Atualizada às 11h34.Aproximadamente 200 catadores de materiais recicláveis de 10 cooperativas se reúnem, na manhã desta quinta-feira (6), em protesto na Praça Cívica, no Centro de Goiânia. De acordo com o grupo, as cooperativas que participam do programa de Coleta Seletiva da prefeitura não possuem estrutura física mínima para a realização do seu trabalho de forma digna. “As cooperativas não tem como construir seus galpões e trabalhamos no sol e na chuva”, contou Ildo Sebastião de Souza da Cooperativa Goiânia Viva.Ildo explicou ainda que entre as reivindicações está a realização por parte da prefeitura de trabalhos direcionados para a educação ambiental. Segundo ele, hoje 70% do lixo recolhido na capital é orgânico e o restante reciclável. “Somos o 3º Estado que mais se recicla, imagina se tivesse esse trabalho onde estaríamos?”, questiona.Os catadores com cartazes e bandeiras pretendem caminhar até o Paço Municipal, onde pretendem se encontrar com o prefeito. O ato segue de forma pacifica.Em nota, a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) informou que cumpre a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos Nº 12.305/10 (PNRS) e o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGIRS, que foi elaborado a partir da lei em 2016. A PNRS determina que o poder público deve inserir as cooperativas de catadores de materiais recicláveis no processo de coleta seletiva e isso a Prefeitura já faz antes mesmo da PNRS determinar essa inserção, pois o Programa funciona desde 2008.Ainda de acordo com o comunicado, hoje a Coleta Seletiva é realizada de porta em porta e cobre toda a cidade. São 14 cooperativas cadastradas que recebem gratuitamente 100% do resíduo reciclável recolhido. A pasta destacou ainda que, até o momento, não recebeu nenhuma dessas reivindicações formalmente. “Entretanto, estamos, como sempre, abertos ao diálogo para que todos os problemas sejam discutidos, para que juntos possamos encontrar soluções viáveis que melhorará suas condições de trabalho.”