-Imagem (1.2496310)Um vídeo ganhou repercussão na internet por mostrar a amizade entre um cachorro e seu dono, em Aparecida de Goiânia. O tutor do animal, um idoso que havia caído desacordado em uma via pública da cidade, foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que acabou seguida pelo animalzinho até a unidade de saúde. O caso ocorreu na última terça-feira (19).De acordo com José Wilker, socorrista do Samu e motorista da viatura, eles haviam recebido o chamado e, ao chegar no local, constataram o idoso caído em uma rua e o cãozinho ao seu lado. “Fizemos os primeiros socorros e, à princípio, o cachorro nos estranhou. Depois ele deixou a gente fazer o atendimento. Ele estava agoniado, creio que por não ouvir a voz do dono”, conta.Segundo José, o homem estava com hipoglicemia e, ao ser colocado na viatura para encaminhamento até o Cais Nova Era, há cerca de 6 km do local, o cachorro, que ficou de fora da ambulância, começou a segui-la.“Quando percebi, comentei com o técnico de enfermagem que o cachorro estava nos seguindo. Então pensei, vou acelerar a ambulância para ele não nos seguir e não correr o risco de ser atropelado, mas quanto mais eu aumentava a velocidade, mais ele vinha atrás”, relata.Leia também:- Polícia encontra nove cães sem comida e doentes, em Nazário; tutor fugiu- Onças nadando em rio de Montes Claros de Goiás surpreendem pescadores; vídeo- Grupo é surpreendido por bote ao filmar sucuri; vídeoQuando viu que o animalzinho não desistiria de acompanhar o dono, José decidiu ir mais devagar.“Na unidade de saúde, quando abri a porta traseira, ele subiu lá dentro para ver se era mesmo o dono. Quando confirmou, ele desceu e aguardou. Encaminhamos o idoso até a enfermaria e o cachorro veio atrás, sempre acompanhando a maca”, afirma o socorrista.Segundo José, durante todo o atendimento médico e a aplicação da medicação pelo enfermeiro, o cachorro ficou angustiado de frente para a maca, porque não via o dono reagir.“Depois que fizeram a correção da glicemia e o homem voltou a conversar, o cachorro ficou mais tranquilo”, lembra. “Enquanto eu estava acompanhando, percebi que o sentimento dele era igual de ser humano, uma amizade verdadeira. Foi algo inexplicável e que nos comoveu”, conta.José Wilker ainda destacou que, por questões sanitárias, o cachorro não pôde entrar dentro da viatura. De acordo com ele, o protocolo do serviço de socorro móvel não permite transporte de animal, exceto em casos de cão-guia.