só cheguem em meados de outubro”.

Ele lembra que as poucas chuvas iniciais ajudarão apenas a mitigar o calor, mas serão insuficientes para o plantio. “Os órgãos têm orientado que o produtor tenha cautela para tomada de decisão, pois as altas temperaturas atrapalham a germinação e o desenvolvimento das plantas. Mesmo em regiões mais altas e com pivôs de irrigação, o plantio deve depender de uma tomada de decisão tecnológica, diante da expectativa de atraso das chuvas”, explica. A situação é ainda mais complicada para os produtores que perderam a palhada em queimadas e terão de fazer a recuperação do solo.

Enio Fernandes, da consultoria Terra Agronegócios, lembra que o plantio em outubro garante melhor produtividade. O maior impacto do atraso no plantio da soja é sempre mais sentido pelo milho 2ª safra. “Grande parte das regiões plantam a safra entre outubro e novembro. Quanto mais tarde iniciam o plantio, menor é a porcentagem de áreas de milho safrinha cultivadas”, destaca. Mas a alternativa é esperar. “Com a atual umidade zero, a semente cozinha e não germina. Se as margens já estão apertadas, se for preciso um replantio, aí que o produtor não terá nenhum lucro mesmo”, adverte.

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Safra (Safra)

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