A Prefeitura de Goiânia ainda não possui data estimada para inaugurar a Casa do Autista até o próximo ano, segundo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA). A lei para criação do local, que será específico para atender pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi sancionada nesta terça-feira (19) pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos).O intuito do espaço é agrupar profissionais especializados no atendimento às pessoas com TEA, por meio das modalidades: neuropediatria, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, nutricionista, psicopedagogia e serviço social. Além disso, o projeto visa também amparar os familiares e prestar apoio a eles.Em relação ao valor para executar o projeto, de acordo com o documento expedido pela lei, virá de dotações orçamentárias e não possui número estimado até o momento. Debates a respeito do projeto estão sendo realizados entre as secretarias da Prefeitura. “O tema envolve questões orçamentárias, de contratação e convênios, consulta e discussões com entidades”, esclarecem.“A Casa do Autista apresenta especificidades que ainda precisam ser avaliadas coletivamente, para que seja assegurada a prestação de serviços de qualidade.”, argumenta a SMDHPA. Outros pontos questionados pela reportagem, segundo a secretaria, ainda não são possíveis de detalhar.Para definir de como o local irá funcionar, então, serão estabelecidas após encontros da Secretaria com associações e profissionais especialistas no TEA, para que sejam discutidas as demandas necessárias para os pacientes. Esse processo de elaboração do ambiente envolverá outras Secretarias do município para que a vistoria se realize de modo abrangente, segundo o secretário Eduardo Oliveira.Aprovado pela Câmara Municipal de Goiânia em junho, o projeto é de autoria do vereador Santana Gomes (PRTB). O POPULAR tentou contato com o político e a assessoria, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.Leia também:- Justiça manda plano de saúde custear tratamento multidisciplinar de criança autista de Cristalina- Lei que cria Casa do Autista em Goiânia é sancionada- Câmara aprova cota entre comissionados para pessoas com deficiência- UFJ recusa matrícula de aluno autista em curso de medicina por entender que ele não é pardoConcordando com a importância de haver encontros premeditados antes da inauguração da Casa do Autista, psicóloga, especialista em análise do comportamento aplicada ao desenvolvimento atípico, Gabriela Rogata, ressalta que o diálogo sobre as diversidades, para entender sobre o que é e o quanto é amplo o espectro autista, é fundamental. “Quando temos informação, conhecimento e acolhimento conseguimos ter uma rede de apoio e inclusão.”, afirma.Na mesma linha, ela frisa que os profissionais capacitados devem possuir compaixão e empatia com as pessoas que possuem o TEA, a fim de melhorar a qualidade de vida delas e das famílias, de modo que disponibilize meios para terem mais autonomia e independência. “É necessário ter espaços com pessoas TEA espaço, tanto para esse público, quanto para a família conversar, ter apoio e orientação.”, comentou. ().