O uso de cadeiras anfíbias, que permitem o banho de mar a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, se espalha pelo litoral brasileiro, mesmo com a pandemia. O que era raro de ser visto passou a ser mais frequente nas praias, proporcionando mais acesso ao mar, uma demanda histórica do grupo social.Os programas envolvem a participação de administrações públicas, em alguns casos, aliadas a institutos e entidades educacionais. O serviço, hoje presente em pelo menos 15 estados, ocorre de duas maneiras: um, menos abrangente e apostando na autonomia do usuário - semelhante ao modelo mais adotado nos EUA -, é a entrega da cadeira ao usuário que fica com ela em períodos determinados; outro é o chamado banho assistido, em que a pessoa é auxiliada por guarda-vidas ou monitores.As cadeiras anfíbias possuem rodas especiais, que se movimentam na areia e flutuam no mar. Devem ser utilizadas com a presença de um acompanhante, que guia o veículo na água.Maceió (AL) tem o programa Praia Acessível, implantado como política pública desde 2015 pela Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer. Uma vez por mês, um grupo de monitores faz uma ação de banho assistido na praia de Pajuçara.O Paraná também tem um modelo mais autônomo na Ilha do Mel. Santa Catarina tem uma política de praia acessível que abrange os cerca de 360 km de faixa litorânea do estado, com 150 cadeiras anfíbias espalhadas em 23 cidades.No Ceará, o governo do estado mantém o programa Praia Acessível em parceria com os municípios de Fortaleza, Caucaia, Aracati e Aquiraz. O serviço é assistido por monitores. (FP)